Em 1993, Nicko McBrain, do Iron Maiden, fritava Bruce Dickinson em entrevista
Por Mário Pescada
Postado em 09 de dezembro de 2021
Nicko McBrain, além de excepcional baterista, é também conhecido pelo seu bom humor e simpatia. Mas, em 1993, ele estava muito puto com a saída de Bruce Dickinson da banda e soltou o verbo sobre seu então ex-colega de banda.
Os trechos a seguir são do livro "Holy Smoke: IRON MAIDEN nos anos 90" (2021), segundo livro da trilogia sobre a história da colossal banda escrito por Martin Popoff e lançado no Brasil pela Editora Denfire (o primeiro foi "Where Eagles Dare - IRON MAIDEN nos Anos 80"):
"Falando com Jason Arnopp da (revista) Kerrang!, na primavera de 1993, Nicko foi bastante direto sobre a saída de Bruce. "Ele disse: ‘Fodam-se, estou fora’. Se isso não é sacanagem com a gente, então que porra é essa?! Parece ter sido uma combinação de coisas para Bruce. Ele tem escrito roteiros, livros, tem sua esgrima e sua família. Pode ter sido a pressão de sua esposa, pelo que sei. Ele não disse nada, mas é uma possibilidade. Além disso, ele foi para Los Angeles, e você sabe como são aqueles idiotas do caralho por lá! ‘Ah, Bruce Dickinson, seu grandíssimo filho da puta, velho! Sim, você vai fazer uma incrível carreira solo! Deixe esse bando de ultrapassados para trás"!
Mas não devemos deixar isso nos afetar. Tiramos muita força um do outro, e de toda essa porra que nos manteve unidos. Para mim, essa ainda é a turnê do "Fear Of The Dark". Não é uma turnê Adeus a Bruce. Não tem nada a ver com isso. O que eu sinto, embora de uma forma positiva, não odiosa, é vá pela sombra, porra! Mal posso esperar para chegar ao final dessa turnê e encontrar um novo vocalista. Ele e eu demos entrevistas juntos, onde eu disse coisas como, ‘Vou levá-lo lá fora e acabar com ele!’ É uma piada, mas também há um elemento de verdade nisso! No fundo do meu coração, eu não quero fazer isso. Quero que encontremos um novo vocalista e gravemos um novo álbum. Ainda resta uma boa quantidade de rodagem nessa banda. Ainda não morremos. Quando se quer, se consegue, porra. Vai dar certo, sei que vai. Todo mundo é tão positivo. É como o ressurgimento da Fênix. Ressurgiremos como uma ave mais forte e positiva."
Apesar de se dizer surpreso pela saída do vocalista, fato é, conforme o livro relembra bem, que a saída de Bruce não foi algo repentino: Bruce não conseguia colocar suas ideias musicais em prática e batia cada vez mais de frente com o "chefe" Steve Harris. E sim, o IRON MAIDEN acabou encontrando um novo vocalista, só que não vingou. Coube ao tempo, favorecido por Rod Smallwood (empresário de Bruce e da banda,) resolver os problemas internos e fazer a Donzela de Ferro se reunir para reinar novamente como a maior banda de heavy metal da história.
"Holy Smoke: IRON MAIDEN nos anos 90" (2021) tem o tradicional relato jornalístico de Popoff com juntada de entrevistas, bastidores, testemunhos de membros da banda, além de analisar, faixa a faixa, disco a disco, TODOS os lançamentos do período, de "No Prayer For The Dying" (1990) a "Virtual XI" (1998) pelo IRON MAIDEN e de "Tattooed Millionaire" (1990) a "Scream For Me Brazil" (1999) pelo lado de Bruce.
O livro pode ser pedido através do e-mail [email protected], no site da Editora Denfire ou direto nos pontos de venda indicados no site.
FONTE: Editora Denfire
https://editoradenfire.com/
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