A estratégia que Frejat usou em "Puro Êxtase" para não ser acusado de apologia
Por Gustavo Maiato
Postado em 19 de fevereiro de 2022
A música "Puro Êxtase" é um dos grandes sucessos do Barão Vermelho na era pós-Cazuza e foi lançada no álbum de mesmo nome em 1998. Na letra da canção, o vocalista Frejat faz um trocadilho entre as palavras "êxtase" e "ecstasy", sendo que essa última é o nome de uma popular droga utilizada principalmente em boates.
Barao Vermelho - Mais Novidades
Em entrevista concedida para a apresentadora Marília Gabriela, Frejat explicou como surgiu essa música e qual a mensagem por trás da letra. "A música ‘Puro Êxtase’ trata muito do universo noturno. Aquela coisa da boate e da festa. Eu sou noturno, gosto de frequentar shows, mas não estou sempre atrás da festa. A música fala sobre aquela mulher que quando entra na pista, todos param! Cada noite tem uma. Não tem a ver com beleza, é a coisa da energia, do tesão e de atração mesmo. Acho que é um fogo", resumiu.
Perguntado sobre o fato de a música possivelmente fazer uma apologia às drogas por causa da presença da palavra "ecstasy", Frejat explicou qual foi a estratégia utilizada para impedir essa associação. Segundo ele, originalmente a droga seria mencionada mais vezes, mas a versão final acabou tornando o uso da palavra um simples trocadilho.
"Tem um duplo sentido. Na segunda vez eu falo ‘Ecstasy’. Essa música não é minha. É uma parceria do Guto e do Maurício. Quando estávamos gravando, era para ser ‘Ecstasy’ em tudo e eu falei que não podia ser assim, pois seria perigoso fazer uma apologia aberta a uma droga. Da maneira como ela ficou, com um trocadilho, uma simples citação, ficou melhor. É como relatar algo que acontece na noite. Se fosse o tempo todo ‘Puro Ecstasy’, estaríamos estimulando e dando destaque para a coisa. Virou um subterfúgio. No momento, essa droga é comportamental e significativa. Ela mudou a música. Saiu uma reportagem dizendo que essa droga mudou a música, da mesma forma que o LSD mudou nos anos 1960. Não digo que ela deve ser consumida, mas isso gerou um comportamento que gerou um novo tipo de música", explicou.
Confira a entrevista completa abaixo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
Prika Amaral explica por que a Nervosa oficializou duas baixistas na banda
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Avenged Sevenfold lança single inédito para o novo jogo da franquia Call of Duty
Megadeth anuncia show em país onde nunca tocou
Por que Dave Mustaine escolheu regravar "Ride the Lightning" na despedida do Megadeth?
O improviso do Deep Purple após noite inteira de farra que virou canção clássica
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire


Os 10 maiores discos de estreia do rock nacional de todos os tempos
As 15 maiores bandas de rock brasileiro de todos os tempos
O disco que mudou a visão de Caetano Veloso sobre o rock brasileiro nos anos 80
A letra sobre um amor gay que virou um hino sobre o fim do regime militar
Por que Leo Jaime recusou convite para o Barão Vermelho, segundo o próprio
Barão Vermelho: o motivo da "única briga séria" entre Frejat e Cazuza


