Regis Tadeu explica sucesso de Michael Jackson, que não era o mais talentoso dos irmãos
Por Bruce William
Postado em 05 de abril de 2022
Regis Tadeu esteve no podcast Paranormal Experience, e durante a conversa um dos entrevistadores falou sobre o que eles chamam de "força espiritual".
"Quando a gente pega um ser humano com um talento, uma genialidade muito fora da média por exemplo que consegue..." Regis faz uma intervenção e diz "uma pessoa com dom", e o entrevistador prossegue: "Sim, vamos pegar o caso do Michael Jackson. Eu consumi a vida inteira desde que era pequenininho até a vida adulta, tudo é muito impressionante, o carisma, a facilidade, o tom de voz, a musicalidade, até a dança principalmente, tudo era muito incrível. Você está falando desta força espiritual. Como você enxerga um humano supostamente comum como o Michael Jackson por exemplo, ter o poder de conquistar o mundo, a humanidade inteira dentro desse dom, desse talento."
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Então Regis Tadeu responde: "Sabe o que é o mais contraditório? E eu sei (diz, virando e olhando diretamente para a câmera) que você que está me assistindo vai ficar horrorizado". Depois de uma pequena pausa, ele prossegue: "Jackson Five e Michael Jackson não teriam sido o que foram se não fosse pelo pai demoníaco que eles tiveram. E basta você olhar pra cara de uma foto do Joe Jackson que o mal está estampado ali. Só que se não fosse o cara, se não fosse lá a disciplina rígida, a ponto do cara cometer a barbaridade de dar surra nos filhos com fio desencapado elétrico..."
Regis fica um pouco alterado mas prossegue seu raciocínio: "Isso é uma barbaridade! É abominável? É. Mas essa tirania do Joe Jackson em obter o sucesso que ele desejava e não conseguiu por intermédio dos filhos, foi exatamente esse método DESUMANO que fez com que os irmãos formassem o grupo, ensaiassem, ensaiassem, ensaiassem coreografia e composição. É um absurdo? É, mas é a realidade! E se o pai do Michael Jackson dissesse assim: 'olha, vou falar uma coisa pra vocês, sei que vocês são muito diferentes entre si, cada um faz o que quiser na vida e eu vou dar o meu apoio'. Sabe quando iria surgir o Jackson Five na vida? Nunca!"
Ele faz uma pequena pausa e continua: "Então, qual é a lição que a gente tem? Muitas vezes o bem só acontece porque existiu o mal. Se não fosse a presença do mal, o bem não seria tão necessário. E aí respondendo a sua pergunta a respeito do Michael Jackson, porque ele foi o cara que se sobressaiu no Jackson Five? Ele era o mais talentoso? Não, o mais talentoso era o Jermaine, que era multi-instrumentista. Ele era o mais bonito? Não, o Jermaine era o galã. Mas o Michael Jackson era uma criança fofinha, e crianças fofinhas derretem corações de adultos. Tanto que seus primeiros discos ele lançou quando era menininho, com aquela vozinha infantil. E aí o Michael Jackson virou a lenda, mas só que ele... ele tinha o dom? Sim, sem dúvida, ninguém chega onde ele chegou se não tiver o dom". (Pausa) "Mas o Michael Jackson, e isso é uma coisa muito maluca que você, meu amigo e minha amiga, tem que entender, você pode ser adulto, ter a idade que você tiver, você vai continuar carregando dentro de você o que você foi quando criança e quando adolescente. Muita gente esconde isso, mas na hora que você se tranca no banheiro e liga o chuveiro você volta a ter catorze anos de idade(...)"
Segue um longo trecho onde Regis conta que ainda se vangloria de ter algumas das concepções que mantinha aos treze anos de idade, relembra do primeiro álbum do Black Sabbath que ganhou da mãe quando criança e coisas relacionadas, até que alguns minutos mais tarde ele retoma o raciocínio sobre o Michael Jackson.
"O Michael Jackson foi até o final da vida recriando aquilo que ele não conseguiu ser enquanto era criança, porque ele não teve uma infância igual às outras crianças, ele não jogava bola na rua, ficava o tempo todo ensaiando e o pai com a cinta na mão. O Michael Jackson, até o final da vida, ele tentou recuperar a infância que ele não teve. Ele usou o dom dele pra triunfar dentro de um mercado pop absurdamente competitivo e ele triunfou, tenho certas ressalvas em relação a vários discos dele mas ele triunfou ao ponto da auto-indulgência dele se denominar o Rei do Pop, e os fãs débeis mentais negam que foi ele que criou isso, mas claro que foi, os assessores de imprensa (do Michael) mandavam textinhos para jornalistas onde estava escrito 'Michael Jackson, King of the Pop'. Foi a imprensa que divulgou e amplificou algo que veio no release do Michael Jackson. Aí respondo: Michael Jackson teve dom? Óbvio. Michael Jackson deixou um legado eterno? Óbvio. Não necessariamente bom, mas deixou um legado".
Perguntam então para Regis se há alguém que pode competir com Michael Jackson nessa fama toda, e ele responde de prontidão: "Elvis e Beatles. A Santa Trindade do sucesso eterno - não da fama - é Michael Jackson, Elvis Presley e Beatles. Teve outros? Sim, mas superar esses três em termos de longevidade e legado, acho difícil", finaliza.
A conversa está no vídeo abaixo. O trecho acima acontece a partir dos pouco mais de 53 minutos.
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