Joakim Brodén explica a razão simples do Sabaton desistir dos empresários
Por Emanuel Seagal
Postado em 31 de maio de 2022
Joakim Brodén, vocalista da banda sueca Sabaton, participou do The Back Lounge, podcast do canal Tank The Tech, onde explicou a decisão do grupo de não ter empresários, algo incomum para um grupo do seu porte, um dos mais bem sucedidos nomes da música pesada no país.
"Tentamos duas vezes envolver pessoas por períodos muito curtos, mas nunca funcionou de verdade. No começo, não é por escolha, mas por necessidade. Queríamos um empresário que tivesse algumas conexões que poderiam nos ajudar a atingir nossos objetivos mais rapidamente, na época, mas agora, não, estamos felizes onde estamos. Ninguém vai se importar tanto com o Sabaton quanto nós, mas seria injusto dizer que somos apenas nós da banda fazendo isso. Nós meio que construímos uma organização que parcialmente faz o gerenciamento da banda. Então, temos pessoas, é claro, nos ajudando e nos aconselhando", contou.
O aspecto "faça você mesmo" dos suecos engloba também a parte de merchandising, uma decisão impensável para outras bandas se considerar a quantidade de itens na lojinha da banda como camisetas, moletons, roupas infantis, jogos de tabuleiro, bandeiras, toalhas, coolers, canecas, patches, adesivos, e claro, o óculos, marca registrada" do vocalista Joakin Brodén.
"Entendo porque outras bandas não fazem isso (gerenciar o merchandise), porque é trabalho pra caralh* (risos), mas é a mesma situação, tentamos ter outras pessoas em um certo momento, mas não estávamos felizes com os resultados, então foi mais ou menos o mesmo problema que tivemos com o management. Não estávamos felizes com o que estávamos recebendo, então tivemos que construir nossa própria infraestrutura e fazer as coisas nessa parte também. O que agora, olhando em retrospecto, é muito bom…", afirmou.
Joakim aproveitou para dar o devido crédito ao baixista Pär Sundström, dizendo: "É a sorte de ter alguém como ele na banda (risos). Eu me lembro de alguns anos atrás, ele me ligou e disse, 'Cara, nós temos que fazer algo. Posso marcar um show em algum lugar?' Estávamos em período de composição, e eu estava ocupado, já que geralmente lido com a maior parte do lado musical e ele com a maior parte dos negócios. Ele me ligou e disse: 'Estou pouco estimulado, preciso fazer alguma coisa. Podemos marcar um show? Podemos fazer algo?' E eu, tipo, 'Sim. Podemos fazer algo. Estou indo muito bem com as composições', e perguntei: 'Então, o que você está fazendo hoje?' 'Ah! Acordei às sete. Tomei café da manhã, assisti o noticiário, trabalhei, depois almocei na cidade, depois voltei ao trabalho, e agora são cinco horas e não tenho nada pra fazer.' Então, eu, tipo, 'Você basicamente descreveu um dia de trabalho de nove horas e não se sente estimulado? O que raios há de errado contigo?' (risos)"
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