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Músicos se transformaram em "mais do mesmo", segundo Mick Box, do Uriah Heep

Por Emanuel Seagal
Postado em 18 de maio de 2022

A revista britânica Classic Rock alcançou a marca de 300 edições. Em sua edição comemorativa um dos entrevistados foi Mick Box, guitarrista e fundador do Uriah Heep, que falou sobre o que mudou no cenário musical desde 1998, ano do lançamento da revista, até hoje. Confira abaixo alguns trechos da entrevista feita por Ian Fortnam.

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"Tudo mudou com a internet. Ela removeu tudo que era tátil e tornou tudo muito frio. A maioria das pessoas vão atrás da faixa óbvia do álbum, mas depois de um tempo essa faixa óbvia é esquecida. A forma como gravamos com o Pro Tools mudou tudo. As pessoas não precisam estar na mesma sala, você pode enviar arquivos umas para as outra. Sou totalmente contra isso", afirmou o músico.

Além de sentir falta da interação entre os músicos através do método tradicional de gravação, Mick apontou que o resultado musical foi afetado. "Perdemos muita individualidade. Eu nunca toquei como Ritchie Blackmore, ele nunca tocou como Tony Iommi e Tony não tocou como Jimmy Page. O mesmo acontece com baixistas, tecladistas, vocalistas e bateristas. A soma dessas partes deu às bandas seus sons individuais, e está em falta agora; as coisas são gravadas da mesma forma, as pessoas têm a mesma aparência e tocam da mesma maneira. Jovens guitarristas passam por uma escola de música e, dois anos depois, todos saem tocando guitarra de forma fantástica, mas todos soando iguais", lamentou.

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Mick rasgou elogios à revista, que ele considera como "a bíblia do rock 'n' roll", afirmando que "o mundo seria um lugar mais triste sem ela. Ela mostra como a música era importante na vida das pessoas e continua sendo."

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Sobre Emanuel Seagal

Descobriu o metal com Iron Maiden e Black Sabbath até chegar ao metal extremo e se apaixonar pelo doom metal. Considera Empyrium e X Japan as melhores bandas do mundo, Foi um dos coordenadores do finado SkyHell Webzine, escreveu para outros veículos no Brasil e exterior, e sempre esteve envolvido com metal, seja com eventos, bandas, gravadoras ou imprensa. Escreve para o Whiplash! desde 2005 mas ainda não entendeu a birra dos leitores com as notícias do Metallica. @emanuel_seagal no Instagram.
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