Integrantes do Kiss avaliam e comentam o álbum de estreia faixa a faixa
Por André Garcia
Postado em 12 de maio de 2022
O Kiss foi formado em 1973, quando Ace Frehley se uniu a Paul Stanley, Gene Simmons e Peter Criss, e juntos eles decidiram adotar esse nome. Já no começo do ano seguinte eles gravaram "Kiss" (1974) que, se por um lado não foi um sucesso comercial, por outro possui diversos clássicos que até hoje não podem faltar nos shows da banda.
No livro Kiss por trás da máscara - a biografia oficial autorizada, de David Leaf e Ken Sharp, Paul Stanley, Gene Simmons, Ace Frehley e Peter Criss avaliaram e comentaram faixa a faixa o álbum.
Paul Stanley: Eu daria ao primeiro álbum cinco estrelas, pois foi o pai de todos os outros. Foi como nossa Declaração de Independência, tudo que seguiu se originou desse disco.
Gene Simmons: Eu daria três estrelas. Do ponto de vista sonoro, não resistiu à passagem do tempo, foi gravado com baixíssimo orçamento.
Ace Frehley: Eu o daria cinco estrelas. Acredito que colocamos 110 por cento de dedicação naquele disco.
Peter Criss: Eu daria cinco estrelas por ser o primeiro. O primeiro álbum foi meu bebê. Eu dei tudo de mim.
Strutter
Paul Stanley: Foi composta quando a banda era um trio: Peter, Gene e eu. Sabíamos que tipo de música a gente queria fazer, e começamos tocando o que veio a ser "Strutter". A letra era sobre meu fascínio pelas mulheres do cenário glam de Nova Ioque.
Nothin' To Lose
Gene Simmons: Surgiu de mim depois que ouvi o verso em duas músicas. Uma era do Little Richard: [canta imitando ele] "before I had a baby...", a outra música se chamava "Sea Cruise": "you got nothing to lose". Do ponto de vista da letra, "Nothin' To Lose" é sobre sexo anal.
Firehouse
Paul Stanley: Compus "Firehouse" quando estava no ensino médio. Tinha uma banda chamada [The] Move, que tinha a música "Fire Brigade", então me inspirei nela, e a reescrevi.
Cold Gin
Ace Frehley: Compus "Cold Gin" mentalmente num metrô — a letra e a música [risos]. Eu tinha um caderno de espiral comigo. Posso compor músicas de cabeça, que eu sei quais são os acordes. Eu não imaginava que ela fosse ser um clássico do Kiss.
Let Me Know
Paul Stanley: "Let Me Know" surgiu de uma música chamada "Sunday Driver", que foi a primeira música que toquei para Gene quando nos conhecemos. Para Gene foi uma revelação, porque ele ainda não tinha sacado que havia outras pessoas que compunham além dele, Lennnon e McCartney. "Let Me Know" mais tarde ganhou mais um trecho, e acabou no primeiro álbum.
Kissin' Time
Paul Stanley: "Kissin' Time" foi um dos artifícios de Neil [Bogart, dono da gravadora do Kiss na época, Casablanca Records]. Ele falou que aquilo estava sendo gravado só para um comercial, e que jamais seria lançado. [Nós] éramos perfeitamente capazes de escrever nosso próprio material, gravar uma música de Bobby Rydell àquela altura do campeonato não era necessário.
Deuce
Gene Simmons: Eu escrevi "Deuce" mentalmente no ônibus. Ouvi o lick [solo curto], o riff [trecho musical], a melodia… a coisa toda! Fizemos o arranjo e eu soube que seria sucesso durante anos. Do ponto de vista da letra… eu não tinha a menor ideia do que estava falando.
Love Theme from Kiss
Gene Simmons: "Love Theme from Kiss" foi encurtada. Originalmente, tinha sete minutos. Começava com um instrumental, e então passava para uma outra sessão [musical] chamada "You're Much Too Young". A [sessão] "Acrobat" virou "Love Theme from Kiss", e continuou até se tornar o riff de "Detroit Rock City", que Paul roubou e nunca me deu os devidos créditos.
100,000 Years
Paul Stanley: Eu criei a letra inteira, a melodia. Eu me lembro de que a linha de baixo foi mudada, e o que pusemos no lugar era basicamente meu.
Black Diamond
Paul Stanley: Era uma música que eu compus sobre Nova Iorque. A gente fantasiava vendo as prostitutas nas ruas. Peter acabou cantando porque precisávamos de uma música para ele cantar no álbum (e também porque ele foi bastante insistente). Pensávamos como os Beatles, queríamos que todos os integrantes cantassem.
FONTE: Kiss por trás da máscara
A biografia oficial autorizada
de David Leaf e Ken Sharp
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