Guitarrista do Watain não acha legal filme da Netflix que retrata black metal com humor
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de junho de 2022
"É um escapismo rir do que não se entende. As pessoas riem da cultura indígena, por exemplo, porque andam por aí pelados, sei lá. As pessoas ricas e privilegiadas do ocidente costumam rir do que não entendem. Eu odeio isso..."
O guitarrista Erik Danielsson, do Watain, concedeu entrevista coletiva organizada pela Nuclear Blast. Em certo ponto, o jornalista musical Gustavo Maiato questionou o músico sobre o fato de o black metal ser sempre retratado com humor, como no caso da comédia "Metal Lords", da Netflix, em que um personagem usa corpse paint.
"Acho que é algo natural do ser humano em geral responder coisas que ele não entende ou coisas que ele tem medo com risadas. É um escapismo rir do que não se entende. Você pode achar que é estranho. As pessoas riem da cultura indígena, por exemplo, porque estão vestindo roupas estranhas. Eles andam por aí pelados, sei lá. As pessoas ricas e privilegiadas do ocidente costumam rir do que não entendem. Eu odeio isso, não gosto quando as pessoas se comportam assim. Acho desrespeitoso. o black metal não é algo para se dar risada. Mas entendo. Ele é algo que representa o inimigo para muita gente. Representa o declínio de muitas coisas que as pessoas consideram como códigos morais da sociedade. Representa a antítese do que as pessoas consideram normal, conservador e correto. Não acho que é legal fazer piadas com o black metal, não é uma comédia, sabe? Mas isso é minha opinião", disse.
Em outro ponto, Erik deu sua opinião sobre o clássico "Black Metal", do Venom, que completa 40 anos em 2022.
"Esse álbum ‘Black Metal’ foi muito importante para mim. É uma coincidência estranha, porque ele faz 40 anos no mesmo ano que eu faço! É um disco fantástico. Não só pelo título, mas por causa de como ele soa. É uma representação perfeita de como acho que o black metal deve ser em uma capa de disco. A música deve sempre ser lembrada. Toda criança na rua sabe como é essa capa. Quero que as pessoas nunca parem de ouvir, é o tipo de música que você não vê mais hoje em dia. Sempre digo que se você vai criar uma banda de black metal, você precisa ser inspirado pela música do Venom. Precisa ter essa violência deles. Esse tipo de atitude sempre precisa ter e nesse disco temos a essência disso tudo", disse.
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