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"Jabá moderno dos streamings elimina consumidor da equação", diz André Barcinski

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Postado em 16 de junho de 2022

A prática do jabá acontece em todo o mundo e no Brasil não seria diferente. Em entrevista ao canal Inteligência Ltda, o biógrafo André Barcinski explicou que a prática da gravadora pagar para músicas serem executadas em rádios é comum no Brasil desde a década de 1930 pelo menos.

"Jabá é um assunto bem grande. Nos anos 1950, o Alan Freed, inventor do rock, teve sua carreira destruída por causa de jabá. Ele foi denunciado por pagar a rádio para executar e isso não era permitido. Ele acabou morrendo de cirrose depois. No meu livro ‘Pavões Misteriosos’, tem um capítulo em que comento sobre o jabá. Se convencionou dizer que é quando uma gravadora paga a rádio para executar a música. Mas não é só isso. O Francisco Alves roubando música do Cartola não é jabá? Ele está se apropriando da música do cara e ganhando um percentual sobre. Ele chega para o cara e diz que vai gravar uma música dele, mas precisa botar o nome dele nos créditos de composição. O Cartola e Noel Rosa vendiam as músicas para essa galera. Isso rola desde os anos 1930 no Brasil. É algo irregular para você ganhar um percentual de vendas", disse.

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Segundo André, até mesmo programas como o do Chacrinha utilizavam dessa prática do jabá, só que em outros formatos.

"Se você pegar os discos do Odair José, dos anos 1970, tem como parceria uma mulher que eu não sabia quem era. Perguntei para ele quem era. Ele disse que era a mulher que agendava as apresentações do Chacrinha. Ele disse que achou legal dar o crédito para ela. Isso não é jabá? Claro que é! Para sua música tocar no Chacrinha, você dava um percentual para uma mulher, que na verdade devia ser uma laranja do próprio Chacrinha, óbvio. O Chacrinha tinha um esquema conhecido. O artista aparecia no Chacrinha, mas em troca os artistas faziam as chamadas Caravanas do Chacrinha pelos subúrbios do Rio e São Paulo", explicou.

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Em outro ponto, o biógrafo explicou o motivo pelo qual, em sua visão, o "jabá raiz" de antigamente era menos prejudicial do que o moderno, em que o consumidor é "excluído" do esquema.

"Acho esse tipo de jabá menos nocivo do que o que existe hoje. O Chacrinha botar uma banda para botar no programa dele, primeiro que é dele o programa. Ele põe quem ele quiser. O artista topar ir tocar de graça para o Chacrinha nos subúrbios não é um acordo entre os dois? Meu ponto é que essa combinação entre eles não envolvia grana. A pessoa aparecia no programa, vendia mais discos, em troca o cara tocava em Nilópolis tocar três músicas de playback. É antiético? Sim, mas o jabá em rádio sempre aconteceu. Só que para o disco ser um sucesso, o público tinha que ir na loja e comprar, concorda? Hoje, o jabá do jeito que é feito, é diferente. Os streamings colocam as músicas nas playlists e elas tocam muitas vezes sem a anuência do público. O Spotify sugere a música do cara em uma playlist famosa. O público não tem a capacidade de escolher a música que está ouvindo. Claro que ele pode desligar, mas ele confia na playlist, tem um monte de música legal. No meio pode ter uma ou outra de jabá. No caso do jabá raiz, só tocar a música não adiantava. Se a música fosse uma merda, ninguém ia comprar. Você tinha que sair da sua casa, pegar seu dinheiro suado e escolher o disco. Jabá de rádio salvava música ruim? Não, mas o de hoje salva. O Spotify tem artistas falsos criados por ele. O artista Charles Bolt por exemplo é um fake criado por um produtor ligado ao Spotify. Ele coloca essas músicas em playlists e cada vez que ele é tocado pinga uma grana para o próprio Spotify. Você elimina o consumidor da equação com esse jabá moderno. Claro que você pode optar por não ouvir a playlist, mas você ouve coisas que foram colocadas por jabá sem você saber. Hoje, você é sujeito a jabá em serviços pelos quais você paga. O Chacrinha era na TV aberta, você não pagava. Hoje, você liga no Multishow e tem um jabá de festival, você está pagando o canal para ver jabá. Você paga os streamings para ouvir playlists que a pessoa pagou", concluiu.

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Confira a entrevista completa aqui.

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Sobre Gustavo Maiato

Jornalista, fotógrafo de shows, youtuber e escritor. Ama todos os subgêneros do rock e do heavy metal na mesma medida que ama escrever sobre isso.
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