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Entrevista: Bumblefoot fala sobre shows do Sons of Apollo no Brasil e poder da música

Por Igor Miranda
Postado em 02 de agosto de 2022

A pandemia nos tirou, entre muitas outras coisas, o Sons of Apollo. A banda viria ao Brasil em abril de 2020, mas no mês anterior a pandemia obrigou todos os artistas do mundo inteiro a cancelarem seus planos. Adiamentos sucessivos nos trouxeram até agosto de 2022, quando a tour, de fato, acontecerá.

O supergrupo que une elementos de hard rock, heavy metal e progressivo fará quatro apresentações em território brasileiro.

09/08 – Ópera de Arame, Curitiba (PR)
11/08 – Circo Voador, Rio de Janeiro (RJ)
13/08 – Tokio Marine Hall, São Paulo (SP)
14/08 – Toinha Brasil Show, Brasília (DF)

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Foto: Divulgação
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Serão apresentações únicas, inclusive por um motivo peculiar: o baixista Billy Sheehan (Mr. Big, Talas, David Lee Roth) não poderá vir por, segundo a produtora Top Link Music, "restrições de viagem". A crença do músico na cientologia fez com que muitos rumores sobre ele supostamente não ter se vacinado contra a Covid-19 fossem divulgados. O próprio Sheehan colocou lenha na fogueira ao dar a entender, em comentários nas redes, que só é contrário ao imunizante do novo coronavírus, não a outras injeções.

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Controvérsias à parte, Felipe Andreoli (Angra) ocupará a vaga de Billy. O restante da banda é composto por Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey, Talisman etc) nos vocais, Ron "Bumblefoot" Thal (Guns N’ Roses, Asia etc) na guitarra, Mike Portnoy (Dream Theater, The Winery Dogs, Neal Morse Band etc) na bateria e Derek Sherinian (Dream Theater, Black Country Communion, Alice Cooper, Kiss etc) nos teclados. Um supergrupo por direito.

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Em entrevista exclusiva ao Whiplash.Net – conduzida antes do anúncio de que Billy Sheehan seria substituído por Felipe Andreoli na turnê –, Bumblefoot não escondeu sua empolgação pelo retorno aos palcos. Serão os primeiros shows do Sons of Apollo desde março de 2020. A banda mal teve a oportunidade de promover seu segundo álbum, "MMXX", quando a pandemia os parou.

"Espero que os fãs sejam incríveis, que as multidões sejam incríveis. Espero ter a chance de ver meus amigos lá que raramente vejo. A única diferença desta vez é que temos que ter muito cuidado para não pegar nada e não poder fazer o próximo show, coisas assim. Antes da pandemia, se alguém ficava doente, o show continuava; estamos tossindo, vomitando, seja lá o que for, mas ainda fazemos o show. Agora é tipo, ‘oh, você não pode entrar no país’, então teremos que ser mais cuidadosos e manter distância. É uma m#rda, mas temos que fazer isso, para o benefício de todos", afirmou.

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Perguntado sobre o que os fãs podem esperar do repertório, Thal aponta que certamente rolarão músicas dos dois primeiros álbuns, mas o tradicional cover posicionado no bis pode acabar não rolando. Nas apresentações de 2020, eles tocavam "Perfect Strangers", do Deep Purple, mudando de instrumentos: Ron cantava, Jeff ia para a bateria, Billy operava os teclados, Mike tocava o baixo e Derek empunhava a guitarra.

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"Definitivamente, músicas do primeiro e segundo álbuns. Vamos tocar covers? Não sei. Não tenho certeza se vamos ou não, acho que veremos. Vamos votar. Pessoalmente, não quero cantar ‘Perfect Strangers’, prefiro cantar Iron Maiden. E eu disse isso desde o início! Eu disse: ‘olha, se você quer que eu cante alguma coisa, deixe-me cantar Maiden!’", disse.

Quis saber qual música da Donzela de Ferro o guitarrista gostaria de interpretar nos vocais. Ele me devolve a pergunta: "qual devemos tocar?" Dada a atmosfera prog da banda, sugeri que pegassem algo do álbum "Brave New World" (2000) ou além. O guitarrista não aprovou, infelizmente.

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"Não pode ser muito progressivo porque todo mundo está em instrumentos diferentes que usualmente não tocamos. É o Derek na minha guitarra, então se for muito difícil de tocar... Jeff está na bateria, então é... Eu sempre digo ao Mike, é tipo ‘por favor, não faça isso’. Mas ele adora fazer isso, ele adora", disse o simpático músico.

Atividades na pandemia

Ainda que trancado em casa, Bumblefoot não deixou de trabalhar durante a pandemia. Ele afirma ter passado a maior parte dos anos de 2020 e 2021 em seu home studio "compondo, gravando, mixando álbuns de outros artistas, dando aulas e produzindo muitas bandas". Chegou a citar um grupo israelense que produziu: The Dodies, com quem trabalhou na Irlanda.

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"Em 2020 também fiz shows com David Ellefson. Tocamos juntos e fizemos um monte de coisas para aquele álbum de covers, ‘No Cover’. Foi legal. Mas, na maioria das vezes, passei o tempo aqui, apenas fazendo as coisas que amo: ensinando o que posso e fazendo música e solos", contou ele, antes de tocar um solo que entrará em um projeto não especificado de Carmine Appice, lendário baterista.

Brasil e mercados alternativos

A agenda de Ron "Bumblefoot" Thal costuma ter compromissos em locais pouco prováveis para um artista americano de música pesada conhecido mundialmente. Além de passagens diversas pelo Brasil – seja com o Guns N’ Roses ou sozinho –, o guitarrista realizou turnês recentes por China, África do Sul, Indonésia e Coreia do Sul, entre outros mercados considerados "alternativos".

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O músico garante não enxergar diferença entre os públicos. No fim das contas, todos amam som pesado de forma incondicional, independentemente de onde estão.

"Vou para o Bahrein e sabe o que você vê lá? Um bando de garotos de cabelos compridos com camisas do Metallica tocando Iron Maiden ou com camisetas do Iron Maiden tocando Metallica. Na Albânia ou qualquer outro país é a mesma coisa. Não há diferença além de geografia e cultura – o que parece muito. Todo mundo é igual quando se trata de música, de rock e da paixão por isso. Quanto mais eu viajava, mais percebia a semelhança. Trabalhei muito com o Estado de Bahrein, com o governo, diferentes embaixadas me chamavam para fazer esses programas e eles realmente diziam: ‘a música faz o que a política não pode, a música une as pessoas’. E é verdade. Fui para a Bielorrússia em 2014 e os melhores músicos tocavam, estávamos tocando AC/DC, covers de Ghost, todo tipo de coisa. Era como tocar em casa. [...] A política divide, a música une", declarou.

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Quanto ao Brasil, as lembranças de Bumblefoot são mais "extrapalco", especialmente por causa de nossa elogiada culinária. Mas ele faz um elogio especial a um músico com quem trabalhou por aqui. "Marcelo Barbosa (guitarrista do Angra) me trouxe para workshops, fiz turnês em escolas e tocamos juntos... amo esse cara, tão maravilhoso e um guitarrista incrível, ele é o melhor. Há tantos amigos maravilhosos e tantos bons momentos. Os shows em si são os que eu menos lembro. Eu mal me lembro dos shows em si. Lembro-me de todo o resto, tipo, sair com as pessoas, conversar e comer. Especialmente comer. Sempre digo que se você vai fazer sua última refeição na vida, deve ser churrasco brasileiro", disse.

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"MMXX" e terceiro álbum

Poder perguntar a um músico sobre um álbum que ele lançou dois anos e meio atrás é um privilégio. As impressões estão bem mais sólidas e as opiniões podem ser discutidas de forma bem mais aprofundada.

Como "MMXX" foi lançado no início de 2020 e o bate-papo com Bumblefoot ocorreu na metade de 2022, deu para notar que o guitarrista estava com uma visão bem diferente de seu próprio trabalho após tanto tempo. Curiosamente, ele admitiu que se a entrevista rolasse na época em que o disco saiu, poderia ouvir dele que sua satisfação com o material não era das maiores.

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"Acho que gosto mais de ‘MMXX’ agora do que quando o lançamos. Na época, senti que havia muito bolo e nada de glacê. Não me tocou tanto. Com o tempo, meu próprio álbum cresceu em mim, gosto mais agora. Acho que talvez eu estivesse muito próximo de passar tempo demais nele, porque desta vez tivemos tempo para nutri-lo e continuar refazendo ou mudando", disse.

A situação foi diferente com o primeiro álbum do projeto, "Psychotic Symphony", de 2017. "Com o primeiro, estávamos compondo no estúdio e gravando como criamos. Não dava para voltar atrás. E há algo nisso, uma espontaneidade que não dá para tirar. É o que é, para o melhor ou para o pior. É sua identidade. No segundo álbum, tivemos mais tempo para ‘lutar’ com ele. E isso pode tê-lo feito melhor. Acabou sendo o que deveria ser. E talvez eu estivesse um pouco cansado na época em que estava sendo lançado, mas agora eu realmente aprecio os dois álbuns como uma coleção de músicas e estou ansioso para tocar músicas de ambos para todos", declarou.

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Será que vem um terceiro álbum do Sons of Apollo por aí? "Eu adoraria", disse o guitarrista, que acabou elaborando sobre outros assuntos após dizer isso. "Acho que durante a pandemia, houve esse presente inesperado de tempo em que todos nós fazemos as coisas que não podíamos fazer. Para mim, eu tenho que voltar a fazer muito mais mixagem e produção e tudo isso... e solos como convidado e dar aulas, o que amo fazer", completou.

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Ele se mostrou mais empolgado ao falar sobre seu próximo trabalho solo. "Estou trabalhando no meu próprio álbum, outro álbum instrumental. Eu não faço um álbum instrumental completo desde 1995, então estou bem atrasado. E eu tenho trabalhado nisso enquanto estou fazendo todo o resto, colaborando com as pessoas e fazendo todo tipo de outras coisas. Espero que ano que vem eu tenha um álbum para lançar, de minha própria música", concluiu.

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Sobre Igor Miranda

Jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital pela Universidade Estácio de Sá. Começou a escrever sobre música em 2007 e, algum tempo depois, foi cofundador do site Van do Halen. Colabora com o Whiplash.Net desde 2010. Atualmente, é editor-chefe da Petaxxon Comunicação, que gerencia o portal Cifras, Ei Nerd e outros. Mantém um site próprio 100% dedicado à música. Nas redes: @igormirandasite no Twitter, Instagram e Facebook.
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