A terapia que Rafael Bittencourt fez nos primórdios do Angra e achou uma tortura
Por Gustavo Maiato
Postado em 16 de março de 2023
Existem diversos tipos de terapia com técnicas e objetivos diferentes. No caso de Rafael Bittencourt, do Angra, sua experiência foi com a corrente freudiana. Em episódio do seu podcast Amplifica, ele explicou como foram essas sessões.
"Eu faço terapia hoje, mas é bem light. Fiz até a freudiana e é uma tortura. Não faria nunca mais. Eu era molecão, foi no começo do Angra. Foi uma confusão de cara. Uma mistura dos sonhos se despedaçando com a realidade crua da vida adulta, mostrando para gente de forma precoce. No Brasil, você com 20 anos está muitas vezes morando com os pais. Comecei o Angra com 19 e com 20 estava na Alemanha. Foi tipo ‘Acorda aí meu filho’. Fiz essa terapia freudiana, que você fica de costas para o terapeuta no divã. É aquela clássica de filme, você não tem contato visual com o terapeuta. O cara não te dá feedback. Ele fica anotando. Fiquei tipo: ‘Aposto que ele está dormindo’. Ele podia estar fazendo palavra cruzada, sei lá! [risos]. Você é o objeto de estudo dele e acabou. De vez em quando, ele falava: ‘E como você se sentiu?’. Aí, continuava. Ele só dá corda. ‘E por que isso te frustrou?’. Ele não dá feedback exato. Para um jovem, foi frustrante. Primeiro, porque queremos resposta rápida para as coisas. Queria solução. Queria um remédio, sei lá. Mas valeu. Como eu tinha muita ansiedade, isso poderia ter sido tratado até com remédio, mas não foi. O mundo exige que você controle suas emoções".
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