O motivo pelo qual Steve Vai ficou decepcionado ao tocar com a guitarra de Brian May
Por André Garcia
Postado em 04 de julho de 2023
Fã de carteirinha do Queen, durante muito tempo Steve Vai sonhou tocar com a guitarra e a parafernália de Brian May. O dia que esse sonho se realizou, no entanto, foi uma decepção para ele.
Cuidado com o que você deseja, porque seu desejo pode se realizar. Foi o que aconteceu com Steve Vai, que sonhava soar como Brian May nos álbuns do Queen. Só que, quando teve a chance de tocar na sagrada Red Special plugada em sua pilha de amplificadores Vox, seu sentimento foi de frustração.
Conforme publicado pela Classic Rock, Vai relembrou como conheceu Brian May e teve a oportunidade de tocar com seu instrumento oficial.
"Quando eu estava tocando com Frank Zappa, entrei no bar Rainbow, em Los Angeles, e ele [Brian May] estava lá no balcão. Ele foi tão gentil e envolvente, e me convidou para um ensaio do Queen no dia seguinte. Foi tão surreal! Olhei para a guitarra dele e pensei: 'Aquela é a verdadeira Red Special?' E ele disse 'Sim, quer experimentar?' Então peguei aquela guitarra e toquei com o setup dele… e para minha decepção, eu não soava nem um pouco como Brian May! O que o Queen fez nunca poderá e nunca será replicado, porque juntos aqueles quatro músicos eram uma força única da natureza."
A frustração de Steve Vai foi a mesma narrada por Nuno Bettencourt quando tocou com a guitarra e o equipamento de seu maior herói — Eddie Van Halen. Em entrevista a Rick Beato ele contou: "Achei que finalmente conseguiria soar como [Eddie Van Halen], mas fiquei tão desapontado… Eu pensei: 'Eu até tenho o suor dele nas cordas, tenho seu DNA, tenho o amplificador dele, acabei de vê-lo ensaiar… e ele está me pedindo para tocar com o equipamento dele. 'Finalmente, após décadas comparando meu som com 'Van Halen' e 'Van Halen II', vou soar como o Edward!' E fiquei tão desapontado: eu soava exatamente como eu mesmo. Foi horrível! Parecia um pesadelo horrível."
"Soava exatamente como eu mesmo! [Fiquei] super desapontado. Fiquei pensando: 'Nunca vou conseguir soar como o Edward… Nunca. Nunca!' Foi o maior tapa na cara de todos os tempos, quando você percebe: 'Caramba, é tudo sobre você. É tudo sobre seus dedos.' E não é apenas seus dedos, é onde você segura a palheta, o quanto você aperta a palheta, e onde a toca. Você nem pensa sobre essas coisas, mas é isso o que nos torna tão individuais quanto somos", concluiu o shredder português.
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