Geddy Lee revela época em que Rush usava "muita cocaína" para "manter a energia"
Por André Garcia
Postado em 15 de novembro de 2023
Ao longo de suas quatro décadas de estrada, Rush sempre foi uma das bandas mais estáveis e confiáveis. Enquanto inúmeras delas eram um monte de viciados sabotando a própria carreira, Geddy Lee, Neil Peart e Alex Lifeson sempre foram um raro exemplo de profissionalismo no mundo do rock.
Eles eram tão profissionais, que até hoje muitos acham que eram três santinhos. Em recente entrevista para a Toronto Life, Geddy Lee ouviu que o Rush era mais certinho que seus contemporâneos, e respondeu que eles eram "apenas melhores em esconder" o que faziam.
"Sinceramente, era estranho viver dentro de um ônibus. Teve uma vez que tocamos em 23 cidades em 23 noites. Naquele ponto, estávamos usando muita cocaína, só para manter a energia. Em termos de farras, quando uma banda fica em uma cidade por dois dias, você pode ter certeza de que haverá uma quantidade imensa de bebida."
"Quando abríamos para bandas maiores, as pessoas constantemente derramavam cerveja e jogavam tortas uns nos outros. Uma vez, jogamos tortas na cara do Kiss, e eles fizeram o mesmo com a gente. O hotel em que ficamos foi completamente destruído. Alguém pegou uma planta em um vaso gigante e jogou da sacada. Eles poderiam ter matado alguém! Mas era o que se esperava que a gente fizesse, suponho eu."
Em outra entrevista, esta de 2022 para o House of Strombo, ele disse: "Tivemos nossos momentos em que estávamos fazendo muitos, muitos shows seguidos, e as drogas vinham rápida e furiosamente; mas, de alguma forma, seguramos a onda com tudo aquilo. Teve uma parte de uma turnê em que fizemos 23 shows [em 23 cidades diferentes]. Você está no limite, fazendo o que for preciso para chegar ao próximo show — e sobreviver a ele. Quer seja fumar um baseado depois ou cheirar uma carreira de cocaína. O que fosse necessário, você fazia."
"Valorizávamos nosso trabalho. Valorizávamos a qualidade de nossos shows. Então, nunca permitimos que [as drogas] interferissem. Não poderia interferir, caso contrário, não teria motivo para estarmos lá [risos]. Que sentido faria estar lá se fosse para avacalhar o show?", concluiu.
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