Como a turnê de "Arise" mudou os integrantes do Sepultura, segundo Andreas Kisser
Por Mateus Ribeiro
Postado em 13 de dezembro de 2023
A icônica banda brasileira Sepultura lançou ótimos discos ao longo de sua brilhante carreira e um desses discos é "Arise". Lançado em março de 1991, o quarto trabalho de estúdio do grupo apresenta ótimas músicas, como a faixa-título, "Dead Embryonic Cells", "Desperate Cry" e o cover de "Orgastamtron", clássico do Motörhead.
Além de ser um dos maiores clássicos do Sepultura, "Arise" mudou a mentalidade dos músicos que o gravaram, de acordo com entrevista que o guitarrista Andreas Kisser concedeu à Metal Hammer.
"Você tem que entender que passamos dois anos em turnê com o ‘Arise’. Foi a primeira vez que vimos o mundo e pudemos analisar e entender como era ser brasileiro fora do país. Vimos o Brasil de um ângulo diferente – que mudou a forma como nos sentíamos. Mesmo com Arise, ainda estávamos escrevendo letras que eram muito heavy metal, muito baseadas em fantasia.
Mas começamos a ficar mais sociais e políticos. Escrevemos sobre coisas que estavam acontecendo no nosso país – a pobreza, a repressão – porque essas coisas tiveram impacto sobre nós. Musicalmente, também nos desenvolvemos. Aprendemos o que funcionava e o que não funcionava, tocando tanto ao vivo e conhecendo pessoas como Ozzy [Osbourne]. Havíamos passado de meninos para homens!", relembrou Andreas, que na mesma entrevista, falou sobre o papel do produtor Andy Wallace no processo de evolução da banda.
"Andy ajudou enormemente. Aprendemos muito com ele durante nosso tempo juntos, não apenas em termos de experiência de estúdio, mas ele também nos fez pensar mais sobre como escrevemos músicas."
O Sepultura anunciou que a partir de 2024, vai fazer a sua última turnê. Leia mais na matéria a seguir.
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