A atitude nada pedagógica de professora de João Gordo que deixaria Paulo Freire maluco
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de janeiro de 2024
No livro "Viva La Vida Tosca" da Darkside Books, João Gordo, vocalista do Ratos de Porão, relata como passou maus bocados nas mãos de uma professora quando precisou trocar a escola particular por uma pública.
Ratos De Porão - Mais Novidades
"Quando cheguei ao terceiro ano no São Paulo da Cruz, meus pais não tinham dinheiro para me deixar na escola particular. Meu pai me colocou na escola pública Davi Eugenio lima, na Vila Gustavo. Foi um choque sair de uma escola particular tão boa pra uma podreira daquelas", disse.
Gordo continuou explicando que a professora – conhecida como Dona Nilza – tinha uma atitude bastante questionável, que vai totalmente contra o modelo de empoderamento do aluno proposto por nomes consagrados da educação como Paulo Freire.
"Ela inventou um esquema absurdo: ela dividia a turma em cinco categorias e distribuía os alunos na sala por níveis de inteligência: na frente os mais inteligentes, depois os mais ou menos inteligentes e, no fundo, os retardados completos", disse.
João diz que começou na fileira do meio, depois subiu uma, mas voltou pra trás por causa da bagunça que fazia. Ele aproveitou para se lembrar de um aluno chamado Israel, que fazia coisas no mínimo bizarras na aula. "A fila dos retardados era de dar medo. No vértice da sala, lá no fundão, encostado na parede, ficava um grandão chamado Israel, que tinha dois anos a mais que todo mundo e passava a aula toda comendo meleca e batendo punheta. A mesa dele tinha um buraco na tampa. Ele desenhava um rosto no dedão do pé, enfiava o dedão no buraco e ficava batendo papo com o próprio dedão", concluiu.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps