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Não tem como escrever Ashbury sem BR: A versão nacional do clássico "Endless Skies"

Por Fernando Claure
Postado em 22 de março de 2024

Assim como Pantera e Van Halen, o Ashbury surgiu com os irmãos Randy e Rob Davis, nativos de Tucson, Arizona. Em 1983, depois de alguns anos na cena underground e juntos de Lee Smith, Noal Morris e Dave Carpenter, o Ashbury lançou o seu primeiro e criminalmente subestimado álbum "Endless Skies". O LP conta com um instrumental que mistura hard rock com soft metal e letras sobre ambientes fantasiosos, popularizadas por artistas como Ronnie James Dio.

O projeto veio a ser um grande querido pelos fanáticos por metal durante as décadas de 1980 e 1990, até que a demanda foi tanta que o Ashbury voltou a gravar e em 2004 lançaram "Something Funny Going On". A banda segue ativa e seu último projeto veio em 2021 no formato de um single de uma canção popular (Sea Shanty) chamada "Leave Her Johnny".

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Mas o que os irmãos Davis não esperavam é que o sucesso de "Endless Skies" tomasse uma proporção internacional. Diversos fãs ao redor do mundo pediam por mais Ashbury, o que levou o grupo a começar a licenciar o álbum para gravadoras locais na Alemanha e Irlanda e, eventualmente, no Brasil. O selo carioca Urubuz Records lançou uma versão nacional do projeto em 2019 como um CD slipcase.

A arte original continua intacta, com apenas o encarte slipcase tomando um tom mais escuro. O layout e design da versão foi conceitualizado pelo designer e músico, Wanderley "Perna". Dentro do CD, o encarte possui duas fotos da banda na época do lançamento original e, apesar de ter um grande parágrafo no final contando a trajetória da banda e como levou a gravar o LP e outras curiosidades, toda a escrita está em inglês. A edição nacional também é a única que conta com um poster da arte original.

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O último parágrafo no encarte conta com uma dedicatória. "Ashbury agradece Marcio Gonçalves e Urubuz Records, Sarlacc Produções, HR Records, Rockadome Records, GOM/Battle Cry Records, Oliver Weinsheimer, Málrtin Mac Cormaic, Jacob Hector, Michael M., Bob Byrne, Jarvis Leatherby, Simon Sl, Florian Hill e Holger Geinitz por todas as suas contribuições e suporte… e um ‘Thak you!’ bem especial para todos os fãs no Brasil e por toda a América Latina!"

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O LP traz uma narrativa fantasiosa sobre um aviso de um mago misterioso que serve como o início de uma aventura sonora. Entre as faixas, a que mais se destaca por seu instrumental mais similar ao metal e pela ausência de um violão é "Vengeance". O riff inicial, parecido com o de "Am I Demon" do Danzig, é uma continuação da faixa instrumental "Twilight" e transforma sua ambientação quieta e soturna em uma narração poderosa e encorpada. O estilo vocal de Randy Davis é suave, sem improvisos ou berros, o que torna as músicas do álbum fáceis de acompanhar e acessíveis a todos os públicos.

1. The Warning
2. Take Your Love Away
3. Twilight
4. Vengeance
5. Madman
6. Hard Fight
7. No Mourning
8. Mystery Man
9. Endless Skies

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Guitarra, baixo, sintetizador e vocais - Randy Davis
Guitarra e sintetizador - Rob Davis
Bateria - Johnny Ray
Percussão - John Watts
Piano em "Endless Skies" - Jerry Vandielen
Produção - Roger King, Rob e Randy Davis

Selo: Urubuz Records

Tempo: 39min

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Sobre Fernando Claure

Jornalista formado em 2023, cresci ouvindo Sabbath e Metallica com o meu irmão mais velho e hoje escuto de tudo e mais um pouco. No momento meu ato favorito é o Nine Inch Nails, mas é capaz que mude daqui a um tempo. Se pudesse pegar três ídolos pessoais, estes seriam Iggy Pop, Glenn Danzig e Trent Reznor.
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