A clássica banda pioneira do punk que Rick Rubin achava "horrível"
Por André Garcia
Postado em 20 de março de 2024
O punk nasceu em Nova Iorque em meados dos anos 70, tendo como incubadora o CBGB: local que projetou à proeminência Ramones, Talking Heads, Blondie, Television e Patti Smith — cinco artistas totalmente diferentes, mas antes daquilo levado de forma mais caricata para a Inglaterra pelo empresário Malcolm McLaren, todos eram considerados igualmente punk.
Da forma como o punk se desenvolveu (tanto em sonoridade quanto em estética e ideal), considera-se que o marco zero tenha sido o álbum de estreia dos Ramones, lançado em 1976. Para muitos, eles estão para o punk rock assim como o Black Sabbath está para o heavy metal. Pertinho da emergente cena punk novaiorquina, a 25 quilômetros de distância, foi formado em 1977 Misfits, com uma estética e temática voltada para os antigos filmes trash de terror — algo eventualmente batizado horrorpunk.
Uma das maiores lendas vivas desse subgênero, o ex-vocalista e fundador dos Misfits Glenn Danzig se consagrou como artista solo com o lançamento do álbum "Danzig" (1988) — alavancado por um dos maiores hits de sua carreira, "Mother". O disco contou com o toque daquele que na época despontava como o Rei Midas da música alternativa, Rick Rubin. Embora jovem, o produtor já estava acostumado a ver seu trabalho nas paradas de sucesso com artistas como Beastie Boys, Run-D.M.C. e Red Hot Chili Peppers.
Por já ter trabalhado com Danzig, era de se imaginar com Rubin curtisse Misfits. Conforme publicado pela Far Out Magazine, no livro Rick Rubin: In the Studio, de Jake Brown, ele disse que, na verdade, detestava.
"Eu nunca fui fã dos Misfits. Não gostava deles e, na verdade, achava que eram horríveis. Mas sempre soube que Glenn era um ótimo vocalista e que ele tinha um grande potencial de composição que ainda não havia sido totalmente realizado."
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