Ihsahn alfineta revistas: "detonavam os discos e agora comparam ao Sabbath"
Por Emanuel Seagal
Postado em 15 de março de 2024
O cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista Vegard Sverre Tveitan ficou conhecido mundialmente como "Ihsahn", um dos integrantes do grupo norueguês de black metal Emperor, formado quando ele tinha apenas quinze anos. Diferentemente de outros membros da banda que ficaram conhecidos pelos seus crimes, Ihsahn priorizou seu trabalho criativo, que continua até hoje, com um projeto solo, outras bandas em sua discografia, além de diversas participações especiais. Em uma conversa com Paul Travers, da revista Metal Hammer, ele falou o que pensa sobre as revistas que detonaram no passado os trabalhos do Emperor e comentou sobre a influência da banda para novos músicos.

O black metal, quando surgiu, foi ridicularizado por parte da imprensa, em uma época em que revistas e zines eram as únicas fontes de informação para fãs do mundo inteiro. Com o Emperor, que em 1993 lançou seu primeiro EP, autointitulado, não foi diferente. "As principais revistas de metal detonaram completamente nossos primeiros álbuns, e então vi essas matérias 25 anos depois, com o primeiro álbum do Emperor colocado ao lado do primeiro álbum do Black Sabbath. Aprendi muito cedo que não temos controle sobre o que as pessoas pensam; a única coisa em que você pode confiar é na sua própria motivação. Se você coloca sua felicidade nas mãos de outra pessoa, se isso controla se você se sente bem ou mal consigo mesmo, você está meio fodido, mas, como consequência, também não estou em uma posição em que possa realmente absorver todas as coisas positivas. Todas as coisas externas — a controvérsia desde o início e agora o feedback baseado na nostalgia ou qualquer tipo de status cult — tudo se torna parte da mesma coisa e é difícil para mim me conectar a qualquer uma delas. É como se eu tivesse separado essas duas perspectivas desde o início. É majoritariamente uma coisa boa", afirmou.
O Emperor lançou apenas quatro álbuns: os favoritos "In the Nightside Eclipse" (1994) e "Anthems to the Welkin at Dusk" (1997), o polêmico "IX Equilibrium" (1999) e o último disco, "Prometheus - The Discipline of Fire and Demise" (2001), que serviu como vislumbre do que viria em sua carreira solo. Apesar de poucos discos e alguns hiatos em uma carreira de trinta anos, a influência do grupo para novas gerações continua até hoje, e Ihsahn considera este reconhecimento gratificante. "Sei o que a música fez por mim na minha vida. Eu sei o quanto artistas como Iron Maiden e Judas Priest significaram para mim, as horas que passei tocando esses discos. É como se eles fossem mentores, embora eu não os conhecesse. Se a música da qual faço parte teve um grande impacto na vida de alguém, ou se essa pessoa começou a tocar um instrumento por causa disso, isso é um elogio incrível", explicou.
Ihsahn se apresentará na América do Sul com o Emperor nos dias 16 (Colômbia), 18 (Equador) e 20 (Chile) de abril. Seu último álbum solo, autointitulado, foi lançado no dia 16 de fevereiro pela Candlelight Records.
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