Como dois sonhos distintos entraram em rota de colisão no início do Angra
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de abril de 2024
Durante episódio do Amplifica, Rafael Bittencourt, guitarrista do Angra, comentou sobre o início da banda e os primeiros atritos com o saudoso vocalista Andre Matos. Na ocasião, o grupo viu dois projetos colidirem.
O primeiro era o de Bittencourt, que estudava música na faculdade, já tinha algumas músicas compostas e queria decolar na carreira. O segundo era de Matos, que vinha já da experiência do Viper e com a possibilidade dessa nova banda ter já contrato no Japão.
"Eu estava montando uma banda. Já tinha feito outras e fui estudar na faculdade. O Andre Matos se ofereceu para cantar. Ele não queria estar no metal até então. Eu já era fã e acompanhava desde o ‘Soldiers of Sunrise’. Era o Iron Maiden Brasileiro. Vi que tinha uma cena do SP Metal. Quando ele se ofereceu, beleza. A JVC estava interessada, ele explicou sobre o empresário Toninho. Nós juntamos os dois projetos. O meu e o dele. Isso virou o Angra e o projeto de gravar na Alemanha.
A JVC queria que o Viper fosse gravar na Alemanha. Acabou que foi o Angra. Nessa idade, todos ficam com orgulho ferido. Meu conflito com o Andre era: ‘Eu estou formando uma banda. Vamos juntar nossos projetos’. Só que na cabeça dele era: ‘A JVC quer fazer um álbum comigo’. Minhas músicas tinham valor, a JVC amou a demo com ‘Evil Warning’ etc.
Era uma visão romantizada. Fomos gravar na Alemanha e não estávamos preparados. A primeira briga séria foi quando chegou o print do álbum e todas as músicas estava com o nome dele na frente nos créditos. Nós finalizamos juntos. Fiquei tipo: ‘Por que?’. Ele disse que era mais conhecido e a gravadora achou melhor. Mas hoje eu rio. Sempre enalteci o Viper".
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