Após memes e críticas, Glen Benton explica polêmica envolvendo o novo disco do Deicide
Por Emanuel Seagal
Postado em 17 de abril de 2024
Glen Benton, o vocalista e baixista do Deicide, está acostumado com polêmicas. O músico, de 56 anos, prometeu suicidar-se aos 33 anos, mesma idade de Jesus, já teve problemas com ativistas dos direitos dos animais, e como muitas bandas de death metal, banimento de discos ou casas de shows é apenas mais um dia de trabalho.
A polêmica dessa vez envolve a capa de "Banished by Sin", o décimo terceiro disco do Deicide, com lançamento marcado para o dia 26 de abril pela Reigning Phoenix Music. A arte do disco começou a circular no Twitter em fevereiro, e rapidamente fãs começaram a acusar a banda de utilizar Inteligência Artificial para criação da capa, embora outros ainda duvidassem da veracidade da imagem.
Com o lançamento da música "Sever The Tongue" o grupo divulgou oficialmente a capa, e assim como a banda Pestilence, o Deicide sentiu o "carinho da torcida". O grupo foi alvo de comentários em redes sociais, memes e zoeiras no Reddit, além de vídeos, como "O problema do Deicide: pro inferno com artes feitas por Inteligência Artificial", do canal Altars of Mattness.
Em entrevista realizada pelo podcast The Brutally Delicious, transcrita pelo Blabbermouth.Net, Glen Benton resolveu comentar o ocorrido.
"As pessoas não entendem que a capa que fizemos foi feita com Photoshop e com alguma I.A., mas é uma versão mais moderna. É como 'Legion' (segundo álbum do Deicide, lançado em 1992) — quando eu fiz a capa do álbum 'Legion', os computadores ainda eram algo novo pra caralh*. Ninguém sabia nada sobre arte 3D ou qualquer merda assim, e eu fui a primeira pessoa a mexer com isso quando desenhei a capa do álbum 'Legion'. Mexo com computadores e toda essa merda desde que surgiram. Então, posso estar à frente de muitas pessoas quando se trata de computadores. Tenho dois iMacs, um MacBook Pro e um iPad Pro, então tenho algum conhecimento dessa era da informática e Photoshop e tudo mais", afirmou.
Segundo Glen ele gosta de fazer algo diferente e de provocar, e a controvérsia foi intencional. "As pessoas não entendem. É uma modernização da... é um sinal dos tempos em que vivemos. A primeira reação das pessoas é: 'Oh! Ele está tentando deixar todos nós artistas sem emprego, e eu terei que desenhar pênis em banheiro masculino pelo resto da vida.' Todos estão agindo como se fosse o fim da merd* do mundo. É ridículo, cara. É uma forma de arte e expressão, então acho que as pessoas deveriam parar com essa atitude ridícula e aceitar isso como é, cara. É um sinal dos tempos", acrescentou.
O músico continuou rebatendo críticas dos "metidos Rembrandt" e afirmando não ligar para o que "um garoto de cabelo azul no Nebraska" pensa. Glen concluiu dizendo que todos que criticam são "os mesmos idiotas que roubavam minha arte no passado", referindo-se ao Napster e outros métodos utilizados para pirataria de música.
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