David Ellefson analisa o estilo de tocar de Lemmy: "Tocava o baixo como um violão"
Por André Garcia
Postado em 20 de agosto de 2024
Quando o assunto é baixista de thrash metal, logo se pensa no saudoso Cliff Burton, que teve a carreira (e a vida) tragicamente encerrada com apenas 24 anos.
Pela perspectiva da longevidade, o principal nome do gênero seria David Ellefson — que conseguiu a impressionante façanha de durar 38 anos no Megadeth até ser demitido por Dave Mustaine durante a pandemia.
Além de ser fanático por Gene Simmons (Kiss) e se inspirar muito em Adam Clayton (U2), Ellefson tem também as influências óbvias de sua geração, como Geezer Butler (Black Sabbath) e Lemmy Kilmister (Motörhead).
Pouco após a morte de Lemmy nos últimos dias de 2015, Ellefson foi convocado para tocar em um tributo ao lendário baixista. Embora ele já ouvisse Motörhead desde a adolescência, foi só ali que ele foi de fato se debruçar sobre as linhas de baixo de Lemmy para honrá-lo sobre o palco.
Em recente entrevista para Oran O’Beirne da Bloodstock TV ele contou uma curiosa descoberta que fez naquela época.
"O que percebi aprendendo um monte de músicas do Motörhead como nunca tinha aprendido quando era moleque foi que Lemmy tocava baixo como um violão. [...] Era o jeito como ele dedilhava e as porradas que dava estavam muito mais como um cara faria no violão. [Perceber] isso mudou toda a visão que eu tinha dele. [...] Foi ali que fez sentido para mim. Depois daquilo, a cada música do Motörhead eu fui meio que me aprofundando naquilo. Ficou muito mais fácil de aprender elas."
Outra coisa apontada por David como importante para tocar Motörhead no baixo é ouvir Lemmy também da perspectiva vocal:
"[Lemmy] era um baixista vocalista, tipo Phil Lynott [do Thin Lizzy], e eles tocavam com palheta. [...] Paul McCartney, Gene Simmons, Phil Lynott, Lemmy… todos baixistas icônicos e também vocalistas protagonistas. Então, para eles, o baixo não é a única coisa que eles fazem, você meio que tem que ver o pacote completo. [...] Eu prestava atenção não só na linha de baixo, mas também no que ele estava cantando por cima."
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