O integrante do Slipknot que não sobe ao palco sem máscara; "sinto uma certa vergonha"
Por Bruce William
Postado em 04 de novembro de 2024
Formada em 1995 em Des Moines, Iowa, o Slipknot ficou conhecido por sua música agressiva, mistura de gêneros e apresentações intensas. Com influências de metal extremo e um som agressivo, eles se destacaram pelo estilo musical intenso e pela mistura de letras sombrias, ritmos pesados e percussão marcante, alcançando um público fiel ao longo dos anos. O álbum homônimo de 1999 consolidou seu sucesso, seguido por lançamentos como "Iowa" e "Vol. 3: (The Subliminal Verses)", com músicas que exploram temas sombrios e controversos, refletindo a energia caótica que se tornou marca registrada da banda.
Um dos elementos mais notáveis do Slipknot é o uso de máscaras e uniformes por seus integrantes. Esse visual impactante não é apenas estético; ele reflete a ideia de anonimato e de um coletivo sem figuras centrais, permitindo que o foco seja a música e a energia da banda como um todo. As máscaras também intensificam a experiência dos shows, criando um ambiente sombrio e misterioso que se tornou marca registrada de suas performances ao vivo, elevando a interação entre os músicos e o público a outro nível.
As máscaras também podem ter outra função, conforme ficou claro durante conversa do guitarrista Mick Thomson com a Metal Hammer, onde ele começa contando como foi sua primeira apresentação ao vivo: "Foi em uma batalha de bandas na minha escola, quando eu tinha 16 anos. Era só eu e mais algumas pessoas, e a gente nem tinha vocalista até aquele dia! Tenho uma fita de vídeo disso, e é engraçado! Eu tinha um mullet loiro, uma regata preta e uma espinha gigante no peito que aparece bem nítida. Eu estava com 16, dá um desconto! Tocamos 'In My Darkest Hour' do Megadeth, 'Four Horsemen', 'Paranoid', 'Fade to Black' e 'Last Caress'. Mas, como nunca havíamos tido um vocalista, escrevemos as letras para ele no carro antes do show, e eu pensei: 'ah, cara, estamos fodidos! Vamos parecer uns merdas!'"
Ao ser perguntado se foi realmente tão ruim assim, Mick respondeu que sim, mas na prática teve outros aspectos positivos: "Mas em compensação rolou mosh pits, e naquela época, tipo 1989 ou algo assim, esse tipo de coisa não acontecia, principalmente no ensino médio de Des Moines! Então foi muito legal e, olhando hoje em dia, uma ótima experiência."
O entrevistador então questiona se foi isso que fez ele ter vontade de entrar em uma banda, e Mick explicou: "Não. A verdade é que eu nunca quis estar em uma banda, eu só gostava de tocar. Eu não era um showman, e se não usasse minha máscara, não estaria ali na frente do palco. Não gosto muito de atenção, o que é algo irônico considerando o que faço para viver, mas não sou um bom rockstar. Sinto um frio na barriga, e também sinto uma certa vergonha. Mas é um aprendizado enorme, e eu dizia isso aos meus alunos de guitarra; há um limite para o que você pode aprender tocando sozinho no quarto, e mesmo que as outras pessoas sejam ruins, você está aprendendo algo ao interagir com outros músicos. Mesmo que seja em um bar com quatro pessoas, vá fazer isso pela experiência! Sempre vai te fazer crescer, é tudo parte do processo!"
Neste ponto, Mick responde se gosta do anonimato de ser um membro mascarado do Slipknot, mas ele diz que isto não faz tanta diferença: "Eu sou reconhecido o tempo todo. Agora, acho que cabelo comprido está meio na moda de novo, mas cinco anos atrás, um cara alto de cabelo comprido... e as tatuagens entregam. Os fãs sempre sabem! Eu realmente não gosto de chamar atenção. Às vezes é legal e pode fazer você se sentir bem, mas é meio estranho. Depende; às vezes te deixa desconfortável e, em outras, te faz sentir muito bem. É imprevisível."
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