Chico Science & Nação Zumbi: Liminha era um cara intimidador
Por Ike Noronha
Postado em 04 de dezembro de 2024
O disco de estreia de Chico Science & Nação Zumbi completou 30 anos em 2024. Lançado pelo selo Chaos, da gigante Sony Music, "Da Lama ao Caos" projetou não só a banda recifense, mas toda a cena que ficaria conhecida por manguebit.
As gravações foram produzidas pelo renomado Liminha, que além de ter sido baixista dos Mutantes, era um consagrado produtor. Meio mundo da música brasileira já havia passado por suas mãos. Numa recente entrevista ao Blog do Inglez de Souza, o guitarrista Lúcio Maia contou que a banda se sentiu intimidada por ele.
"Liminha era um cara intimidador. Vinha com aquele olhar sedutor, tomava a guitarra da sua mão e tocava na sua frente para intimidar. Para mostrar que sabia fazer", disse. "Entrávamos na sala dele e o cara tinha, sei lá, uns vinte discos de ouro na parede. Era intimidador."
Lúcio Maia também falou que Liminha deu seus pitacos técnicos no som do grupo e que o resultado desapontou quem os conhecia. "Na época, disseram que o álbum não era legal porque ao vivo éramos muito melhores, tínhamos uma força que não havíamos passado no disco."
O guitarrista admite que também pegou birra de como ‘Da Lama ao Caos’ soou depois de pronto. Porém, mudou de opinião já na época de ‘Afrociberdelia’.
De qualquer modo, mesmo intimidador, Liminha ganhou o respeito de Lúcio Maia. "Foi fundamental para a gente."
A matéria do Blog do Inglez de Souza faz uma ampla viagem sobre o álbum. Além de Liminha, o guitarrista comenta diversos outros aspectos por trás desse que é um dos discos antológicos do pop rock nacional.
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