Doug Aldrich (Whitesnake, Dio) conta como se sente após tratamento contra o câncer
Por João Renato Alves
Postado em 08 de fevereiro de 2025
O guitarrista Doug Aldrich concedeu entrevista ao Radio Bypass. Nela, falou sobre a conclusão do tratamento contra um câncer na garganta e como está se sentindo atualmente. Ele declarou, conforme transcrição do Blabbermouth:
"Está tudo bem. Terminei a radioterapia em dezembro. Foram apenas seis semanas, passou voando. Mas estou me sentindo bem. Tudo está meio que voltando ao normal. Estou começando a ir um pouco à academia e trabalhar meus músculos, voltando a me movimentar. Tenho tocado muito. Há alguns pequenos problemas que aparecem — às vezes tenho um pouco de inchaço. Depois que fazem essa cirurgia em você, há uma reestruturação da sua cavidade nasal e outros pontos da garganta. Demora um pouco para se acostumar, mas não posso reclamar. Depois do que passei, definitivamente estou me sentindo abençoado."
Doug revelou ter sentido um pouco de fadiga como efeito colateral. Mas a sensação teria passado rápido. "Fazia radiação todos os dias de semana por 15 minutos. Tinha sábado e domingo de folga. Ficava muito feliz quando era sexta-feira. No domingo, eu começava a me sentir um pouco melhor. Tirava cochilos todos os dias. Mas depois de algumas semanas, senti minha energia de volta. Tenho pegado leve na academia porque não quero forçar nada. Já fiz isso no passado quando estava me preparando para uma turnê. Começava a levantar pesos pesados ficava mal por seis meses. Então estou pegando leve. Mas estou me sentindo bem no geral, não posso reclamar de nada."
No entanto, o artista reconhece que ainda é cedo para se considerar curado. "Não sei se estou livre do câncer. Acho que leva cinco ou sete anos para você ficar realmente limpo, mas os médicos disseram que a cirurgia foi muito boa. Tudo deu certo, eles me fritaram muito bem por seis semanas. Imagino que todo o resto que sobrou se foi. Fiz alguns exames de sangue na semana passada. Vamos ver o que eles dizem. Depois tenho que fazer uma tomografia por emissão de pósitrons, um exame de corpo inteiro para determinar se está tudo bem."
Questionado se sofreu algum dano em suas cordas vocais, Aldrich respondeu: "Não. Acho que soei bem parecido com antes. Eles removeram minha amígdala de um lado e depois os gânglios linfáticos na parte interna do meu pescoço — tiraram 30 gânglios linfáticos. Mas sim, minha voz soa bem parecida e consigo cantar — não que eu cante muito com o The Dead Daisies, mas consigo."
Falando na banda, Doug se juntará aos colegas na volta à estrada mês que vem. "Começaremos na Alemanha. Vamos fazer alguns dias de ensaio. Temos um novo setlist, já que a banda esteve lá em outubro. Reb Beach, me substituiu nesses shows, o que foi ótimo. Estou animado. Também temos algumas datas em junho, alguns festivais na Europa. Há conversas sobre algo mais para setembro e depois novamente em novembro."
Doug Aldrich despontou com as bandas Lion, Hurricane e Burning Rain. Chegou a fazer um teste para substituir Ace Frehley no Kiss em 1982, mas acabou descartado. Na virada do século se juntou ao Dio, participando de algumas das últimas turnês do cantor que dava nome à banda. Posteriormente, se juntou ao Whitesnake.
Desde 2016 faz parte do The Dead Daisies, além de tocar no espetáculo teatral Raiding the Rock Vault. Ainda gravou como convidado de bandas e artistas como W.A.S.P., Doro, Lady Gaga, Cactus e Derek Sherinian.
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