O clássico do rock escrito para uma paixão proibida e que ganhou o nome de uma mulher falecida
Por Bruce William
Postado em 17 de março de 2025
Uma das bandas que marcaram o rock no começo dos anos setenta foi a Allman Brothers Band, que incorporou elementos de blues e jazz em suas longas improvisações que se tornaram características de uma vertente do southern rock norte-americano, tanto que um músico do porte de Billy Gibbons, do ZZ Top, fez o seguinte comentário: "Os Allmans foram a grande banda de Southern Rock, mas eles eram mais do que isso."
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E uma das peças mais marcantes do grupo, que foi cercado de tragédias ao longo de sua história, foi "In Memory of Elizabeth Reed", mas o que poucos sabem é que o título não tem nenhuma relação com a musa que inspirou a composição. O guitarrista Dickey Betts escreveu a música para uma mulher com quem teve um romance secreto: hoje sabemos que ela era namorada de Boz Scaggs, outro músico da cena.
Para esconder sua identidade, Betts pegou o nome de uma lápide no Rose Hill Cemetery, em Macon, Geórgia, um local que os integrantes da banda frequentavam para relaxar e escrever. O próprio Gregg Allman admitiu que teve "bons momentos" por lá, enquanto Duane Allman ajudava a alimentar o mistério ao inventar histórias sobre o cemitério para a imprensa.

Musicalmente, a composição foi influenciada pelo jazz, especialmente "All Blues", de Miles Davis, relata a wikipedia. Betts criou um instrumental que se tornou um dos momentos mais sofisticados da banda, com destaque para a interação entre os dois bateristas, Jaimoe e Butch Trucks. A primeira gravação de "In Memory of Elizabeth Reed" apareceu no álbum "Idlewild South" (1970), mas foi a versão ao vivo de "At Fillmore East" (1971) que se tornou definitiva, estendendo-se em longos solos e improvisações.

Com o tempo, o Rose Hill Cemetery se tornou ainda mais simbólico para o Allman Brothers Band. Foi ali que Duane Allman, Berry Oakley e Butch Trucks foram enterrados, transformando o local em um marco para os fãs da banda. O nome Elizabeth Reed pode nunca ter tido ligação direta com a história de Betts, mas acabou se tornando parte da lenda e hoje faz parte da história do rock.

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