Yngwie Malmsteen admira Clapton e Angus, mas explica por que precisou ir além deles
Por Bruce William
Postado em 19 de abril de 2025
Yngwie Malmsteen sempre deixou claro que tem grande respeito pelos guitarristas clássicos do rock, como Eric Clapton, Angus Young, Eddie Van Halen, Ritchie Blackmore e Brian May. "Acho todos incríveis", afirmou em entrevista à Music Radar. Mas, para ele, havia um problema comum entre esses nomes: a limitação do olhar musical à própria guitarra.
Yngwie Malmsteen - Mais Novidades

"Todos eles foram influenciados por outros guitarristas", observou. "E os guitarristas que eles ouviam também ouviam outros guitarristas, e assim por diante. Isso se torna um ciclo muito fechado, uma abordagem mecânica demais do instrumento." Segundo Yngwie, esse círculo vicioso pode levar à repetição e à estagnação criativa.
Foi por isso que ele buscou outras referências desde cedo. Aos nove anos, se encantou com o álbum "Selling England by the Pound", do Genesis, e logo reconheceu ali influências que mais tarde o levariam ao universo de Bach, Vivaldi e Paganini. "Quando ouvi o teclado com pedal notes, saquei que aquilo era Bach, que minha mãe ouvia o tempo todo. Peguei a guitarra com distorção e comecei a tentar aquilo. Foi uma obsessão desde muito novo."

Yngwie defende que o ouvido vem antes da técnica, e que a verdadeira expressão exige sair da zona de conforto. "Eu nunca pensei nas técnicas que inventaram nomes depois, como economy picking ou neoclassical shred. Eu só queria tirar da guitarra o que estava ouvindo na cabeça", disse.
Hoje, aos 60 anos, Yngwie continua dizendo que consegue compor qualquer coisa que quiser - de country a death metal -, mas que só se emociona de verdade quando se joga no improviso, sem saber o que vai sair. Como ele próprio resume: "Tocar é diferente de se apresentar. Mesmo que eu esteja sozinho, até com o gato como plateia, estou sempre me apresentando."

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps