David Coverdale diz que algumas temáticas do Dio não combinavam com ele: "Não curtia"
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de maio de 2025
Ícones do rock em vertentes distintas, David Coverdale e Ronnie James Dio cultivaram uma relação marcada por respeito mútuo. Em entrevista concedida em 2023 ao podcast Rock of Nations (via Ultimate Guitar), o vocalista do Whitesnake recordou os primeiros encontros com Dio e refletiu sobre o legado do cantor que se tornou um dos maiores nomes do heavy metal.
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"Conheci Ronnie em 1973 ou 1974. Deus o abençoe. Ele estava no Elf, que depois virou o Rainbow. Eles estavam na Purple Records, então a gente os levava para abrir nossos shows pelo mundo", contou Coverdale, referindo-se ao período em que integrava o Deep Purple.
Embora o Elf não tenha se transformado diretamente no Rainbow, Ritchie Blackmore recrutou boa parte dos músicos da banda para montar sua nova empreitada. Entre eles, Dio, cuja voz única acabaria definindo o som do grupo nos primeiros anos.
Ao ser perguntado sobre qual trabalho melhor representa o talento de Dio, Coverdale foi direto: "The Butterfly Ball and the Grasshopper’s Feas", álbum-conceito de Roger Glover lançado em 1974. "Ouça esse disco. Aquela é a voz do Ronnie. Ele era fabuloso."

Apesar da admiração, o vocalista do Whitesnake admitiu que algumas temáticas exploradas por Dio — especialmente nas fases Black Sabbath e Dio — não o cativavam. "Os elementos mais sombrios... eu não curtia tanto quanto o belo canto. Tinha algumas coisas que eu achava que não eram a cara dele. Mas fizeram um sucesso incrível."
Coverdale também aproveitou a entrevista para brincar com o fato de ter "herdado" dois guitarristas que trabalharam com Dio: Vivian Campbell e Doug Aldrich. "Ele dizia: ‘O que eu tô fazendo? Eu descubro os guitarristas, treino eles, e você vem e pega’", relembrou, rindo. "Desculpa, Ronnie. Desculpa, mas não tô tão arrependido."

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