Derrick Green fala sobre apoio dos pais e o "quinto membro" do Sepultura atualmente
Por João Renato Alves
Postado em 30 de junho de 2025
Em entrevista ao Chaoszine, repercutida pelo Blabbermouth, o vocalista Derrick Green foi questionado sobre a própria percepção em relação à evolução de sua performance com o passar dos anos. O cantor citou a importância dos produtores que trabalharam com o Sepultura, com menção especial ao mais recente.
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"Trabalhamos nos dois últimos álbuns ('Machine Messiah', de 2017 e 'Quadra', de 2020) com Jens Bogren. Ele é sueco. Eu tinha ouvido falar do trabalho dele através do Opeth — sou um grande fã. Sempre pensava: 'Quem está produzindo isso? O que está acontecendo aqui? Acho que precisamos trabalhar com ele'. Entramos em contato com e acabamos gravando os dois discos na Suécia. Foi uma experiência inacreditável para todos nós."
O resultado foi tão positivo que acabou criando um elo forte. "Jens realmente se tornou um quinto membro da banda, de certa forma. Sua ética de trabalho é muito forte, a capacidade de ouvir os artistas e elaborar algo além disso é incrível. Então ele trouxe muitas coisas à tona — me incentivando, especialmente vocalmente, cantando, fazendo coisas como harmonias, tendo ideias com um coral. Foi desafiador, nunca imaginei que seria capaz de criar um refrão básico para um coral. Aconteceu no último álbum, onde acabamos levando aquela ideia que tive no estúdio para uma igreja de verdade, com as pessoas cantando e, tipo, 'Ei, vocês vão cantar assim, e vai funcionar muito bem em um álbum do Sepultura'. (risos) E conseguimos fazer isso, algo que nunca imaginei.
Também cantei uma música em japonês ('Ultraseven No Uta', na versão deluxe de 'Machine Messiah') que era como uma faixa bônus. Chamamos um intercambista japonês para me ajudar. Foi muito desafiador, nunca imaginei fazer isso em uma sessão de gravação. Mas foi algo muito especial. Esse é o objetivo de ser um artista, eu acho, é se esforçar para fazer essas coisas desafiadoras."
Questionado se os pais sempre o apoiaram em sua decisão de se tornar músico, especialmente quando o ouviram "gritando a plenos pulmões pela primeira vez", Derrick revelou ter contado com o suporte. "Acho que eles sempre me apoiaram, por mais que não entendessem o que estávamos fazendo, os gritos e a música alta, era na casa dos meus pais, no porão, e eles meio que sabiam para onde eu estava indo. Era algo muito positivo.
E minha mãe, sendo professora de música, entendia a importância de ser capaz de construir uma personalidade por meio dela. Era algo que muitas crianças, eu acho, não faziam, mas era algo muito especial para nós e nos trazia muita felicidade. Então, eles não se importaram muito com isso. E eles realmente conseguiram assistir a alguns shows, o que foi chocante para eles. Mas eles gostaram do fato de as pessoas gostarem do que estávamos fazendo, ou pelo menos do que eu também fazia. E foi algo muito especial. Mas eles tinham a mente muito aberta. E isso foi algo superimportante, eu acho, na vida de todos nós. Todos na banda tiveram pais que nos apoiavam muito."
Nascido em Cleveland, Ohio, Derrick Leon Green começou a carreira cantando no Outface, gravando o álbum "Friendly Green" – o nome de seu pai – em 1992. Foi creditado como Simon Verde no lançamento. A banda contava com futuros membros do CIV, Prong e Filter. Na metade da década, se mudou para Nova York. Lá, participou do Overfiend e do Alpha Jerk, que gravou duas músicas para a compilação "New York’s Hardest Vol. 2".
Em 1997 foi escolhido para substituir Max Cavalera no Sepultura. Segue sendo frontman da banda até hoje, tendo gravado 10 álbuns de estúdio, além de outros registros. Atualmente, o grupo realiza a "Celebrating Life Through Death", turnê que marca a despedida dos palcos.
Participou do único disco do Musica Diablo em 2008. O grupo contava com membros do Ação Direta, Nitrominds e Dead Fish. Também integrou o projeto Maximum Hedrum e o Beloved Ghouls, com Dave Lombardo e Gary Holt. Vegetariano desde 1986, é um defensor das causas animais, tendo participado de ações da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).
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