Quatro músicas que, se não fosse pelo vocal, você não saberia que são do Queen
Por Bruce William
Postado em 22 de junho de 2025
Quem vê o Queen apenas como a banda de "Bohemian Rhapsody" e "We Will Rock You" costuma esquecer que, em estúdio, Freddie Mercury, Brian May, John Deacon e Roger Taylor brincavam com qualquer estilo que lhes desse na telha, e faziam isso como poucos. Rock operático, pop grandioso, pitadas de funk, baladas delicadas ou glam carregado de humor: tudo coexistia num mesmo disco, e ninguém estranhava.
Mas mesmo numa discografia tão diversa, algumas músicas se destacam por destoar de tudo, inclusive do próprio Queen. São faixas que parecem ter saído de outra banda, algumas tão pesadas que poderiam fazer frente ao Sabbath, outras que soam como esboço de gêneros que só nasceriam anos depois. Vamos ver quatro delas, apontadas pela Classic Rock.

A primeira dessas surpresas é "Son And Daughter", do álbum de estreia (youtube), quando o Queen ainda era, acima de tudo, um grupo de hard rock cravado na escola Zeppelin-Sabbath. O riff principal é um paredão de som que, segundo críticos, rivaliza com os pesos pesados da época - e a banda nunca mais soaria tão crua e primitiva assim.
Outra viagem inesperada é "She Makes Me (Stormtrooper in Stilettos)", de 'Sheer Heart Attack" (youtube). Com Brian May cantando em clima nebuloso, violão suave e atmosfera quase etérea, soa como um shoegaze dois décadas antes do shoegaze existir. Uma balada flutuante, perdida num disco que passeia do glam ao ragtime sem pedir licença.
Já "The Prophet's Song", em "A Night at the Opera" (youtube), é a resposta de Brian May a quem acha que "Bohemian Rhapsody" era insuperável em grandiosidade. São mais de oito minutos de tempestade sonora, vozes sobrepostas, clima apocalíptico e um final de guitarras que recoloca tudo nos trilhos. Um épico que mostra que Mercury não era o único gênio do grupo.
Por fim, "Get Down, Make Love", de "News of the World" (youtube), expõe o lado mais obscuro e lascivo de Freddie. Com gemidos, efeitos eletrônicos e batida sensual, é funk rock sem pudor, muito antes do "Hot Space" oficializar o flerte com o disco. Não à toa, Trent Reznor e o Nine Inch Nails captaram essa energia suja quando regravaram a música nos anos noventa.
Para quem acha que Queen é só hino de estádio e ópera rock, essas quatro faixas provam que, entre uma coroação pop e outra, a banda sempre teve um cantinho reservado para a estranheza, o peso e o inesperado.
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