Joey Ramone curtia o Black Sabbath e achava que banda era próxima do punk rock
Por Mateus Ribeiro
Postado em 20 de junho de 2025
Fundado no fim dos anos 1960, o Black Sabbath ocupa um lugar central na história da música pesada. Liderado pelo guitarrista Tony Iommi, o grupo é amplamente reconhecido como o criador do heavy metal e deixou um legado de clássicos imortais como "Paranoid", "Iron Man", "War Pigs", "Sabbath Bloody Sabbath" e "Heaven and Hell".
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Influente por gerações, o Sabbath é reverenciado por fãs ao redor do mundo e respeitado por outros artistas. Um deles é Joey Ramone, vocalista dos Ramones, que demonstrou sua admiração pela banda britânica durante participação em um programa da rádio Brasil 2000 FM, em 1991, logo após um show em São Paulo. O episódio inspirou uma matéria publicada na edição nº 72 da revista Bizz.
Enquanto discotecava e conversava com o jornalista André Barcinski — responsável pela entrevista —, Joey comentou sobre sua admiração pelo Black Sabbath. Para ele, havia uma conexão entre a banda e o espírito do punk rock, apesar das diferenças sonoras.

"Somos fãs deles desde o primeiro disco, desde 1970. Num sentido eram próximos do punk rock. Não no som, bem diferente, mas o Sabbath sempre eseve consciente de situações… situações foda, barra pesada, e isso era algo que o punk também tinha."
Na mesma entrevista, Joey relembrou uma turnê feita em 1978, quando os Ramones abriram alguns shows do Black Sabbath nos Estados Unidos. Uma das apresentações, realizada na Califórnia, ficou marcada pela hostilidade do público.
"Em San Bernardino, uma cidade interiorana cheia de motoqueiros caipiras, o show foi promovido como ‘Os reis do punk contra os reis do heavy metal’. Foi uma guerra, choveram garrafas de uísque e carburadores na nossa cabeça."

Joey Ramone faleceu em 15 de abril de 2001, aos 49 anos, após uma batalha contra o câncer. Mesmo décadas após sua partida, permanece como uma das figuras mais influentes do punk e continua inspirando novas gerações de músicos — assim como o Black Sabbath ainda ecoa no DNA do metal.
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