Não foi perfeita; a honestidade de Tony Iommi sobre a última apresentação do Black Sabbath
Por Bruce William
Postado em 13 de julho de 2025
O festival Back to the Beginning marcou um momento raro e simbólico para os fãs do Black Sabbath. Depois de anos afastado, o baterista Bill Ward subiu novamente ao palco ao lado de Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Tony Iommi. O reencontro, que muitos não acreditavam mais ser possível, teve um peso especial, e também gerou dúvidas sobre como a banda se sairia tantos anos depois da última formação clássica.
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Questionado sobre o assunto, Tony Iommi foi direto. Em entrevista ao programa Trunk Nation, da SiriusXM (com transcrição do Rock Celebrities), o guitarrista disse que, embora o momento tenha sido histórico, seria ingênuo esperar perfeição de músicos que já passaram dos 70 anos. "Eu sou meio perfeccionista, mas eles só podem fazer o que conseguem fazer, e você não pode esperar outra coisa", afirmou. "Estamos nos nossos 70, chegando nos 80, então só dá pra fazer as coisas até certo ponto."
Iommi reconheceu que, com a idade, as limitações são inevitáveis, e que seria injusto cobrar um desempenho como nos velhos tempos. "Esperar perfeição de todo mundo é simplesmente impossível neste momento", disse. "Mas eles fizeram o que podiam fazer, e todo mundo ficou tranquilo com isso. Acho que o público também entendeu e aceitou."

O guitarrista ressaltou que ninguém ali queria enganar o público ou fingir que a banda continuava no auge técnico. O que aconteceu no palco foi uma apresentação honesta, dentro do que ainda conseguem fazer. "Eles não estavam esperando que a gente subisse lá e tocasse brilhantemente. Tocamos como tocamos e como somos agora", resumiu.
O reencontro ganhou ainda mais peso porque marcou o retorno de Bill Ward aos palcos com o Sabbath após anos afastado. O baterista ficou de fora tanto dos últimos shows quanto do álbum "13", lançado em 2013. Sua participação no festival foi vista por muitos como uma despedida simbólica, a oportunidade final para dividir o palco com os antigos companheiros.

Se o show não foi tecnicamente perfeito, o significado dele parece ter compensado qualquer falha. A própria sinceridade de Iommi ao falar sobre isso dá uma boa medida do que representou o momento para a banda, e para quem acompanhou o Sabbath desde o começo. Mais do que uma performance impecável, o que ficou foi o registro de quatro amigos veteranos que criaram músicas que fazem parte de nossas vidas, dividindo o palco uma última vez, sem máscaras, nem pretensão de reviver o que já passou.

O último show do Black Sabbath
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