Maior hit, "All Right Now" acabou com a carreira do Free, admite baterista
Por João Renato Alves
Postado em 30 de novembro de 2025
"All Right Now" é, incontestavelmente, o maior hit da carreira do Free. Segundo single do álbum "Fire and Water" (1970), a música chegou ao 2º lugar na parada britânica e 4º na estadunidense. Até hoje, não é incomum se deparar com sua veiculação em rádios voltadas ao rock e até mesmo algumas de programação mais pop.
O que muitos não sabem é que a canção surgiu em um momento de desespero por um sucesso. Apesar de muito respeitada, a banda britânica não tinha conseguido repercussão junto ao grande público. O baterista Simon Kirke recordou o momento ao podcast The Magnificent Others, de Billy Corgan (Smashing Pumpkins).

"Estávamos tocando em uma universidade no norte da Inglaterra. Quando saímos do palco e fomos para o camarim, dissemos: 'Precisamos de uma música que faça as pessoas dançarem'. Andy (Fraser, baixista) tinha o título e uma ideia básica. Começou a desenvolver com Paul (Rodgers, vocalista). Finalizamos e tocamos no show seguinte. O público enlouqueceu."
O objetivo foi alcançado, mas acabou trazendo uma séria consequência. Afinal de contas, "All Right Now" era demasiadamente pop para os padrões do Free. Como Simon admite, ela acabou se tornando "o começo do fim" para o grupo, que jamais repetiria o êxito.
"Acabou se tornando um fardo para nós, porque não conseguimos dar sequência ao sucesso. 'All Right Now' preencheu um vazio e atingiu uma meta específica. Conseguimos um hit pop… É uma canção agradável e ainda gosto de tocá-la até hoje. Mas não definia o Free. Éramos uma banda de blues com nuances progressivas. O single que veio na sequência, 'The Stealer', era uma ótima música, mas não tinha as mesmas referências. Nem chegou perto de entrar nas paradas."
Inexperientes, os músicos não aguentaram a pressão e acabaram encerrando as atividades do grupo. "Éramos jovens e pensamos: 'Que se dane. Então vamos nos separar'. Na verdade, eu não disse isso. Paul Rogers e Andy Fraser disseram: 'Vamos acabar com a banda'."
Simon e Paul continuariam juntos no Bad Company, supergrupo que também contava com integrantes do Mott the Hoople e King Crimson. A sonoridade era mais acessível em comparação ao Free, o que fez com que a banda vendesse milhões de cópias dos seus discos em todo o mundo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
O álbum clássico do thrash metal que foi composto no violão
O clássico do metalcore que fez garotas começarem a ir a shows do Killswitch Engage
Novo álbum do Linkin Park ganha disco de platina tripla no Brasil
Álbum ao vivo do Scorpions alcança o 2º lugar na parada alemã
Robb Flynn defende o Bring me the Horizon da "polícia do metal"
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Max Cavalera acha que escrever letras de músicas é uma tarefa entediante
Jordan Rudess comenta a turnê latino-americana do Dream Theater; "Deve ser muito emocionante"
O álbum do rock nacional dos anos 1980 que Prince ouviu e gostou muito do trabalho
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Mick Abrahams, guitarrista original do Jethro Tull, morre aos 82 anos

Maior hit, "All Right Now" acabou com a carreira do Free, admite baterista
O álbum da banda de Paul Rodgers dos 70s que faz parte da história do Queen, segundo Brian May


