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Resenha - É tão fácil (e outras mentiras) - Duff McKagan

Por Alessandro Boss
Postado em 08 de agosto de 2018

Final de 1991. O mundo era, para se dizer o mínimo, diferente. Vale apenas destacar que os primeiros celulares, vendidos a preços incompatíveis para a maioria dos mortais, surgiria dois anos depois e que a internet e a TV à cabo despontariam de maneira rudimentar apenas três anos adiante. Para quem nasceu entre os anos de 1975 e 1980, os anos realmente tinham 525.600 minutos. Tudo era tão lento que a palavra "letárgico" resume bem o espírito desta geração naquele momento.

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Da mesma forma, a velocidade dos meios de comunicação, bem como a distribuição de informações e notícias em todas as esferas era inversamente proporcional a avidez pelo consumo e conhecimento dos jovens que, como eu, tinham tempo de sobra e absolutamente nada de interessante para fazer a não ser acompanhar qualquer coisa que era veiculada na nova emissora em sintonia UHF que prometia exibir vídeo clips e notícias do universo musical.

Com a degringolada da fase de outro do Rock Brazuca, musicalmente os adolescentes se dividiam basicamente em duas tribos: Os que apreciavam música eletrônica/pop em geral e... os que tinham outros interesses, estigmatizados para toda a eternidade como "Metaleiros" por Pedro Bial, o cerebral jornalista que posteriormente seria lembrado como o autor de poemas direcionados à subcelebridades eliminadas de Reality Shows de gosto duvidoso. A falta de opção era tamanha que, tentando agradar gregos e troianos, a principal revista de música (ou a única) trazia mensalmente matérias (muitas vezes defasadas) com Madonna em uma página e Sepultura no verso.

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De qualquer forma, o fato é que todos os jovens daquela época, de maneira espantosa, tiveram algum tipo de contato, direto ou indireto, ou se preferir, em maior ou menor grau, com a banda ou as músicas do GUNS’N ROSES, afinal, apesar de terem apenas um álbum e um bootleg lançados há 3 ou 4 anos, tratava-se da maior banda de todos os tempos. As garotas, de um modo geral, conheciam apenas um par de músicas tocadas invariavelmente em todas as rádios ou na MTV, se desmanchavam em lagrimas desoladas pela idolatria e amores não correspondidos ao contemplar as mesmas fotos repetidas à exaustão de um Axl Rose, até então, símbolo sexual de uma era, em praticamente todas as revistas adolescentes e de fofocas. Por sua vez, os "Metaleiros" discutiam entre si, no melhor estilo mesa redonda de futebol de domingo e sem o mínimo de fundamento, se Slash era ou não o melhor guitarrista do mundo, mesmo que intimamente o desejo da maioria fosse poder ao menos dedilhar o solo ou quiçá a introdução de "Sweet Child O' Mine" de maneira sofrível (provavelmente em uma Gianini) para impressionar não somente os amigos, mas também as garotas citadas acima.

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Se houve uma primeira onda de histeria com os BEATLES, certamente a vinda do GUNS’N ROSES para o Rock in Rio proporcionou a todos uma visão clara deste tipo de frenesi. O que até certo ponto é uma contradição sem tamanho ou justificada tão somente pela volúpia juvenil. Fato é que o Maracanã acomodou 200mil fãs que se apinhavam para ver a banda mais perigosa do mundo, formada por Axl, Slash e mais três, sem notar ou se importar com o motivo ou por quem o baterista original havia sido substituído ("uma pena, porque Steven era um gato", diziam as que se importavam). Quem seria este tal de Matt Sorum? Um baterista provisório? O que aconteceu com seu antecessor? Por serem tão perigosos, será que chegaram realmente às vias de fato? Claro que estas circunstancias foram esclarecidas (de maneira superficial) ao longo de muitos anos, por insistência de jornalistas ou por conveniência, mas este era o cenário.

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Apesar de todo carisma, rebeldia e identificação, inclusive com o seu estilo de Hard Rock contemporâneo com mesclas de AEROSMITH e LED ZEPPELIN, de fato não se sabia quase nada sobre a banda, sua evolução meteórica (ou não, dependendo do ponto de vista), sobre o que se tratavam as letras, justificativas em relação às suas atitudes, etc.

Não que tudo isso fosse importante, afinal, estamos falando apenas de música, e muitas vezes isso não se explica. Ou você gosta, ou simplesmente crítica, não muito diferente do que presenciamos nos dias de hoje. O ponto aqui é que somente após 14 anos (ou 15/16 se aguardou a publicação de "It’s so Easy – and other Lies" na versão em português), foi possível saber em detalhes os dilemas pessoais em relação à identificação, ligações e consolidação sobre a sonoridade da banda, seus temores sobre a influência, vícios e perdas atreladas ao uso de drogas, não somente por eles, mas também por pessoas influentes na vida de todos e fundamentalmente, o relacionamento entre si que ora se mostrava arrebatada pela mais pura e genuína irmandade, ora pela total aversão.

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"It’s So Easy (And Other Lies)" em um primeiro momento pode ser classificado como uma simples biografia como várias outras, porém, certamente ele é mais do que isso. Depois das revelações essenciais, a obra se revela um dos melhores roteiros de Hollywood e também, porque não, um livro de auto-ajuda, ou seja, não é um livro limitado às memórias de Duff com o GUNS’N ROSES, mas sim o retrato sincero sobre as adversidades vividas por uma pessoa comum, com seus sonhos, realizações, frustrações, erros, acertos e, sobretudo, exposição singular da faceta de um cara que, ao contrário do que gostava ou acreditava transparecer, era bastante inseguro, imaturo e despreparado para uma vida que julgava conhecer como a palma de sua mão.

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Desta forma, Duff descreve em seu livro, de maneira até despretensiosa, todos os momentos e episódios que antecederam o início da falência estrutural da banda, seu colapso físico e mental e os percalços para finalmente alcançar a redenção.

Depois de anos de amizade unilateral com uma pessoa que mal se conhece, ou melhor, só se reconhece por fotos, histórias mal contadas por uma mídia nem sempre confiável e suas músicas (quem não tiver gravado em suas memórias de longo prazo sua voz marcando o compasso "one, two, ... one, two, three, four" no início de "Patiance" não estava na terra nos últimos 25 anos pelo menos), chega a ser natural a empatia por este velho amigo que durante anos ficou esquecido nos idos de noventa e alguma coisa.

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Além de tudo, para deixar tudo mais interessante e prender a atenção do leitor até a última página, Duff enveredou para o único caminho possível para o seu triunfo como pessoa, homem, pai de família, retomando sua dignidade e sobriedade através do reconhecimento humilde de suas falhas consigo mesmo no que tange a seus ideais e convicções a ponto de abrir mão da coisa que mais lhe importava na vida que era a própria banda que o projetou.

A leitura torna-se, ou melhor, "É tão fácil" como seu título. Apesar de sabido o seu desfecho, se constata uma exponencial e vibrante torcida por seu sucesso e recomeço. A volta para Seattle, os estudos, seu casamento, nascimento de filhas, enfim, tudo faz sentido e contribui para que ao encerrar a leitura fiquemos com uma sensação gratificante em saber que além de ser um exemplo de dedicação, recuperação e músico talentoso, Duff, o eterno loirão das cervejas Duff, seguiu em frente e não se tornou parte de uma estatística mórbida em um rol de músicos que sequer completaram os trinta anos.

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