Myles Kennedy: como conciliar o Alter Bridge com a banda de Slash
Por Jorge Gama
Fonte: Myles Kennedy World
Postado em 19 de abril de 2014
O vocalista do Alter Bridge, Myles Kennedy, fala sobre o próximo álbum de Slash, a música de Seattle e do ‘Fortress’. A entrevista foi publicada pelo site Myles Kennedy World.
Você está prestes a começar em alta velocidade com o Alter Bridge em Orlando. Parabéns pelo sucesso do novo álbum Fortress.
MK - Obrigado, ficamos realmente emocionados pela forma como as coisas aconteceram. Não tínhamos certeza no início. Nós realmente pressionamos as coisas nesse álbum. Nós tínhamos algumas músicas geeky, às vezes com alguns arranjos. Quando você arrisca, nunca tem a certeza sobre como as pessoas vão responder a isso, mas parece que no geral foi bem positivo e os fãs estão gostando. Tem sido um bom ano para nós.
Quando o título foi anunciado, me lembro de perceber esse sentimento da reação do público e da perspectiva dos fãs que foi tipo, Sim!, Fortress é um título muito apropriado para um álbum do Alter Bridge. Pareceu fazer sentido. Houve esse acontecimento por trás apenas do título do álbum. Nunca tinha visto isso antes.
MK - É verdade. Isso foi realmente ótimo. É engraçado quando você está escolhendo títulos. Você olha para todos os nomes das músicas e procura por algo que combine. Em um momento, você escolhe o título e tema apropriados e então se espera que os fãs aceitem bem. Fortress soa como algo do Alter Bridge, então é legal de ouvir.
As vezes pode ser desafiador crescer como uma banda de rock e compôr novos álbuns. Você quer evoluir e tentar novas coisas, mas não quer ter uma ruptura completa com o que a banda realmente é.
MK - Isso. Você não quer alienar as pessoas. Me lembro que nos anos 80, uma das empresas de cola mudou a fórmula e as pessoas tiveram um ataque. Foi tipo "de jeito nenhum!", não queremos essa coisa nova, queremos o que estávamos acostumados. É definitivamente algo que você deve estar consciente a respeito.
Como você é capaz de mudar as engrenagens de maneira tão perfeita sendo o vocalista de duas grandes bandas de rock? Há um processo que você passa e diz, OK, agora é o momento do Alter Bridge ou sou o vocalista na banda do Slash agora?
MK - É um pouco desafiador em um primeiro momento. Nos primeiros shows, eu tenho que girar o botão para o outro lado, porque eles são muito diferentes. Acho que a parte mais complicada é ir de uma banda onde eu toco guitarra e canto para outra onde quase não toco guitarra. Comecei como guitarrista, então isso é um tipo de cobertor de segurança, mas acho que consegui ficar melhor nisso com o tempo. Geralmente no fim de uma turnê do Slash, estou muito confortável não tocando guitarra. Mas então volto para o Alter Bridge e toco guitarra em todas as músicas, então há uma aclimatação lá também.
E quando você está compondo? Como compositor, como você é capaz de determinar qual música é melhor para o Alter Bridge e qual música está mais na vibração de um álbum do Slash?
MK - É fácil ditar isso no próprio processo, porque há uma diferença significante na forma que compomos. Slash geralmente me envia uma progressão de acordes e "riff", com tudo pronto para seguir. Então o que faço é colocar uma melodia e uma letra nisso. Ocasionalmente, eu peço para mudar uma progressão de acordes para adequar melhor uma melodia que estou sentindo. Enquanto que com o Alter Bridge, é mais interpôr em peças completas. Então, eu terei uma peça musical com uma melodia ou Mark trará uma peça musical com uma melodia, e então colocaremos isso junto para criar uma música completa. É como uma parte do enigma. Com Slash, ele mais me proporciona uma tela para que eu pinte nela. É um processo diferente em conjunto.
Olhando para sua carreira em geral, o que acho tao interessante é que todos os esforços musicais com os quais você esteve envolvido, são tão diferentes uns do outros. Até os gêneros musicais onde se encaixam. Se você olhar para trás, para o seu primeiro trabalho com o Citizen Swing ou Mayfield Four, para as músicas mais recentes, como o Alter Bridge, que é mais metal, é fascinante quão abrangente seu trabalho é. Muitos artistas não se afastam tanto da sua zona de conforto.
MK - Eu realmente agradeço. Para mim, desde que sou um grande fã de música, nunca estive contido a apenas um estilo. A minha escolha de músicas a escutar sempre foi tão misturada. É interessante, você tem razão; Citizen Swing é tão drasticamente diferente de tudo o mais que já tenha feito. Era o compositor, e foi uma grande experiência de aprendizado. Um artista tentando descobrir o que ele era afinal. A mesma coisa com o Mayfield Four, eu realmente não sabia quem era ainda. Me levou muito tempo definir quem eu era como artista. Chegando a fazer todos esses diferentes gêneros e estilos, me manteve inspirado e manteve o fogo crescendo criativamente. Mesmo quando olho para o meu disco solo, ele é tão diferente de qualquer coisa que tenha feito antes. Preciso continuar me pressionando, para ver aonde posso levar as coisas.
Você mencionou seu álbum solo, você o finalizou, e é apenas uma questão de achar o momento certo para fazer o lançamento, correto?
MK - Sim, essa é a meta. Sou tão sortudo por ser capaz de fazer tantas turnês e por continuar fazendo álbuns com esses grandes artistas, é complicado diminuir as coisas agora e encontrar tempo para lançar o álbum solo. O álbum está praticamente pronto, além do acompanhamento de alguns vocais. Apenas preciso encontrar tempo onde eu possa focar nisso, lançar o álbum e fazer turnê até certo ponto. Provavelmente só eu com um violão. É mais um álbum emocional que retrata um cara que tem algo que precisa tirar de dentro do peito.
Então, você tem uma turnê com o Alter Bridge começando em alguns dias, e que vai até Junho, você terminou recentemente os vocais para o terceiro álbum de Slash e acabou de ser anunciado de que você, Slash e companhia estarão em turnê com o Aerosmith, começando em Julho. Tem um monte de coisas emocionantes acontecendo.
MK - Sim, é realmente um ótimo momento. Estou muito animado. O álbum de Slash está pronto, e estamos muito felizes com ele. Então, é mais um monte de turnês, mas está tudo ótimo. Sou o homem mais sortudo do Rock n’ Roll. Essa é a forma como vejo isso. Amo o que faço e me considero muito afortunado.
E o novo álbum de Slash está previsto para o Outono?
MK - Esse é o plano. Recebi o primeiro mix na noite passada, e pareceu ótimo. Nosso produtor, Elvis Baskette, fez um trabalho incrível.
Jogo Rápido com Myles Kennedy:
Time favorito de esporte profissional? – Seattle Seahawks
Café ou Chá? – Chá. Bem, posso dizer ambos? Já tive os dois durante o dia todo.
Cidade favorita onde tocou ao vivo? – Vienna
Música favorita do Alter Bridge? – Blackbird
Música favorita de Slash? – Starlight
Melhor show que já viu? – Jeff Buckley – 1995
Para ler a entrevista na integra (em inglês) acesse:
http://www.myleskennedyworld.com.br/2014/04/myles-kennedy-fala-sobre-o-novo-album.html
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