Red Fang: entrevista com a banda no Intervalo Banger
Por Luiz Mazetto
Fonte: Intervalo Banger
Postado em 08 de setembro de 2012
Apesar de no começo terem ficado conhecidos apenas como "os barbudos que fazem clipes engraçados e bebem cerveja pra cacete", os caras do Red Fang gravaram dois discos de rock/stoner/punk/metal/etc de muita responsa.
Por isso, cerca de 10 minutos depois de ver que já estavam vendendo ingresso para o show de São Paulo, corri para mandar um e-mail para ver se rolava uma entrevista. Infelizmente não rolou conversar por telefone, por isso acabamos fechando tudo por e-mail e em algumas horas já tinha até recebido as respostas.
Além disso, não sabia exatamente qual dos quatro caras ia responder até receber as respostas do gente fina Bryan Giles (o último da esq. para dir. na foto acima), que canta e toca guitarra na banda, além de cultivar uma barba respeitável por pura preguiça, segundo o próprio (por isso, nada de perguntas mais específicas).
Para quem não sabe, os caras de Portland tocam pela primeira vez aqui no Brasil agora em setembro: 7/9 (sexta e feriado) no Porão do Rock em Brasília, com Sepultura e Kyuss Lives; e 8/9 (sábado) em São Paulo no Inferno Club – causando uma dúvida enorme nos fãs de Autopsy e Coal Chamber (!), que tocam em SP no mesmo dia.
1-Acho que quase ninguém estava esperando ver vocês no Brasil tão rápido. Como isso aconteceu (já tinham recebido outros convites antes)? Costumam receber mensagens de fãs brasileiros?
Esses shows também foram uma surpresa pra gente. Recebemos muitas mensagens de fãs brasileiros e já queríamos ir tocar aí há muito tempo. Já nos chamaram antes, mas apenas não era algo realístico logisticamente até agora.
2- Vocês vão tocar em um festival em Brasília (Porão do Rock) e em um clube pequeno em São Paulo (Inferno). Vocês tem preferência por shows pequenos ou grandes? E o que os fãs podem esperar dos shows?
Nossa tour mais recente pela Europa foi composta por 12 datas em festivais e outras 16 em pequenas casas de show. É um pouco desorientador ir de uma grande festival ao ar livre em um dia para um clube minúsculo no dia seguinte. Tentamos abordar as duas coisas da mesma maneira, apesar de ser mais difícil se conectar com o público de um festival já que é um ambiente muito menos íntimo. Mas eles são divertidos cada um a sua maneira. Os fãs podem esperar muitas explosões e uniformes de salto dourados. Eles podem não entender, mas podem se sentir à vontade para esperar isso.
3- Recentemente vocês tocaram no festival Orion Music Fest (organizado pelo Metallica) com bandas como Black Tusk, Torche e Sepultura? Como foi essa experiência? E vocês tiveram a chance de falar com os caras do Sepultura?
Foi muito lisonjeiro ser convidado para tocar no Orion Fest. Nos divertimos muito. James Hetfield veio nos encontrar cerca de 5 minutos antes do nosso show. Isso meio que me deixou alucinado porque ele é um herói pra mim. Acho que dei um soco nele… Ficou tudo meio embaçado. O Sepultura tocou em um dia diferente da gente, por isso não conseguimos ver o show deles. Amava o Chaos AD quando era moleque. Ouvi falar que eles são lendários aí no Brasil.
4.Falando no Sepultura, o que você sabe sobre música brasileira? E há algum lugar que quer visitar quando estiver por aqui?
Infelizmente, sou completamente ignorante sobre a cena musical brasileira. Adoraria ouvir algumas sugestões de coisas legais para ir atrás. Tenho uma imagem muito romantizada do Brasil e mal posso esperar para fazer uma tour completa por aí e ver o máximo possível. Originalmente estávamos agendados para um show só e teríamos um dia de folga para explorar Brasília, mas apareceu esse show em São Paulo e o turismo vai ter que esperar. Acho que nunca tomei uma cerveja daí, mas prevejo que isso vai mudar muito em breve.
5. Vocês ficaram bem conhecidos com seus clipes, incluindo aqui no Brasil onde seus discos nem estão disponíveis oficialmente (exceto por versões importadas). Qual a importância dos vídeos para vocês, já que eles fogem do padrão da maioria das bandas atuais?
Os vídeos são muito importantes para nós quanto a fazer nosso nome circular e ficar mais conhecido. Como você mesmo disse, eu duvido que alguém no Brasil nos conhecesse se não fosse por eles (vídeos).
6- Todos os seus três vídeos foram dirigidos por Whitey McConnaughy. Como funciona o processo de criação com ele? E podemos esperar um novo clipe em breve?
Tem sido ótimo trabalhar com Whitey. Ele apareceu com todas essas ideias e as filmou com apenas uma equipe minúscula. Basicamente, eles nos diz a ideia, nós rimos pra cacete e então fazemos! Eles está trabalhando um documentário da nossa turnê que filmou conosco durante nossa primeira tour como headliners na Europa no trimestre passado. O primeiro de muitos clipes já está no YouTube. Quanto a novos clipes, só posso dizer que esperamos que sim! Se ele tiver uma ideia vamos beber cerveja, pular fogueiras, ou comer insetos vivos. O que for preciso.
7- Seu disco mais recente, Murder the Mountains (Relapse), foi lançado no ano passado, mas as gravações na verdade aconteceram em 2009, certo? Algum plano para lançar um disco novo em breve?
Com certeza. Vamos tirar dois meses de descanso da turnê para compor o novo disco e fazer uma demo para afinar as coisas. Se tudo correr conforme o planejado, teremos um novo álbum até o segundo ou terceiro trimestre de 2013.
Para ler a entrevista completa, acesse
http://intervalobanger.com/entrevistas/red-fang-entrevista-com-bryan-giles/
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