Assassin: "Agora é pra valer, porra!"
Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 10 de agosto de 2012
O Assassin é um dos maiores expoentes do Thrash Metal alemão, iniciando suas atividades no início da década de 80, e que, após muito tempo de espera, finalmente irá apresentar-se no Brasil, fazendo logo uma mini turnê por aqui, realizando 9 apresentações no país. Nesta entrevista exclusiva com Michael Hoffmann (Guitarrista), ele fala sobre a expectativa dos shows aqui, e o que os fãs brasileiros podem esperar da banda. Fazem parte do Assassin Robert Gonnella (Vocal), Jürgen "Scholli" Scholz (Guitarra), Joachim Kremer (Baixo) e Björn "Burn" Sondermann (Bateria).
Vicente - Este mês vocês irão tocar pela primeira vez no Brasil. O que esperam encontrar?
Michael - Eu creio que muitos e grandes fãs do Assassin estavam esperando um longo tempo por este momento e que agora está perto de se transformar em realidade. Estamos muito felizes que tudo deu certo desta vez, depois de três tentativas.
Vicente - E o que os fãs daqui podem esperar do show do Assassin?
Michael - Apenas um Thrash Metal fudido! Nós não somos uma "show band". Se você quiser ver balões, bolhas e confetes você provavelmente deveria ir e ver algum outro show. Se você quiser um som agressivo e rápido, você definitivamente deve ver o Assassin ao vivo.
Vicente - Quais são as músicas que nunca podem estar fora do set list do Assassin?
Michael - Assassin, Abstract War e Bullets são as únicas que foram tocadas em cada show realizado.
Vicente - Vocês já tocaram em muitos países nos últimos 30 anos. Você acha que esses dias estão melhores ou piores para as bandas em geral?
Michael - Para o Assassin estão melhores do que nunca. Chegamos a um número maior de pessoas do que na década de 1980 e, através da Internet, está se tornando mais fácil para se conectar com as pessoas certas no negócio da música também.
Vicente - Vocês lançaram um ótimo CD no ano passado "Breaking the Silence". Como está sendo a divulgação? Quando e onde foi gravado?
Michael - Nós gravamos esse álbum em 2011 com Harris Johns em vários estúdios e tivemos a sorte de ter a SPV na distribuição. Eles têm uma longa experiência no ramo.
Vicente - E a reação dos fãs foi como você esperava?
Michael - Nós sempre colocamos 100% de energia em nosso trabalho e, depois de um lançamento, não há mais nada que você possa fazer. Você sabe, quando "Upcoming Terror" foi lançado, muitos críticos não gostaram e o chamaram de "barulho", mas ainda são os fãs que decidem e não os críticos. Os "Thrashers" acharam-no excepcionalmente bom, e isso que é importante para nós. Teve gente que nos disse que "Breaking the Silence" é o melhor álbum que fizemos até hoje. Se você perguntar a alguns "thrashers old school", eles vão te dizer que "Upcoming Terror" é o único grande álbum do Assassin. Eu deixo assim.
Vicente - Você conhece bem o Rock e Metal no Brasil, correto?
Michael - Como você deve saber, eu estava morando na Bahia há cerca de 6 anos, onde trabalhei como engenheiro de som e produtor. Uma das produções que eu sempre lembro é o álbum "Goetia" do Mystifier. Foi muito divertido trabalhar com Armando e sua trupe.
Vicente - Olhando para trás, na década de 80, quem foi sua maior influência?
Michael - Se você quer dizer, qual a banda que abriu meu cérebro para o Thrash, foi o Metallica com seu primeiro álbum. Eu ouvi Metal Milita no rádio e fiquei paralisado. Eu já gostava de AC / DC, Motörhead e Iron Maiden, mas aquilo era totalmente diferente.
Vicente - Em poucas palavras, o que você pensa sobre essas bandas:
Tankard: Cerveja e Diversão.
Destruction: Grande banda e grandes caras.
Exumer: Para mim, eles eram apenas uma cópia barata do Slayer. Não sei o que eles fizeram depois. Eles ainda estão em turnê?
Kreator: "Pleasure to Kill" foi o meu favorito.
Sepultura: Grande banda! Estou em uma atmosfera Cavaleira Conspiracy, "Blunt Force Trauma" é o inferno em um álbum.
Vicente - Por fim, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que adoram o som do Assassin.
(Esta foi respondida totalmente em português)
Michael - Espero todos os "thrashers" brasileiros aparecer em nossos shows e finalmente testemunhar um evento único e irrepetível. Agora é pra valer, porra!
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