Ozzy Osbourne: "Tentei parar, mas ainda tenho vida em meus ossos"
Fonte: Herald Sun
Postado em 01 de novembro de 2007
Cameron Adams, do Herald Sun, conduziu em novembro de 2011 uma longa entrevista com OZZY OSBOURNE, que fez um apanhado de sua carreira e falou sobre a questão dos downloads.
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Sobre ter se transformado em uma celebridade da telinha e servido como ponto de partida para a profusão de Reality Shows com celebridades:
"O que aconteceu é que muitas pessoas que assistiram [o programa] não sabiam que eu sou um vocalista de Rock´n´Roll ainda na ativa. Eles achavam que eu era um ex-Rock Star, ou simplesmente não faziam idéia do que eu estava fazendo. Eu podia caminhar nas ruas e alguém me perguntaria: 'o que você está fazendo aqui nesta cidade?'. Eu lhe diria que iria fazer um show, e eles responderiam: 'Como assim um show? Que tipo de show?' 'Um show de Rock´n´Roll'. Idiotas".
"Acho que o segredo do programa estava em sua edição brilhantemente conduzida. Se você tiver uma equipe filmando sua residência das seis da manhã às três da madrugada do dia seguinte, além de câmeras escondidas, todos os dias, o resultado serão horas e horas de filme".
"As pessoas me perguntavam: 'quem escrevia seus scripts?' Eu perguntava: 'Do que você está falando?' Tudo era real. Por isto que funcionou. Mas confesso que nos divertimos bastante tentando deixar as pessoas intrigadas".
Sobre a aposentadoria:
"Tentei [parar], mas ainda tenho vida em meus ossos. Ainda vendo muitos discos. Se chegar o dia em que esteja tocando para clubes vazios, qual o sentido em prosseguir depois de tudo que fiz? Mas a coisa parece crescer cada vez mais".
"Tenho mantido este nível de trabalho durante muitos anos. Teve altos e baixos como em qualquer carreira, mas sobrevivi fisicamente e profissionalmente. Tudo que represento está aqui".
"Sou inacreditavelmente sortudo ou um sobrevivente. Para sobreviver você deve ser forte. Consumi muita bebida e usei muitas drogas. Alguns morreram. E há aqueles que não detonaram tanto quanto eu, alguns viveram, outros morreram. Sempre digo que quando morrer não será por causas naturais, será algo como um pássaro raro soltando merda em mim, com uma doença da qual ninguém ouviu falar".
Sobre as baixas vendas de seus álbuns recentes:
"Estou sendo terrivelmente lesado pelas pessoas que fazem downloads ilegais. Se não encontrarem uma maneira de deter isto, as pessoas não vão mais gravar discos. Não existirão mais bandas. Como eles farão para sobreviver?"
"Sou da velha guarda, estou na estrada há quarenta anos, mas as bandas novas vão sofrer muito. Isto é ridículo, estão tocando a troco de nada. Sharon disse que eu ficaria perplexo ao saber quantas bandas estão excursionando, pois se pode fazer o download de um disco mas não se pode baixar um show de Rock. Nunca fiz tantos shows ao vivo quanto tenho feito ultimamente. Em 2007 fiz noventa shows".
Sobre a possibilidade de escrever sua autobiografia:
"Me fizeram uma proposta, mas não quero escrever um livro. Minha memória não é mais a mesma. Desde que sofri o acidente de quadriciclo [em 2003], os medicamentos que venho tomando afetaram minha memória de curto prazo. Mas agora eu consigo me lembrar do telefone da mãe de minha ex-mulher".
O artigo completo (em inglês) pode ser visto neste link.
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