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Tom Fischer: "Fazer turnês é muito difícil"

Por César Enéas Guerreiro
Fonte: Blabbermouth
Postado em 06 de agosto de 2007

Justin Donnelly, do site australiano The Metal Forge, entrevistou recentemente o frontman do CELTIC FROST, Tom Gabriel Fischer.

Sobre a reação ao último álbum da banda, "Monotheist":

"Estou muito contente com a reação das pessoas ao 'Monotheist', além de ficar muito honrado e lisonjeado. Para ser honesto, 'Monotheist' é provavelmente o nosso álbum de maior sucesso até hoje. Isso não foi algo que poderíamos ter planejado. O CELTIC FROST é uma banda muito controversa. Não somos uma banda que os fãs conseguem acompanhar com facilidade, então o fato de lançarmos um álbum depois de uma ausência tão longa foi uma situação imprevisível para nós. Por outro lado, eu posso honestamente te dizer que eu não dei a mínima para o que os fãs e a imprensa poderiam pensar do 'Monotheist'! (Risos) Este álbum foi feito de maneira profundamente pessoal. Eu estava muito descontente com os últimos lançamentos do CELTIC FROST do final dos anos 80 e começo dos anos 90 e [Martin] Ain e eu estávamos determinados em fazer um álbum que fosse cem por cento CELTIC FROST. Isso foi o que realmente importou para nós. E levamos quatro anos e meio para fazê-lo. Não estabelecemos nenhum limite ou prazo. Não importava o tempo e o dinheiro que tivéssemos que gastar, nós faríamos este álbum do jeito certo. No final, saímos do estúdio com um álbum que nos deixou realmente satisfeitos. Qualquer coisa além disso não nos importava. Mesmo se o mundo inteiro detonasse 'Monotheist', ainda ficaríamos muito orgulhosos dele, porque é um genuíno álbum do CELTIC FROST. Vamos falar a verdade, não podemos dizer isso de todos os álbuns do CELTIC FROST, podemos?"

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Sobre a possibilidade de lançarem outro álbum do CELTIC FROST:

"Temos conversado muito sobre trabalhar em um novo álbum, e sei que a banda gostaria de gravar outro álbum, mas não vou fazer nenhuma previsão com relação a isso. O CELTIC FROST, musicalmente falando, é uma banda extremamente excitante de se estar, e acho que a banda está em seu ápice no momento. Acho que poderíamos gravar um novo e incrível álbum se 'Monotheist' fosse apenas um começo. Nós apenas despertamos a banda novamente neste estágio. Se houver um novo álbum do CELTIC FROST, será algo surpreendente. Pessoalmente, entretanto, acho extremamente difícil estar no CELTIC FROST. Não sei se terei a disposição de sentar e trabalhar não sei mais quantos anos com esta banda. Há certos egos que tornam as coisas extremamente difíceis no contexto desta banda. Então, neste momento, não me sinto em condições de prever se haverá um outro álbum ou não. Estou atualmente compondo música, mas não sei se será para o CELTIC FROST ou não. Estou apenas sendo honesto. O que faz o CELTIC FROST ser uma banda incomum, e a razão de sua grande influência é que o CELTIC FROST é formado por personagens instáveis e muito incomuns, com egos muito incomuns. Essa é a nossa força. Isso torna o que fazemos muito diferente daquilo que os outros fazem. Por outro lado, isso também é a nossa fraqueza. É muito difícil lidar com essas pessoas e com essa instável força criativa. O que quero dizer é que somos seres humanos com egos e o que nos dá força também nos enfraquece".

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Sobre a vida na estrada com o CELTIC FROST:

"Fazer turnês é muito difícil, porque você é forçado a conviver com outras pessoas em espaços muito pequenos vinte e quatro horas por dia no ônibus da turnê, num avião, num hotel ou no palco. Você sempre precisa lidar com outras pessoas. Simplesmente não há saída. As coisas não são sempre muito fáceis. O fato de estar numa turnê nunca te dá tempo para se recuperar. E essa situação nunca fica mais fácil com o passar do tempo. Quando eu era adolescente, eu simplesmente queria fazer música. Eu estava preparado para fazer qualquer sacrifício por isso. Hoje em dia sou adulto e sei exatamente o que estou preparado para tolerar e quais são os meus limites. Há algumas coisas das quais eu não preciso na minha vida. Às vezes essa é uma realidade muito dura. Em alguns momentos é muito difícil ficar confinado com esta banda. Você precisa entender que trouxemos esta banda de volta à vida no final de 2000, então estivemos trabalhando juntos todos os dias desde que começamos a trabalhar no 'Monotheist'. Aí, logo que o álbum foi lançado, saímos em turnê. Não tivemos nenhuma folga um do outro desde 2000. Estivemos grudados uns aos outros desde então. Isso não é necessariamente uma coisa fácil de se lidar. É um assunto muito complicado e é impossível lidar com isso de maneira simples".

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"Não me entenda mal, todos nós sentimos que somos extremamente afortunados por ter essa oportunidade. Nos velhos tempos éramos uma banda de Metal muito pequena e nunca pensamos que conseguiríamos um contrato com uma gravadora. Mas conseguimos um contrato. Nunca pensamos que ficaríamos famosos. Mas ficamos famosos. Jamais imaginamos que o CELTIC FROST significaria alguma coisa para alguém, mas nos tornamos uma enorme influência na cena Metal por todos esses anos. Nunca pensamos que teríamos uma primeira chance, mas tivemos. Nunca pensamos que teríamos uma segunda chance com esta banda, mas tivemos. Nunca acreditamos que faríamos uma turnê realmente grande, mas fizemos. Eu não quero ser mal-agradecido ou soar como alguém que é sempre um miserável, porque estou realmente vivendo o sonho de minha vida. Estou fazendo tudo o que eu sempre sonhei quando era criança. É surpreendente o que estamos fazendo. Estamos todos desfrutando ao máximo, enquanto durar. Todos sabemos que isso não vai durar para sempre. A indústria musical muda o tempo todo. As coisas mudam, então tudo é sempre volátil. É surpreendente poder estar fazendo isso. Estou apenas dizendo a você que é muito difícil, às vezes, lidar com o lado pessoal das coisas e eu realmente não sei por quanto tempo terei disposição para fazer isso. Se formos fortes o suficiente para manter as coisas funcionando, pessoalmente acho que poderemos fazer um álbum que superará 'Monotheist'. Em algum momento teremos que conversar sobre se queremos gravar um novo álbum ou não e, se quisermos, como trabalharemos com esses problemas. Precisamos lidar com essas coisas. Na minha opinião, o começo do segundo semestre será o momento para isso. Quem sabe o que acontecerá depois disso".

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Leia a entrevista completa (em inglês) no themetalforge.com.

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Sobre César Enéas Guerreiro

Nascido em 1970, formado em Letras pela USP e tradutor. Começou a gostar de metal em 1983, quando o KISS veio pela primeira vez ao Brasil. Depois vieram Iron, Scorpions, Twisted Sister... Sua paixão é a música extrema, principalmente a do Slayer e do inesquecível Death. Se encheu de orgulho quando ouviu o filho cantarolar "Smoke on the water, fire in the sky...".
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