King Diamond: quando o Heavy Metal encontra a Paleontologia
Por Fabiano Menegidio
Fonte: Evolution Academy
Postado em 11 de novembro de 2014
Um encontro entre um passado distante e o presente: um verme de meio metro de comprimento, possuidor de mandíbulas mortais e que viveu há 420 milhões de anos, e o paleontólogo Mats E. Eriksson (da Lund University) que descobriu seus impressionantes restos mortais nunca vistos antes. Sendo um grande fã da lenda do metal escandinavo King Diamond, Eriksson nomeou a espécie de Kingnites Diamondi.
Eriksson compôs uma letra sobre o organismo e contou com a participação do vocalista Tomas "Tomba" Linderberg da banda At the Gates, da banda americana de black metal industrial Invertia e de um dos grandes talentos da Alemanha da música experimental e dark ambient, Seetyca, na gravação. A letra da música se baseia em seu artigo cientifico sobre o poliqueto Kingnites diamondi, e conta a história a partir de uma narrativa do ponto de visto do próprio animal. A história se foca no possível estilo de vida do organismo, de fato um "Deep Time Predator" (nome original da música), e seu sepultamento, o processo de fossilização e depois a descoberta pelos cientistas do presente. Com fã de heavy metal que sempre foi, Eriksson optou por dar um ar sombrio à letra, com pegadas metálicas e nomeando o fóssil tudo focado em exaltar o legado musical de King Diamond.
Além da versão original da música "Deep Time Predator" da banda Invertia, o vocalista Tomas Tompa gravou uma segunda faixa onde ele lê o resumo do artigo científico de Eriksson, tendo a versão original remixada pelo Submerged e contando com um fundo de Black metal experimental, com uma atmosfera produzida pelo Zerfallmensch. Uma versão death metal também foi gravada por Tomas Ansersson da banda Denata.
Este projeto foi uma colaboração direta com o professor Mats E. Eriksson, descobridor do fóssil, e a Science Slam Sonic Explores (SSSE), que é uma iniciativa coletiva de músicos e pesquisadores, liderada do lado científico pelo geólogo Achim G. Reisdorf (University of Basel) e do lado audiovisual pelo New York’s Submerged (Kurt Gluck), chefe do selo Ohm Resistance. O SSSE foi formado em 2013 para unir os cientistas e pesquisadores com músicos, e combinar seus talentos para criar uma nova forma de som e arte visual – se especializando em levar a linguagem cientifica complexa a um público mais amplo e de forma mais acessível, complementada com música e arte visual.
O SSSE já havia trabalhado antes com o paleontólogo norueguês Jørn Hurum, descobridor do fóssil de primata Ida (Darwinius masillae).
Referência:
http://www.blabbermouth.net/news/heavy-metal-at-the-gates-of-paleontology/
Ouça as músicas no SoundCloud da banda:
https://soundcloud.com/ohm-resistance/science-slam-sonic-explorers-deep-time-predator
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