Rival Sons: em 2010, uma lenda em construção
Resenha - Rival Sons - Rival Sons
Por Hugo Alves
Postado em 12 de junho de 2022
O ano era 2010 e os Rival Sons gozavam de boa reputação como banda revelação no ano anterior. Abriram para artistas como Kid Rock, Alice Cooper, AC/DC e Black Sabbath e chamaram atenção por onde passaram tocando o repertório de seu disco de estreia, "Before the Fire". Era hora de algo mais.
E esse algo mais chegou no formato de mais um disco lançado de maneira independente. Intitulado simplesmente "Rival Sons", o segundo lançamento do grupo foi um EP com seis canções inéditas. A bolachinha abre com "Get What’s Coming" que, seguindo os moldes do disco anterior, é uma verdadeira voadora na cabeça, até mais pesada e forte que sua prima próxima "Tell Me Something". Riffão setentista de Scott Holiday com baixo de Robin Everhart e bateria de Michael Miley ribombando e um Jay Buchanan muito mais seguro de si e mais solto ainda. O resultado é esplêndido!
A seguir, "Torture" – aquela que, para mim, é a melhor do disco, disparada – chega e a introdução é novamente Jay Buchanan já muito agudo e potente. Essa canção é extremamente elétrica, energética e por anos foi uma das prediletas nos shows da banda, botando casas abaixo. Em "Radio", o destaque mesmo fica por conta de Mike Miley e aqui vemos que se trata de um mestre nas baquetas e nos tambores, não devendo nada a nomes históricos como John Bonham e Gene Krupa (apenas para citar duas de suas influências mais diretas).
Em "Sacred Tongue" temos mais um momento propício para nos apaixonarmos por Jay Buchanan. Se nas canções tipicamente Rock and Roll, pesadas e velozes, ele é uma verdadeira força da natureza, em baladas como essa – que ditou muitos dos rumos que a banda segue em seu som até hoje – só é possível que um surdo não entenda a bênção que é termos um cantor como ele por aí atualmente. É, de fato, uma canção linda com interpretação vocal tocante!
A penúltima faixa, "Sleepwalker", vem novamente com cadência e peso no disco, e breves passagens de gaita acompanhando a banda. A irreverência da banda é latente, tocando e cantando como se não houvesse amanhã e como se não devessem nada a ninguém. E o fechamento do disco vem com "Soul" que certamente não foi intitulada assim à toa. É verdadeiramente a banda tocando Soul Music e deixando que seu vocalista voe livre. Nem tem como negar que esse disco é todo dele, que se empoderou durante a turnê do disco anterior e, aqui, atua como dono da bola.
Esse EP chamou a atenção da Earache Records, que ofereceu naquele mesmo ano um contrato à banda. É interessante notar que essa gravadora sempre foi conhecida por ter em seu cast bandas de Metal extremo, então a contratação dos Rival Sons foi um caso à parte. Um ano depois, a gravadora relançou esse EP e soltou "Torture" como primeiro single da banda a tocar no mercado europeu. Os Rival Sons estavam prontos para dominar o velho continente!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
O melhor disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer; "Um marco cultural"
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
Rafael Bittencourt explica por que Angra não se mudou do Brasil no auge da carreira
A inusitada homenagem de Dave Grohl ao Korn que fez banda reagir nas redes

Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Quando o Megadeth deixou o thrash metal de lado e assumiu um risco muito alto
Charlie Brown Jr.: uma experiência triste e depressiva


