Resenha - Echos - Lacrimosa
Por Rafael Carnovale
Postado em 28 de março de 2003
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Taí uma banda complicada para resenhar. Os alemães do Lacrimosa (de fato apenas Tilo Wolff e Anne Nurmi) se utilizam de uma mistura de estilos que vai do clássico, passando pelo gótico, com algumas passagens pop e metal. Ou seja, uma mistureba dos diabos. E se saem bem. Apesar de particularmente ter sentido a falta de peso em seu antepenúltimo cd ("Elodia") o seu sucessor ("Fassade") veio para corrigir tal erro. E agora, após serem aclamados como um dos melhores nomes do cenário gótico, a banda solta mais um petardo, o aguardado "Echos". Mas, o que se esconde no caldeirão de Tilo e Anne?

"Kyrie", a primeira faixa, não dá grandes pistas. Trata-se de um instrumental de 12 minutos com uma orquestra afinadíssima e uma sonoridade que serviria de trilha sonora para qualquer seqüência épica de filmes. Soa agradável aos ouvidos, mas torna-se cansativa pelo exagero de movimentos, de andamentos. Já "Durch Natch and Flut" (ou "Through Night and Flood’, já que o encarte traz a letra como ela é cantada em alemão e sua tradução para o inglês) já soa mais agradável, com a orquestra sendo complementada por um ritmo mais pop, aonde contrastam as vozes de Tilo e Anne, com um belo resultado. A levada mais agitada compensa muito.
O Lacrimosa peca neste cd por abusar de climas, de arranjos exagerados e por tentar criar uma atmosfera densa, que soa por demais cansativa, como ocorre em "Sacrifice" (com seus 9 minutos que se fossem 4 seriam bem menos enjoativos). Já "Apart" (ou "Getrennt" – esta é cantada em inglês), soa bem mais agradável, com a banda economizando, sendo mais compacta e a voz de Anne soando como um sussurro agradável.
O resto do cd mantém a temática inicial de fusão de orquestra-gótico-rock-pop, com bons resultados, como na melancólica "Ein Flauch Von Menschlichkeit" (ou "A Touch of Humanity") e na emotiva (a orquestra aqui está muito bem colocada, sem os exageros) "Eine Natch in Euvigkeit" (ou "One Night in Eternity") e na mais pesada "Malina" (com belos arranjos de teclados). Mas quando tudo ia bem, eis que o cd fecha com "Die Schreie sind Verstummt" (ou "The Screams are Silenced") com mais 12 minutos de excessos, alternâncias de andamento e orquestras em exagero, sendo um final entediante.
É injusto afirmar que trata-se de um cd ruim. Nem de longe. Há um cuidado todo especial na produção, na elaboração e composição. Mas o Lacrimosa precisa decidir se vai compor óperas exageradas ou músicas mais compactas. Nada contra a banda, mas uma ou duas músicas mais diretas seriam o ideal. No geral, um cd razoável.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



System of a Down volta à América Latina em maio de 2026
A mensagem curta e simbólica sobre o Sepultura que Iggor Cavalera compartilhou no Instagram
O New York Times escolheu: a melhor música do ano de 2025 é de uma banda de metal
Sharon revela as últimas palavras que ouviu de Ozzy Osbourne
O solo de baixo heavy metal que, para Flea, é um grande momento da história do rock
Como seria o Sepultura se Max não tivesse deixado a banda, segundo ele mesmo
O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Axl Rose e a maior canção country que já existiu - e que veio de uma banda de rock
A maior banda, música, álbum e vocalista nacional e gringo de 1985, segundo a Bizz
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
Move Concerts faz post sobre vinda do Iron Maiden ao Brasil em 2026
O que Ritchie Blackmore pensa sobre Jimmy Page como músico; "um guitarrista estranho"
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse
A música do Led que John Paul Jones penou para tocar; "o riff mais difícil que eu escrevi
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos


Lacrimosa divulga atualização sobre o estado de saúde de Anne Nurmi
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


