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Separação, OVNIs, Metallica e Al Capone: a história de dez músicas do Megadeth

Por Mateus Ribeiro
Postado em 26 de novembro de 2023

A banda de Thrash Metal Megadeth foi fundada em 1983, depois que o guitarrista californiano Dave Mustaine foi demitido do Metallica. Quarenta anos depois, o grupo liderado pelo talentoso e obstinado Mustaine é um dos maiores nomes da história do Metal, que possui muitos fãs espalhados pelo mundo e foi responsável por muitos clássicos da música pesada.

Ao longo de sua movimentada trajetória, o Megadeth lançou ótimas músicas, que fazem a alegria de seus fãs até os dias atuais. A lista abaixo, elaborada por Mateus Ribeiro, apresenta a história por trás de algumas dessas obras inesquecíveis.

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Agora que todas as apresentações foram feitas, é hora de apertar o play e curtir a história de dez músicas gravadas pelo Megadeth.

"Mechanix", a música de Mustaine que o Metallica aproveitou

Enquanto foi integrante do Metallica, Dave Mustaine participou do processo de composição de algumas músicas, caso de "Mechanix", que na versão do Metallica, acabou virando "The Four Horsemen", faixa de "Kill 'Em All".

De acordo com depoimento cedido pelo baterista Lars Ulrich à Metal Hammer, "Mechanix" era uma música cuja letra falava sobre sexo, mas ele e James Hetfield não queriam falar sobre o tema.

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"Dave trouxe algumas coisas que ele tinha de sua antiga banda, Panic – coisas que ele estava improvisando, ideias mais amplas, coisas assim. A música ‘The Four Horsemen’ era, em sua versão inicial, chamada ‘Mechanix’, e era literalmente uma música sobre sexo (...). Sabíamos que era desse tipo de coisa que queríamos nos afastar: as coisas sexuais que as bandas de Hard Rock cantavam na época, que pensávamos ser um pouco leves e um pouco óbvias."

"Mechanix" foi lançada pelo Megadeth em 1985, como faixa de "Killing In My Business…And Business Is Good!", primeiro álbum da banda. Mustaine explicou a letra da música em uma entrevista concedida à Rolling Stone.

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"A letra é sobre um frentista excitado, porque eu era um frentista excitado. Eu era um adolescente que morava em Huntington Beach Harbor e as garotas entravam no posto de gasolina, dirigindo carros caríssimos de biquíni. Porra, você está brincando comigo?"

Um dos detalhes que diferencia "The Four Horsemen" de "Mechanix" é a intro de "Sweet Home Alabama" que aparece na música gravada pelo Metallica. O responsável pela bela sacada foi Mustaine.

"Um dia eu fui ensaiar com Cliff Burton e Lars disse: ‘Oh, porra, cara, nós temos que mudar essa parte’. Eu estava ouvindo Lynyrd Skynyrd no carro com Cliff e pensei: ‘OK, vou tocar Sweet Home Alabama, ele [Lars] nunca saberá’.

Lars respondeu: ‘Porra, cara, essa é a melhor parte de todas’. E então eu disse: ‘Oh, meu Deus. Você está brincando, certo?’. Então, ‘Mechanix’ com ‘Sweet Home Alabama’ é o que agora conhecemos carinhosamente como ‘The Four Horsemen’", relatou o único ser humano que tocou no Megadeth e no Metallica.

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"Peace Sells", o primeiro sucesso do Megadeth

Foto: Reprodução
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"Peace Sells" foi o primeiro sucesso do Megadeth e é, até hoje, a música que o grupo mais tocou ao vivo. Lançada em 1986, como faixa do segundo disco de estúdio do quarteto ("Peace Sells…But Who's Buying?"), a música em questão retrata bem os dias caóticos e insanos que os integrantes do Megadeth viveram nos anos 1980.

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"Qualquer dinheiro que deveríamos ter economizado para comida ou para pagar o aluguel imediatamente subiu pelo nosso nariz ou foi para cigarros ou hambúrgueres. ‘Peace Sells… But Who's Buying?’ foi o álbum da heroína, dos cigarros e dos hambúrgueres", afirmou o baixista David Ellefson, em matéria publicada pela Classic Rock.

"Estávamos em turnê constantemente, tocando ‘Killing Is My Business…’ e escrevendo Peace Sells… But Who’s Buying?’ à medida que avançávamos. Seria bom sentar em uma casa nas colinas e dizer: ‘Ei, vamos escrever algumas músicas!’. Mas estávamos andando em vans e motorhomes, tentando sobreviver", contou Mustaine, que registrou a letra de "Peace Sells" em um local inusitado.

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"Eu estava morando em um armazém na época em que escrevi ‘Peace Sells’. Nós éramos sem-teto, e eu escrevi a letra na parede. Eu nem tinha papel. Eu tinha uma caneta e escrevi na parede. E tenho certeza de que, quando saímos de lá, alguém provavelmente esculpiu aquela parede e levou [a letra].

Eu sabia quando escrevi essa música que eu estava no caminho certo, porque antes dela, tudo era apenas um festival de fragmentos e estavam apenas tocando coisas muito rápidas e agressivas. Mas assim que ‘Peace Sells’ saiu, pensei: ‘Uau, isso é realmente uma música’, uma coisa que, sem que eu soubesse, resistiria ao teste do tempo, seria minha amiga para sempre. Nunca tive esse sentimento de nossas músicas anteriores. Eu nunca pensei, ‘Ei, você vai tocar essa música todas as noites pelo resto da sua vida", relatou Mustaine, em reportagem especial publicada pela Rolling Stone.

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O belo (e triste) tributo a Cliff Burton

Uma das músicas mais intensas e tocantes do Megadeth é "In My Darkest Hour", que Mustaine começou a escrever assim que ficou sabendo da morte de Cliff Burton, baixista do Metallica (e seu ex-parceiro de banda). O frontman do Megadeth falou sobre o tema à Rolling Stone.

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"Eu escrevi a música quando soube que Cliff [Burton, baixista do Metallica] havia morrido. Uma amiga minha, a ‘Metal’ Maria Ferrero, me ligou para dizer que ele tinha sofrido um acidente de ônibus Levei para o lado pessoal, porque pensei: ‘Seus filhos da puta, vocês sabem que somos todos irmãos em uma banda, ele morre e você pede para outra pessoa me ligar?

Eu vim a entender agora que, no luto, as pessoas fazem coisas estranhas, então, mudei minha visão sobre aquela ligação, mas na época eu fiquei muito chateado. Escrevi a música de uma só vez e então comecei a desbastar as letras o mais rápido que pude. Escrever aquela música foi um período muito, muito doloroso."

Além da morte de Cliff, o fim do noivado de Mustaine contribuiu para a criação de "In My Darkest Hour".

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"A ‘hora mais escura’ [‘darkest hour’] da música sou eu sabendo que estava sozinho. A letra é sobre Diana, minha musa [risos], a mesma mulher com quem namorei em ‘Loved to Deth’. ‘Tornado Of Souls’, ‘Trust’, ‘This Was My Life’, ‘99 Ways To Die’, essas eram todas sobre ela também. Estou muito, muito apaixonado por minha esposa, mas só houve uma outra pessoa que realmente foi tão fundo dentro do meu coração. E acho que todos nós temos isso quando temos um relacionamento com alguém por quem realmente nos apaixonamos, mas nem sempre dura para sempre", acrescentou Mustaine, que infelizmente, não conseguiu se despedir de Cliff.

"Essa música evoca muitos sentimentos. A primeira vez que toquei, a mãe e o pai de Cliff estavam no nosso show (...). Eu realmente não tive a chance de dizer adeus [para Cliff]. Quer dizer, eu nem sabia onde ele estava enterrado. Então, isso meio que mostra como tudo aconteceu. Mas eu o verei no céu. Isso é legal. Pelo menos eu acredito nisso."

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Um é pouco, dois é bom, onze é de outro mundo

Foto: Reprodução
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Segunda faixa do estupendo "Rust In Peace", a magnífica "Hangar 18" é uma das composições mais inspiradas do Megadeth e chama a atenção pelo show protagonizado por Dave Mustaine e Marty Friedman, que se revezam em nada menos que ONZE solos de guitarra.

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"Essa música era muito mais longa, mas foi seriamente editada. Lembro-me de entrar no estúdio e percorrer quilômetros de fita de 5 centímetros espalhados pelo chão.[O produtor Mike] Clink disse: ‘Confira a letra dessa música. É sobre alienígenas e marcianos, então toque algo que pareça que você está vindo do espaço sideral’. Esse foi um bom conselho e, a partir de então, prestei muito mais atenção às letras de uma música do que antes", diz artigo publicado no site oficial de Friedman.

A letra de "Hangar 18" fala sobre Ufologia, tema que era do interesse do finado baterista Nick Menza. Segundo matéria publicada no site Songfacts, o nome da música vem da base da Força Aérea dos EUA para onde os corpos alienígenas foram levados quando um OVNI supostamente caiu em Roswell (Novo México) em 1947.

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"‘Hangar 18’ se chamava ‘N2RHQ’. Eu tinha ido a um aeroporto e visto ‘N2RHQ’ na cauda de um avião. Achei que significasse ‘no nosso quartel general’. Não é legal?. Aquilo me inspirou a escrever uma música sobre um destino no espaço, nosso quartel general no espaço", afirmou o chefão do Megadeth, na página 120 de seu livro "Rust In Peace - A História da Obra-prima do Megadeth", lançado no Brasil pela Editora Belas Letras.

Um tornado de emoções e um solo inesquecível

Ainda falando sobre "Rust In Peace", outro destaque do álbum é "Tornado Of Souls", mais uma música que Dave Mustaine criou por conta do fim de sua relação com Diana.

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"A minha doença estava desenfreada e arruinando tudo e todos que eu amava. Principalmente a garota que eu queria casar. No final, não nos conectamos mais. A gente se deu bem por um tempo, mas acabava sempre brigando. Acredito que gostávamos muito um do outro, mas, por alguma razão, não conseguimos ficar juntos", escreveu Mustaine, na página 130 do livro que fala sobre "Rust In Peace".

O solo de Marty Friedman em "Tornado Of Souls" é uma verdadeira obra-prima, que fez ele perceber que de fato, havia se tornado o guitarrista do Megadeth.

"Quando terminei o solo desta música, Mustaine entrou no estúdio, ouviu uma vez, virou-se e, sem dizer uma palavra, apertou minha mão. Foi nesse momento que senti que era realmente o guitarrista dessa banda", Friedman disse em seu site oficial.

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A música tocante que rendeu um prêmio ao Megadeth

Foto: Reprodução Countdown to Extinction
Foto: Reprodução Countdown to Extinction

Faixa-título do quinto disco do Megadeth, "Countdown To Extinction" é uma música muito bonita (e triste), que fala sobre um dos atos mais desprezíveis praticados pelo ser humano: a caça desenfreada aos animais. E a canção fez o grupo vencer o Genesis Awards, prêmio concedido anualmente às principais personalidades do noticiário, do entretenimento e da mídia pela produção de trabalhos que aumentam a compreensão do público sobre as questões animais. Até hoje, o Megadeth é a única banda que ganhou a premiação.

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"Estamos muito orgulhosos de ganhar o prêmio Doris Day no Genesis Awards. Foi para a nossa música 'Countdown To Extinction', sobre caçadas nessas fazendas exóticas onde as pessoas pagam quantias exorbitantes de dinheiro para caçar belos animais", afirmou Dave Mustaine, em entrevista concedida ao jornal Penticton Herald.

Outra curiosidade interessante sobre "Countdown To Extinction" é o discurso feito por uma mulher na metade da música. Marty Friedman contou que a moça trabalhava nas proximidades do estúdio onde o álbum foi gravado.

"A garota que fez a parte falada no meio é uma amiga minha chamada Jun. Ela trabalhava em um sushi bar perto do estúdio, então pedimos a ela que viesse gravar conosco. Ela é uma garota legal e eu ainda mantenho contato com ela."

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Um resumo da carreira do Megadeth criado em menos de meia hora

Foto: Reprodução - Capitol
Foto: Reprodução - Capitol

Sucessor de "Countdown To Extinction", "Youthanasia" é um ótimo disco, que tem como faixa de encerramento "Victory", uma música curiosa, que apresenta em sua letra várias referências ao Megadeth. Segundo Marty Friedman, "Victory" foi escrita e gravada em menos de meia hora.

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"Literalmente escrita e gravada no estúdio em 20 minutos com a fita rolando. Não estávamos planejando escrever uma música nem nada, ela simplesmente saiu."

Caso você queira saber quais são as referências presentes em "Victory", acesse a nota abaixo.

O cover que por pouco não foi gravado

Existem muitas bandas que regravaram "Paranoid", do Black Sabbath. Uma dessas bandas é o quarteto capitaneado por Mustaine, porém, por pouco o Megadeth não desistiu de gravar uma das músicas mais populares da história do Metal. Marty Friedman falou sobre a versão em um artigo publicado no seu site.

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"Entramos em estúdio para fazer um cover do Black Sabbath para ‘Nativity in Black’ e sendo o grande fã do Sabbath que sou, levei 5 ou 6 discos do Sabbath. Não conseguimos escolher uma música, principalmente porque o som das primeiras gravações do Sabbath parecia muito pequeno comparado ao que estávamos gravando na época que ficamos meio desanimados e quase desistimos.

Então, o Dave começou a tocar ‘Paranoid’ e David, Nick e eu participamos. A fita estava rolando e conseguimos gravar tudo em uma única tomada. Eu adoro o final em que Nick continua tocando depois que a música termina e Dave grita: ‘Nick? Nick?’. Você pode ouvir Nick dizer: ‘Fuck me running’ através dos microfones de bateria suspensos. Um momento natural do Megadeth", relembrou o guitarrista da formação clássica do Megadeth.

O lugar secreto de Al Capone

"A Secret Place" é uma das músicas mais interessantes de "Cryptic Writings", sétimo disco de estúdio do Megadeth, lançado em 1997. Por uma ironia do destino (ou não), a faixa foi escrita no lugar secreto de uma das personalidades mais controversas do Século XX, de acordo com entrevista concedida por Mustaine à Rolling Stone.

"‘É uma das últimas músicas que escrevemos para ‘Cryptic Writings’ e estávamos no lugar que era o refúgio de Al Capone. Era um castelo de pedras. Ele levava as pessoas lá para jogar, então, atirava nelas e as enterrava no quintal. Um dia, um cachorro veio correndo e tinha o que parecia ser um osso de perna humana, porque havia muitas covas sem identificação atrás do estúdio. Eu nunca soube ao certo", relatou Mustaine, que sentiu-se inspirado ao ver o cachorro com um osso.

"Na época, eu estava tendo problemas para escrever letras e eu tinha mais uma música para terminar. Quando eu vi esse cachorro, eu disse: ‘Uau, cara. Este é um lugar realmente secreto’. Eu estava lá cantando e ouvi pegadas atravessando o telhado. Não havia mais ninguém no prédio, exceto eu e o cara do outro lado do vidro na sala de controle. Não sabíamos se era o vento estalando ou se era algum fantasma lá em cima porque o lugar deveria ser assombrado. Isso é muito legal."

Mustaine assumiu o risco e perdeu um grande guitarrista

"Risk" é o oitavo disco do Megadeth e um dos registros mais controversos da banda. Mustaine tentou deixar o som do grupo mais comercial e investiu em músicas mais lentas e melódicas. A proposta do músico rendeu algumas canções interessantes, como "Breadline", balada que é um pouco melancólica.

"Breadline" é um dos momentos mais legais de "Risk", porém, ficou marcada por ser a música que fez Marty Friedman sair do quarteto. O guitarrista abordou o tema em artigo publicado em seu site que fala sobre o seu último disco com o Megadeth.

"Essa era minha música favorita do álbum na época. Também fiz meu solo favorito do álbum nessa música, mas ele foi substituído por Dave sem meu conhecimento. Apareci em Nashville todo animado para ouvir as mixagens e quando ‘Breadline’ apareceu, fiquei especialmente animado. O solo veio e minha boca caiu no chão. Onde diabos estava meu solo???

Fiquei furioso porque ninguém tinha me contado nada até a música já estar mixada. Acontece que nossos empresários não gostaram do solo que fiz, disseram que era ‘muito feliz e melódico’. Bem, era uma música ‘feliz e melódica’! De qualquer forma, se eles precisassem refazer, eles poderiam ter me dito que eu ficaria feliz em voltar para Nashville e refazer. Essa falta de consideração certamente plantou a semente para eu querer sair da banda."

Para ouvir as músicas da lista via Spotify, acesse a playlist abaixo.

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Sobre Mateus Ribeiro

Fã de Ramones, In Flames e Soilwork. Ouve (quase) tudo, desde rock clássico até black metal.
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