Rock Progressivo: 20 excelentes discos lançados no século XXI não tão conhecidos
Por Tiago Meneses
Postado em 06 de abril de 2017
Algo não ser tão conhecido é diferente de ser completamente desconhecido, por tanto, não é impossível que mais pessoas conheçam todas essas obras postadas, mas isso não anula o fato de nenhum desses nomes terem a força de outros mais populares, ainda que algumas das bandas citadas de fato tenham crescido bastante em popularidade nos últimos tempos em meio aos amantes de rock progressivo menos puristas e que não acham que o gênero morreu nos anos 70. A lista não está em ordem de melhor para pior, muito menos tem a pretensão de numerar os 20 melhores discos pouco conhecidos dessa época, tendo como intuito somente criar mais um entre tantos guias a aqueles que tenham interesse em se aventurar nesse universo musical. Por fim, a lista foi pensada somente com bandas de rock progressivo e não incluída bandas de prog metal.
BIG BIG TRAIN – THE UNDERFALL YARD (2009 – Inglaterra)
1.Evening Star - 4:53
2.Master James Of St. George - 6:19
3.Victorian Brickwork - 12:33
4.Last Train - 6:28
5.Winchester Diver - 7:31
6.The Underfall Yard - 22:54
Um exemplo clássico de banda que tem crescido bastante em popularidade nos últimos tempos. Não se trata apenas do primeiro álbum com o vocalista DAVID LONGDON e que trouxe novas e audaciosas harmonias vocais, mas muito mais que isso. A banda que vinha evoluindo o seu som a curtos passos, simplesmente deu um verdadeiro salto. Com um padrão extremamente alto na qualidade das composições é difícil destacar algo. As composições épicas cumprem todos os requisitos do progressivo sinfônico além de ter seus próprios trunfos por debaixo da manga. Faixas soberbamente trabalhadas, letras perspicazes, excelente musicalidade, vocais multiparte, uso inteligente e bem encaixado dos metais além de uma produção cristalina.
ANIMA MUNDI – THE WAY (2010 - Cuba)
1.Time To Understand - 13:59
2.Spring Knocks On The Door Of Men - 26:32
3.Flying To The Sun - 9:33
4.Cosmic Man - 8:18
ANIMA MUNDI é uma banda com boa fama europeia que de certa forma já desperta a curiosidade unicamente por se tratar de um grupo cubano de rock progressivo. Mas muito mais do que simplesmente o fator geográfico, merece uma menção por aquilo que de fato mais importa, o seja, a música apresentada. The Way trata-se do seu terceiro álbum e sem sombra de dúvida sua obra mais ambiciosa musicalmente. Uma verdadeira aula de musicalidades impregnadas de tendências sinfônicas. Instrumentação excelente influenciada por bandas 70’s, mas ao mesmo tempo soando tão boa quanto ao que grupos mais contemporâneas oferecem. É uma mistura de influências clássicas e avant-garde. Os arranjos são extremamente complexos e sofisticados e o vocalista é excelente com uma voz em tom alto.
TRAUMHAUS – DAS GEHEIMNIS (2013 – Alemanha)
1.Intro - Das Geheimnis I - 4:30
2.Das Vermächtnis - 27:12
3.Wohin der Wind Dich Trägt - 6:24
4.Frei - 5:45
5.Das Geheimnis II - 12:37
Mudanças de formação nem sempre acarreta em bons frutos no álbum seguinte, mas não foi o caso aqui e o terceiro álbum da banda é simplesmente excepcional em todas as suas facetas. Uma viagem em belas melodias e diferentes estilos. O som é rico, profundo e bastante cheio. A instrumentação é excelente. O baixo é proeminente e a bateria apresentada é de alto calibre. Maravilhosos trabalhos de guitarra tanto bases quanto solos. E apesar de tudo isso, eu considero o piano, órgão, mellotron e sintetizadores o ponto alto disco, onde se percebe facilmente inspirações em Keith Emerson. A banda é alemã e canta em seu idioma nativo de maneira bastante emotiva. Um disco extremamente redondo. Onde não existe exageros e nada falta.
SIMON SAYS – TARDIGRADE (2008 – Suécia)
1.Suddenly The Rain - 14:47
2.Tardigrade - 3:43
3.The Chosen One - 5:44
4.Moon Mountain - 2:33
5.As The River Runs - 10:40
6.Your Future - 0:29
7.Strawberry Jam - 2:32
8.Circles End - 6:19
9.Brother Where You Bound - 26:33
10.Beautiful New Day - 0:43
Em uma mistura de influências passado/presente, através desse disco a banda mostrou o quanto ainda pode se esperar de rock progressivo sinfônico de qualidade no futuro. Um disco complexo e cheio de variações onde se percebe alusões aos ritmos executado de maneira brilhante e sinuosa pelo GENTLE GIANT. Os vocais são teatrais, acentuados e ligeiramente nasais. Guitarras às vezes opressivas e às vezes inexistentes. Teclados podem ser dominantes ou somente piano. As composições são todas consistentemente fortes onde em momento algum eles deixam com que soe monótono. Um álbum complexo, melódico e quase que sempre enérgico.
MOON SAFARI – BLOMLJUD (2008 – Suécia)
CD 1:
1.Constant Bloom 1:26
2.Methuselah's Children 15:42
3.In The Countryside 5:42
4.Moonwalk 8:48
5.Bluebells 10:11
6.The Ghost Of Flowers Past 9:47
CD 2:
7.Yasgur's Farm - 8:05
8.Lady Of The Woodlands - 3:36
9.A Tale Of Three And Tree - 3:28
10.Other Half Of The Sky - 31:42
11.To Sail Beyond The Sunset - 5:18
[Blomljud] é o segundo álbum da banda sueca MOON SAFARI. Carrega vários elementos que unidos dão ao disco um resultado final extremamente belo. As harmonias vocais são lindas, isso graças ao fato de que todos os membros da banda possuem vozes muito agradáveis e constroem uma das mais bem feitas paredes vocais que pude ouvir no rock progressivo. A instrumentação é composta por melodias ricas, mas de fácil acesso, onde raramente apresenta-se intrincada. Percussão suave, mellotron de bom gosto, guitarras de 12 cordas e guitarras elétricas de sonoridades aprazíveis e tons muito bem escolhidos de sintetizadores. Uma música tranquila, inocente e bem elaborada.
THE TEA CLUB – QUICKLY QUICKLY QUICKLY (2012 – Estados Unidos)
1.Firebears - 17:52
2.The Eternal German Infant - 8:17
3.Mister Freeze - 6:47
4.I Shall Consume Everything - 9:25
Não há muitos álbuns principalmente lançados hoje em dia que conseguem ser instantaneamente gratificante e duradouro simultaneamente, mas a abordagem mista da banda garante aqui sempre a qualidade elevada tanto na música quanto na poesia contida nele, independente de quantas vezes o escute, fazendo inclusive com que tudo cresça a cada audição. A musicalidade é inventiva, em camadas e perfeitamente executada. Acordes ocasionais que nos remetem a bandas clássicas. Utilizando músicas magníficas, composições hábeis e uma brilhante mente lírica, este álbum é uma viagem musical única em uma paisagem estranha e pacífica.
COLIN MASSON - THE MAD MONK AND THE MOUNTAIN (2009 – Inglaterra)
1.Two Lighthousekeepers - 5:28
2.Tilting at Windmills - 9:34
3.The Ends of the Earth - 8:43
4.The Mad Monk and the Mountain - 9:28
5.Caradon's Surprise - 2:32
6.The House on the Rock - 16:52
Há muitos artistas de pouca notoriedade que estão fazendo declarações verdadeiramente impressionantes com sua música e que só precisam encontrar aqueles que vão atender a sua chamada. COLIN MASSON sem dúvida alguma é um desses artistas. A música é composta por muitos elementos principalmente instrumentais cheios de drama e emoção. Tem uma abordagem única, grandes composições e musicalidade talentosa. A única ajuda que o músico tem aqui é de sua esposa nos vocais e em alguns teclados de apoio. Muitas referências a música folclórica irlandesa/celta. Guitarras elétricas limpas que sem dúvida alguma são capazes de cair nas graças de amantas de CAMEL, por exemplo. Lindo disco.
[an error occurred while processing this directive]PHIDEAUX – DOOMSDAY AFTERNOON (2007 – Estados Unidos)
1.Micro Softdeathstar - 11:17
2.The Doctrine of Eternal Ice (Part One) - 3:01
3.Candybrain - 4:06
4.Crumble - 2:55
5.The Doctrine of Eternal Ice (Part Two) - 8:08
6.Thank You For The Evil - 9:18
7.A Wasteland Of Memories - 2:22
8.Crumble - 2:55
9.Formaldehyde - 8:17
10.Microdeath Softstar - 14:40
Este maravilhoso álbum incorpora melodias matadoras com arranjos criativos e produção impecável deixando tudo totalmente atraente e viciante. Ao mesmo tempo que é obscuro e profundo, tem humor e é divertido, crescendo no ouvinte cada vez mais em cada audição. A influência de música como JETHRO TULL, PINK FLOYD, MOODY BLUES E GENESIS (fase inicial) está lá, mas a personalidade musical única de PHIDEAUX realmente é o que mais brilha. Uma criação complexa e de resultado acessível. Um álbum bastante rico que além dos instrumentos tradicionais, ganha mais corpo na inclusão de metais, trompa, teclado analógico e flauta, tendo como resultado melodias soberbas e orquestrações memoráveis.
DISCIPLINE – TO SHATTER ALL ACCORD (2011 – Estados Unidos)
1.Circuitry - 6:16
2.When the Walls are Down - 7:29
3.Dead City - 5:15
4.When She Dreams She Dreams in Color - 13:40
5.Rogue - 24:04
Exatos catorze anos depois de terem lançado o excelente "Unfolded Like Staircase", finalmente a banda colocou material novo no mercado (embora duas faixas aqui eram sempre apresentadas ao vivo pela banda). DISCIPLINE mostraram-se mestres absolutos na criação de paisagens sonoras atmosféricas atingindo acordes emocionais precisos. Álbum incrível e de arranjos majestosos na linha de VAN DER GRAAF GENERATOR, tal como os vocais que por vezes soam no mesmo tom de PETER HAMML. Não existe um ponto baixo e cada uma das faixas é magistralmente variada e trabalhada dentro de uma expressão emocional sensacional.
WILLOWGLASS – BOOK OF HOURS (2008 – Inglaterra)
1.Argamasilla - 11:04
2.Willowglass - 4:02
3.The Maythorne Cross - 10:39
4.Book of Hours - 7:13
5.The Labyrinth - 16:50
WILLOGLASS na verdade é o nome usado pelo multi-instrumentista ANDREW MARSHALL (ele toca todos os instrumentos do disco, ainda que tenha um baterista que reveza com ele). Uma verdadeira aventura instrumental impulsionada por cargas de guitarras elétricas e acústicas estilo STEVE HACKETT, teclados vintage e deliciosos, flauta, mellotron e sintetizadores soberbos. Uma perfeita coleção de temas sinfônicos, passagens pastorais, melódicas, delicadas e bonitas. Um disco indicado a qualquer amante do progressivo dos anos 70 que insiste em dizer que o estilo morreu naquela década.
IL BACIO DELLA MEDUSA - DISCESA AGL'INFERI D'UN GIOVANE AMANTE (2008 – Itália)
1.Preludio: Il Trapasso - 3:43
2.Confessione D'un Amante - 3:05
3.La Bestia Ed Il Delirio - 5:09
4.Recitativo: è Nel Buio Che Risplendono Le Stelle - 3:58
5.Ricordi Del Supplizio - 6:27
6.Nostalgia, Pentimento E Rabbia - 6:59
7.Sudorazione A Freddo Sotto Il Chiaro Di Luna - 6:03
8.Melencolia - 5:39
9.E Fu Allora Che Dalle Fiamme Mi Sorprese Una Calda Brezza Celeste - 3:22
10.Nosce Te Ipsum: La Bestia Ringhia In Noi - 5:27
11.Corale Per Messa Da Requiem - 3:54
12.Epilogo: Conclusione Della Discesa Agl'inferi D'un Giovane Amante - 1:48
Provavelmente o melhor disco do progressivo italiano dos últimos 40 anos. Para alguns isso pode soar exagero, mas basta uma pequena audição e perceber que a música apresentada aqui tem força suficiente pra receber esse título. Um álbum conceitual onde tudo flui em uma suíte longa por quase uma hora sem pausas com mudanças bruscas de ritmo e atmosfera. O álbum tem de tudo, violino evocativo, piano clássico, belas melodias, vocais emocionantes, mudanças agradáveis de humor, ritmos folclóricos, guitarras elétricas e acústicas, flauta e saxofone. Álbum de riqueza musical fora do comum onde a banda mostra que na terra da bota também não se vive apenas dos seus medalhões.
LIFE LINE PROJECT – ARMENIA (2013 – Holanda)
1.New Flight - 4:26
2.Let Your Outside Show Me - 5:21
3.Another Deadline - 5:59
4.Time - 5:49
5.On Your Mind - 5:51
6.Moment - 2:35
7.Dans Le Ciel - 7:42
8.Injustice - 2:46
9.Armenia Suite Part 1 Ararat (The Origin) - 6:12
10.Armenia Suite Part 2 Deir Ez Zor (The March) - 8:42
11.Part 3 Exile (Hope) - 3:04
12.Part 4 Jerevan (Resurrection) - 3:37
Mais um projeto que gira em torno de um músico, ERIK DE BEER, tocando todos os instrumentos ou contratando todos os vocalistas e/ou instrumentistas necessários de acordo com a necessidade do trabalho em andamento. Perfeitamente bem tocado é melódico e bastante sinfônico. Durante o álbum tem belos pianos, guitarras acústicas e elétrica, violão, passagens dramáticas de sintetizadores, linhas melódicas de baixo, arranjos finos de flauta e oboé, enfim, um disco típico de progressivo sinfônico instrumentalmente bem equilibrado e de linhas vocais emocionantes.
DELUGE GRANDER – AUGUST IN THE URALS (2006 – Estados Unidos)
1.Inaugural Bash - 26:57
2.August in the Urals - 15:52
3.Abandoned Mansion Afternoon - 12:14
4.A Squirrel - 8:45
5.The Solitude of Miranda - 7:18
Creio que eu considero esse o melhor álbum de rock progressivo de 2006. Sem dúvida alguma que é o progressivo sinfônico moderno no seu melhor. Uma verdadeira alquimia de emoções e estilos. Mesmo nos momentos de mais virtuosismo percebe-se que não se trata de uma improvisação solta, mas sim, uma orquestração pensada com precisão cirúrgica. Músicas imensamente detalhadas, com abundantes texturas sonoras e uma miríade de elementos sutis mudando e evoluindo às vezes mais rápido do que possamos ser capaz de percebê-los. Um disco simplesmente delicioso e que é uma peça obrigatória a qualquer amante de sonoridade sinfônica.
NEXUS – METANOIA (2001 – Argentina)
1.Eterna Recurrencia Uno - 1:21
2.Grito Primal (Metanoia Nivel 0) - 1:41
3.Metambo - 5:43
4.Planeta Herido - 3:02
5.Despertar Dentro De Un Sueño (Metanoia Nivel 1) - 9:23
6.Hacia La Luz - 5:04
7.Metanoia (Metanoia Nivel 2) - 7:47
8.La Tentación Del Mundo - 7:27
9.En Las Manos De Dios - 15:45
10.El Mensaje - 0:31
11.El Nexo Universal - 5:13
12.Tan Cerca Del Fuego (Metanoia Nivel 3) - 7:17
13.Eterna Recurrencia Cero - 3:07
Mais um daqueles exemplos em que vimos uma grande influência em algum grupo dos anos 70 (nesse caso e EMERSON, LAKE & PALMER), mas ao mesmo tempo bastante original. Composições fortes e excelentes atmosferas. Ótimas guitarras, teclados inventivos, vocais femininos poderosos e emotivos. Grandes e complicados arranjos, enérgicos e de passagens notáveis onde as seções instrumentais são bastante intrincadas, oferecendo ao ouvinte todos os ingredientes necessários a uma banda de rock progressivo. Um disco extremamente bombástico e pomposo e ao mesmo tempo sóbrio e inteligente.
KARFAGEN – LOST SYMPHONY (2011 – Ucrânia)
1.Entering the Space Gates - 1:27
2.Salvatore & his Leather Jackets - 2:25
3.Orgaria (scene 1) - 1:07
4.The Cosmic Frog & the Beast - 6:47
5.The China Wizard - 3:42
6.Sylph - 4:29
7.Daydream - 2:59
8.Orgaria (scene 2) - 0:55
9.Journey Through the Looking Glass - 18:20
10.Symphony of Sound - 19:24
11.Afterwords - 2:23
Aquele tipo de álbum que todas as suas composições são o destaque. Completamente instrumental e com uma gama infinita de estilos que pintam o arco íris musical da banda em cores vibrantes que elevam o espirito de quem ouve. Desfile de sinfonia e sutileza. Impossível perceber toda a sua estrutura em apenas uma audição, pois a cada viagem pelas mais de uma hora que o álbum tem percebe-se coisas novas, novos sons e pequenos detalhes deixando o resultado final cada vez mais grandioso. Um labirinto de progressivo, art, heavy, música tradicional, música clássica, jazz rock entre tantos outros, mas sempre muito bem direcionado.
LA MASCHERA DI CERA - L GRANDE LABIRINTO (2003 - Itália)
1.Il Viaggio Nell' Oceano Capovolto (parte 1) - 13:45
2.Il Grande Labirinto - 9:43
3.Il Canto Dell'inverno - 3:00
4.Ai Confini Del Mondo - 12:41
5.Il Viaggio Nell' Oceano Capovolto (parte 2) - 22:35
FABIO ZUFFANTI talvez seja a mente mais brilhante do progressivo italiano da atualidade, e LA MASCHERA DI CERA é o que mais gosto entre todos os seus projetos. Um disco sensacional de uma banda executando sua música de forma variada e de maneira habilidosa e dramática. Muito mellotron e flauta, emotivos vocais como os italianos costumam ser, excelentes passagens de guitarra, hammond e oboé em canções que são preenchidas com muitas mudanças de humor e tempos variados, baixos fuzz, grandes texturas de teclados analógicos são outros dos grandes atrativos do disco. Combinação brilhante entre a lealdade dos padrões do progressivo italiano mais criativo dos anos 70 com a inspiração em ideias contemporâneas pra ter como resultado grandes músicas e arranjos esplêndidos.
LA TORRE DELL ALCHIMISTA – NEO (2007 – Itália)
1.Disimmetrie - 6:56
2.Medusa - 8:27
3.Idra - 1:51
4.Risveglio, Procreazione E Dubbio Pt. I - 11:31
5.L'Amore Diverso (2:28)
6.Cerbero - 9:25
7.Risveglio, Procreazione E Dubbio Pt. II - 9:31
Complexidade muitas vezes pode fazer com que a banda acabe se perdendo em suas próprias harmonias e deixando-se levar por um virtuosismo desnecessário, esquecendo o principal, soando apenas impressionante e nada musical. Aqui apesar de complexo a música do disco é bem direcionada, sempre com harmonias e melodias de primeira grandeza. Uma obra de progressivo sinfônica musicalmente melódica e de composições dramáticas, técnicas e românticas sob bons vocais cristalinos. Excelente combinação de paisagens sonoras românticas com momentos mais grandiosos.
SEVEN REIZH - STRINKADENN YS (2001 - França)
1.Selaou - 10:17
2.Dornskrid - 3:10
3.Sovajed a-feson - 6:02
4.Naer ar galloud - 6:49
5.Hybr'Ys - 9:35
6.Kan Kêr'Ys - 6:25
7.Liñvadenn - 5:03
8.Tad ha Mamm - 8:02
9.Enora ha Maël - 4:40
10.Mall eo monet da Ys - 8:50
Um álbum extremamente equilibrado entre o neo progressivo, folk e passagens com texturas mais obscuras. Escutar esse álbum garante uma hora e dezesseis minutos de pura felicidade, sonoridade brilhantemente trabalhada, produção no mínimo surpreendente e bonita instrumentação executada por músicos de grande sensibilidade e que sabem tirar o melhor de seus instrumentos. Um disco que começa com uma levada mais pesada e depois nos agracia com segmentos hipnóticos mostrando o quão variado eles podem ser dentro da proposta musical que escolheram seguir.
CREDO – RHETORIC (2005 – Inglaterra)
1.Skintrade - 6:52
2.Turn The Gun - 6:54
3.From The Cradle - 7:25
4.To The Grave - 11:53
5.The Letter - 7:45
6.The Game - 11:39
7.Too Late - 6:46
8.To Say Goodbye - 4:41
9.Seems Like Yesterday - 5:40
Disco de melodias poderosas e cadencia cativante, seja em passagens lentas ou mais enérgicas. Não possuem arranjos muitos complexos, mas mesmo assim soam progressivo. Grandes riffs e solos de guitarra e teclados atmosféricos fazem desse álbum um trabalho cheio de emoção e significado onde além de agradar musicalmente, fica a dica para aqueles que gostam de perceber a parte lírica, pois também são ótimas e bastante fortes. Um disco recomendado principalmente para os fãs da velha guarda do neo progressivo, mas que procuram uma banda que mais do emular suas influências (nesse caso principalmente MARILLION fase FISH), também tem personalidade e capacidade de soar a sua maneira.
SYLVAN – POSTHUMOUS SILENCE (2006 - Alemanha)
Um disco de conceito forte que relata através de suas letras um pai lendo o diário de sua filha após o seu suicídio. Música bastante imaginativa e emocional que se desenvolve muito bem. Apresenta teclados exuberantes que criam uma paisagem magnífica, vocal melancólico e triste em uma variação de desespero e esperança, cozinha bastante segura e linhas de guitarra de texturas maravilhosas. Um trabalho menos complexo do que se pode esperar de um disco de rock progressivo, mas que tem em sua base sinfônica extremamente criativa seu principal trunfo pra ser visto como um dos melhores lançamentos de 2006.
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