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Dangerous Toys: mesmo que por W.O., eles criaram o metal moderno

Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 08 de junho de 2015

Pelo colaborador ‘SleazeGrinder’ para a revista inglessa Classic Rock, junho de 2015.

Antes de chegarmos ao palhaço, símbolo do grupo, vamos falar do Watchtower por um minuto. Essa era a antiga banda de Jason McMaster. Eles faziam bastante barulho no mundo underground das revistas no começo dos anos 80, e o álbum de estreia deles em 1985, estranhamente intitulado "Energetic Disassembly", foi um dos álbuns independentes de metal mais aguardados e bem recebidos daquele ano. Agora ele é saudado como talvez o primeiro disco de ‘Metal Progressivo’, sendo que na época o Watchtower era rotulado como ‘Metal Técnico", razão pela qual eu nunca dei muita importância a eles. O termo soa como se o lance envolvesse matemática, e eu comecei a curtir rock por qual seja o oposto da matemática nele. Além disso, eles também tinham o mesmo nome de uma conhecida revista de um culto cristão à morte. Não sei se ainda existem testemunhas de jeová por aí, mas elas mandavam umas velhotas esquisitas até sua casa para tentar vender cópias da revista Watchtower, que lhe informavam que o mundo acabaria em duas semanas.

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Ouvindo agora, eu acho que é metal para caralho, mas parecia mal calibrado na época. Enfim, quando você leva em conta o quão saturado e ridículo se tornou o prog metal ao longo das décadas, é engraçado que algo tão relativamente primitivo como o Watchtower pudesse originar pesadelos orquestrais como o Symphony X. Falando sério, o Watchtower soa como uma banda de garagem com um baixista entusiasmado demais. Mas até aí, eram os anos 80. Não tínhamos ideia do que progresso significava. Estávamos ouvindo fitas cassete e reelegendo Ronald Reagan.

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Se o rock tem de fato o contrário da matemática, esse é o Sleaze Metal. Você não precisa nem aprender a ler para curtir sleaze. Ele é o primo mais espalhafatoso e na moda do Metal, com todas as presas e garras cobertas de couro e jeans. Enquanto o glam flertava com o vestir-se de mulher e celebrava a atmosfera festiva, o sleaze adotou a iconografia das gangues de motoqueiros e a mergulhou na lama e no sangue da crescente hipermasculinidade. Se houvesse algo que pudesse acabar com a sua vida, o sleaze metal o defendia. O sleaze bebia demais, se drogava demais, dormia com muitas [geralmente malignas] mulheres, quebrou mais ossos do que Evel Knievel, andava [e batia] em motocicletas insanas e não tinha medo de nada. O sleaze praticava a arte de viver masculinamente. O Zodiac Minwarp e o Love Reaction levaram o sleaze até a epítome cômica, mas haviam muitas outras bandas do gênero no fim dos anos 80: Circus of Power, Rogue Male, The Cult (Electric/Sonic Temple), Warrior Soul, Horse London, Sea Hags, The Hangmen, Junkyard, Jetboy, Four Horsemen, Little Caesar, Cycle Sluts from Hell, The Almighty, etc. E foi nessa onda que Jason McMaster surfaria em seguida.

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Em 1988, McMaster largou o Watchtower para cantar para o – então ainda glam – PANTERA. Se ele tivesse ficado com o Pantera um pouco mais do que ficou, é duvidável que o ‘metal moderno’ sequer existisse.

Vendo que o Pantera plantou as sementes do que eventualmente se to0rnaria a mediocridade conhecida como nu-metal, você pode essencialmente culpar a Jason pelo Limp Bizkit. Mas ainda assim, a sorte sorriu para McMaster quando uma banda paralela na qual ele estava, a ONYXX, assinou com uma grande gravadora. Ele saiu do Pantera e abraçou ao Onyxx. Eles mudaram seu nome para outro menos genérico, DANGEROUS TOYS, e gravaram seu primeiro disco com o famoso produtor de metal Max ‘Sutileza É Para Os Trouxas’ Norman.

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Eis o maior legado do Dangerous Toys: a mascote deles. É um palhaço assassino, inspirado no filme cult de 1988 "Palhaços Assassinos". A banda o batizou de Bill Z Bubb, é ele é basicamente o Eddie dos EUA. Um serial killer amante da diversão. E não é disso que se tratam os EUA? O logo da banda estava em todo canto por uns dois anos. Eu não sei quantos discos eles venderam, mas devem ter faturado alto com camisetas.

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Ah sim, o disco. É muito bom. Eis o grande mérito de ‘Dangerous Toys’, o LP: se você meio que quiser ouvir ao Guns N’ Roses e meio que quiser ouvir ao AC/DC, você pode fazer as duas coisas com ele. Eles eram um sleaze metal aprimorado, os caras certos para o serviço, no melhor momento possível. As letras também tinham um elemento prosaico que passava batido pela cabeça das pessoas. Quero dizer, hoje em dia você entenderia a graça se o The Darkness ou o Steel Panther compusesse uma música como "Sport’n A Woody" [algo como ‘Andando de Pau Duro’], mas na época eles não eram muito diferentes de seja lá que porcaria o Mötley Crüe estivesse citando. Fora a mascote e a veia satírica, contudo, não havia muito a se dizer a respeito de ‘Dangerous Toys’. Eles soavam meio que parecido com todo mundo, tudo de uma vez. Mas foda-se, até aí todo Pearl Jam precisa de um Stone Temple Pilots, certo?

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As coisas andavam muito bem para o Dangerous Toys à medida que os anos 80 viravam para a década do alternativo. Mal sabiam eles que todo o cenário do heavy metal e do hard rock estava prestes a mudar drasticamente. Eles ainda mandaram um segundo disco bastante coeso com a proposta original, "Hellacious Acres", em 1991. Eles também caíram na estrada em uma turnê desastrosa com o Judas Priest, Alice Cooper e Motorhead em 1991 que basicamente não vendeu nenhum ingresso. Esses nomes juntos podem soar incríveis hoje em dia nesse mundo de metaleiros de meia-idade amantes da nostalgia, mas o povo cagava e andava para esses dinossauros no começo dos anos 90. E esse não foi o único problema do Dangerous Toys. A antiga banda de Jason, o Pantera, estava prestes a lançar seu álbum mais marcante, ‘A Vulgar Display Of Power’, que dizimaria qualquer outra banda no estado do Texas. O sleaze do DT soava bastante ultrapassado próximo à ultraviolência de riffs de ‘Vulgar’. Em 1992, ninguém mais ria do palhaço. O poço secou. Estava na hora de largar os brinquedos.

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Para o crédito de McMaster, ele nunca abandonou o sonho. Ele ainda toca com o Dangerous Toys esporadicamente e passou a maior parte da primeira década desse século com outro simulacro de AC/DC, o BROKEN TEETH. E aquele palhaço da porra ainda me assombra.

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Sobre Nacho Belgrande

Nacho Belgrande foi desde 2004 um dos colaboradores mais lidos do Whiplash.Net. Faleceu no dia 2 de novembro de 2016, vítima de um infarte fulminante. Era extremamente reservado e poucos o conheciam pessoalmente. Estes poucos invariavelmente comentam o quanto era uma pessoa encantadora, ao contrário da persona irascível que encarnou na Internet para irritar tantos mas divertir tantos mais. Por este motivo muitos nunca acreditarão em sua morte. Ele ficaria feliz em saber que até sua morte foi motivo de discórdia e teorias conspiratórias. Mandou bem até o final, Nacho! Valeu! :-)
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