Andy Warhol: a influência na música em infográfico
Por Jean Forrer
Fonte: Pinouvido
Postado em 05 de março de 2014
No sábado, dia 22 de fevereiro, a morte Andy Warhol completou 27 anos. Na década de 60 o visionário Andy Warhol fazia arte para um novo mundo que nascia, e hoje, mais de 50 anos depois, seu trabalho continua atual pelo simples fato de estarmos vivendo a consolidação do mundo que ele previu. Mas o que poucas pessoas sabem é que o artista plástico e cineasta também influenciou, e muito, o cenário da música nas décadas de 60 e 70.
Patrocinado por Warhol, 'Velvet Underground and Nico' é considerado um dos álbuns mais influentes da história da música. Apesar de, na época em que foi lançado, ter vendido pouquíssimos exemplares e de ter tido suas músicas banidas das rádios por conta das letras pesadas, quarenta anos depois o álbum é tido por músicos e críticos como o mais profético de todos os tempos. Como disse o famoso produtor Brian Eno, "na época poucos compraram o disco, mas quem o fez, formou uma banda". E foi com uma turnê do Velvet Underground que Warhol também revolucionou o mercado de shows musicais. 'The Exploding Plastic Inevitable', show com o qual a banda excursionou pelos Estados Unidos, teve conceito chupinhado de um recital do escritor chamado Byron Gysin, mas foi Warhol quem o explorou ao máximo para criar um formato de show de música que hoje parece óbvio e comum, mas em 1966 era completamente inédito.
É sobre a The Factory, estúdio de arte de Warhol, que fala a letra da mais famosa música da carreira solo de Lou Reed, 'Take a Walk on The Wild Side'. E foi sob a influência de Warhol que David Bowie, Lou Reed (depois de já ter deixado o Velvet Underground) e Iggy Pop criaram as bases pra gêneros musicais como glam rock, punk, new wave e grunge, além de redefinirem totalmente o conceito de astro pop. Para se ter uma ideia da influência do artista, David Bowie compôs para Andy Warhol uma música que leva seu nome. Reza a lenda que Warhol odiou a canção por achar que esta fazia piada com sua aparência física. Quando Bowie terminou de tocar a música para o amigo pela primeira vez, os dois ficaram se olhando em silêncio por alguns minutos até que Andy finalmente mudou de assunto dizendo apenas: "Eu gosto dos seus sapatos". Foi também Andy Warhol quem escreveu o prefácio da primeira autobiografia de Iggy Pop.
Em 1969, enquanto gravava o nono álbum dos Rolling Stones, Mick Jagger pediu a Warhol para que ele fizesse a capa deste disco. Assim que o artista aceitou o desafio, Mick mandou uma carta a ele com instruções para que a capa fosse simples, para evitar problemas de produção. Andy Warhol ignorou completamente o pedido de Jagger e transformou a capa do disco em uma obra de arte com a foto da virilha do modelo Joe Dallesandro vestindo uma de calça jeans apertada, escondendo um pênis supostamente ereto, com um zíper que se abria para revelar a imagem de um homem usando cuecas de algodão. A contrário do que Mick havia pedido, o zíper da capa causou inúmeros problemas, principalmente porque terminava riscando o vinil que deveria guardar.
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