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Death Metal Sueco: Nihilist, o embrião do Entombed

Por Leonardo M. Brauna
Postado em 03 de novembro de 2012

Se você já ouvia música extrema no tempo que a Internet era só um recurso usado na Guerra Fria, então certamente se lembrará de NIHILIST. Vou contar aqui a trajetória desta que foi a banda que deu origem ao tão conhecido "Death Metal Sueco" e que deu início a duas das mais veneradas bandas do estilo no mundo.

Colegas de escola, NICKE ANDERSON, ALEX HELLID E LEIF CUZNER (este canadense) se conheceram em um dos eventos do colégio e logo descobriram que o Metal Pesado era um ponto de afinidade entre os três, resolvem então montar uma banda e deram a ela a alcunha de SONS OF SATAN, - nem preciso dizer que influências tiveram para essa decisão ("VENOM")! O ano era 1986. Em outra escola mais dois garotos também se conheceram e foram para outra banda, o MORBID, eles eram UFF CEDERLUND e LARS GÖRAN PETROV. "Só lembrando que todos tinham idade entre 14 e 16 anos!" Os membros do SONS OF SATAN investiam num Thrash Metal que aos poucos iam evoluindo a sonoridade para algo mais pesado e logo mudam o nome da banda para BRAINWARP. Em 1987 CEDERLUD e PETROV se juntam a eles, mas sem saírem do MORBID, e formam a NIHILIST. O line - Up fica assim: LARS GÖRAN PETROV (VOCAL), UFF CEDERLUD e ALEX HELLID (guitarras), LEIF CUZNER (baixo) e NICKE ANDERSON (bateria).

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Como PETROV e CEDERLUD faziam parte de outro grupo a primeira "Demo tape" saiu com seus nomes apenas como "músicos convidados". Segundo a "Rodie Crew" o guitarrista falou que o fato deu-se porque o baterista ANDERSON "queria exclusividade dos membros de sua banda", os "convidados" então, faziam parte do MORBID. O nome do "Opus" era "Premature Autopsy" gravada em março de 1988. Essa "fita" trazia uma sonoridade bastante calcada no Thrash Metal alemão com algumas características próprias. Esse feito chamou bastante atenção dos vizinhos do "novo continente" arrancando elogios de alguns pioneiros do Death Metal norte americano. Não demora muito e CEDERLUD bate em retirada por desavenças com o líder ANDERSON, CUZNER assume as seis cordas e o posto de baixista fica com JOHNNY HEDLUND, um "coroa" com 18 anos!

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Ainda em 1988 só que em dezembro, sai a segunda DT "Only Shreds Remain". Nasce então pelas mãos de um não europeu o estilo "Serra elétrica" de se tocar guitarra graças a CUZNER, desde então esse timbre é até hoje é marca registrada do Death Metal daquela região. A demo conquistou ares maiores ainda que a primeira, ironicamente o baixista HEDLUND falou que as inúmeras brigas associadas ao pouco tempo de ensaio e a pouca grana contribuíram para o resultado "devastador" das gravações.

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A família de CUZNER em 1989 resolve voltar para o Canadá e assim o guitarrista teve que acompanhá-la. Para preencher a lacuna retorna à banda UFF CEDERLUD e já chega sugerindo outro nome para a banda devido ao respeito que eles deveriam ter com o criador de sua sonoridade característica. ANDERSON não aceitou a proposta e seguiram adiante. A demo seguinte "Drowned" de 1989 não teve boa aceitação e CEDERLUD não perde tempo em dizer que apenas CUZNER sabia lhe dar com o equipamento que extraia o som do NIHILIST, tai o motivo do resultado "mediano" segundo ele.

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Brigas e mais brigas foram aflorando ainda mais até chegar o ponto do baixista HEDLUND e o baterista ANDERSON discutirem sobre a permanência deles na banda, só que os outros integrantes não gostavam das propostas do baixista e este decide sair. Sem a experiência dele a banda acaba.

Poucos dias depois NICKE ANDERSON e URFF CEDERLUD ressurgem como dupla e dão a ela o nome de ENTOMBED, logo depois chamam outros amigos e se tornam uma banda. JOHNNY HEDLUD aparece em seguida com outra banda chamada UNLEASHED. Todo o material criado pelo NIHILIST foi aproveitado no "Left Hand Path" e este se torna um dos maiores símbolos do Death Metal mundial. Em 2005 é lançado um 7’’ EP com as gravações das demos.

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Em 2006, a bomba: Em 13 de junho o mundo underground se despede de LEIF CUZNER ao receber a notícia de sua morte suicidando-se por enforcamento.

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Sobre Leonardo M. Brauna

Leonardo M. Brauna é cearense de Maracanaú e desde adolescente vive a cultura do Rock/Metal. Além do Whiplash, o redator escreve para a revista Roadie Crew e é assessor de imprensa da Roadie Metal. A sua dedicação se define na busca constante por boas novidades e tesouros ainda obscuros.
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