Hetfield e Ulrich: o claro e o escuro do Metallica part. 2
Por Paulo Severo da Costa
Postado em 01 de julho de 2012
HETFIELD gostava de vodca, LARS de cocaína. O baterista queria nomear "... And Justice For All" como "Garotas Selvagens, Carros Velozes e Muita Droga". LARS é o pop star, o colecionador de arte, o ‘dono da bola’; JAMES é o abandonado pelo pai quando criança, o adolescente que só tomou uma aspirina pela primeira vez aos dezesseis anos, o tímido que se escondia atrás de várias garrafas vazias e pouco, muito pouco papo.
LARS adora o mainstream, o brilho e comprou uma jaqueta igual a de AXL ROSE na primeira série de shows com o GUNS em 1988. HETFIELD odeia Los Angeles, os excessos e toda a "aura" que envolve o showbussines. LARS é o democrático, JAMES é a autocracia.
JAMES chegou ao limite em 2001, quando se tornou em uma clínica de reabilitação e ficou quase dois anos fora do METALLICA- queria se um pai de família, queria tomar o controle do cotidiano. LARS, mesmo cinqüentão, continua querendo dominar o mundo e apesar de mais "comportado", ainda é o mesmo fanfarrão de trinta anos atrás - fazendo caretas atrás de seu Kit e muito barulho através da mídia.
Em entrevista publicada em maio de 2010 pela Roadie Crew, JAMES declarou: "Não há dúvida que fomos escolhidos pra cumprir essa jornada juntos. Nos unimos e, assim como acontece comigo e minha mulher, os opostos se atraem e se unem numa batalha interminável. Nós temos essa química que sempre funciona, apesar dos ressentimentos que sempre surgem. Há uma agitação, uma fricção que às vezes solta uma faísca".
Essa é a essência: por isso são o louco e o ranzinza, a razão e a emoção, o fogo e a palha. São dois - por isso escrevi essa matéria em parte 1 e parte 2 - mas são como um só.
Discografia essencial:
• Kill 'Em All (1983)
• Ride the Lightning (1984)
• Master of Puppets (1986)
• ...And Justice for All (1988)
• Metallica (1991)
• Death Magnetic (2008)
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