Gary Moore
Postado em 06 de abril de 2006
Por Sandro Contreras
Gary Moore nasceu em Belfast, capital da Irlanda do Norte ao dia 4 de abril de 1952. Aos 15 já havia montado uma banda em Dublin, o Skid Row, com ele mesmo na guitarra solo e até arriscando em alguns vocais, Brush Shiels no baixo e vocal, Noel Bridgeman na bateria, Bernhard Cheevers na guitarra base e não esquecendo de Phil Linott também no vocal. O som do Skid Row era uma mistura de blues e jazz.
No final dos anos 60 Phil Linott e Bernhard Cheevers sairam do Skid Row. A banda seguiu para Londres, e lá gravaram o primeiro single, "New Places Old Faces", um belo trabalho de Gary Moore com uma guitarra de 12 cordas. O próximo single, "Saturday Morning Man" teve também uma ótima aceitação. Chegaram a abrir shows do Fleetwood Mac em Dublin. Peter Green (o guitarrista do Mac) com eles fazia pequenas jams nos quartos dos hotéis, e terminou perguntando a seu agente se poderia ajudar o Skid Row a gravar um disco.
O primeiro álbum saiu em 1970, "Skid Row", já pelo selo da CBS, um bom trabalho. Fizeram turnês pelos Estados Unidos e Europa. Durante esta turnê fizeram o segundo e último álbum, "34 hours", em 1971, que realmente foi gravado em 34 horas. Nesse álbum mudaram um pouco o estilo, tocando country e até algumas coisas experimentais. Após isso a banda foi desfeita, pois Gary Moore queria partir para a carreira solo.
Em 1973 ele conseguiu lançar o seu primeiro álbum solo, "Grinding Stone". Em 1975 entrou em um projeto com Don Airey (teclados), Jon Hiseman (bateria) e John Mole (baixo). O "Colosseum II", misturando jazz e rock progressivo.
O Colosseum II lançou o primeiro álbum em 1976, chamado "Strange New Flash", em 1977. Depois de uma tour na Europa gravaram o segundo álbum (em sete dias), "Eletric Savage", e no mesmo ano o terceiro e último album do Colosseum II, "War Dance".
Terminado o projeto, Phil Lynott o chamou para fazer parte do Thin Lizzy em 1978. Participou do álbum número dois do Reino Unido, "Black Rose", e de dois hits, "Do Anything You Wanna" e "Waiting for an Alibi".
O ano era 1979, "Back on the Streets", o segundo álbum solo, aparecia em 75° lugar na parada inglesa. O single, "Parisienne Walkways" alcançou a 8ª posicão em maio de 79, e foi para o hall dos clássicos do rock.
G-Force era a banda, o ano era 1980. Com Tony Newton no vocal, Willie Dee no baixo e Mark Nauseef na bateria, fizeram alguns rocks bem dinâmicos, "Dancin", "The Womans in Love", "Hot Gossip". Nos shows da época "White Knuckles" e "Rockin' and Rollin'" eram os hits.
Gravou em 81 o álbum "Dirty Fingers" com a clássica "Nuclear Attack". Infelizmente a banda não durou muito tempo. No mesmo ano participou de um álbum solo de Greg Lake (Emerson Lake & Palmer).
Em 82 gravou "Live at the Marquee", um show fantástico, destaque para "Dallas Warhead", um ótimo rock com riffs bem pesados e um fantástico solo de bateria. No mesmo ano, em meados de setembro e outubro, participou do álbum "Octopuss" do baterista Cozy Powell. Acabou gravando o álbum "Corridors of Power" com Ian Pace na bateria, destaque para as faixas "Wishing Well" e "I Can't Wait Until Tomorrow" chegando a ocupar lugar nas listas dos 50 álbums de rock e top 10 hard-rock no Reino Unido.
Em março de 83 gravou "Rockin' Every Nights", lançado apenas no Japão, ainda com Ian Pace na bateria, com versões arrasadoras de diversas músicas do álbum "Corridors Of Power".
Em 84 gravou "Victims Of The Future", com as clássicas "Empty Rooms" e "Shapes of Things" (regravação de Jeff Beck), iniciando a tour em fevereiro na Inglaterra, passando pela Europa e Japão, terminando nos Estados Unidos. Tocou no Monster of Rock com Europe, Van Halen e Ozzy Osbourne.
No ano de 1985 Gary Moore se reuniu outra vez com Phill Lynott e gravaram um EP chamado "Out In The Fields" contendo as músicas "Military Man"e "Still in love with You". Ainda no mesmo ano gravou "Run For Cover" com a outra versão de "Empty Rooms" e uma participação especial de Phill Lynott na regravacão de "Military Man". Phil Lynott morre em janeiro de 1986 e finalmente é lançado fora do Japão o ábum "Rockin' Every Nights".
O álbum "Wild frontier" lançado em 1987 retoma a carreira de Gary Moore, com a regravação "Friday On My Mind", a instrumental "The Loner" e finalizando o álbum "Johnny Boy". Novamente participou de um álbum solo de Cozy Powell. Um show de Stockholm foi filmado e lançado em vídeo.
Em 88 ninguém soube de Gary Moore. Talvez ele tivesse algum projeto em vista, ou procurasse novos sons.
Em 1989 o álbum "After The War" foi lançado. Ozzy Osbourne cantou em "Led Clones", e Andrew Eldritch (Sister of Mercy) fez backing vocal em "Blood Of Emeralds", uma excelente regravação de Phil, a "Emerald", outra regravação fantástica "The Messiah Will Come Again" de Roy Buchanan. Foi aí que seu agente perguntou: "Por que não experimentar outro tipo de som?" Como o blues ou outra coisa parecida?
Em 1990 lançou "Still Got The Blues", o primeiro álbum totalmente blues, onde incluiu várias regravações de músicas de Albert Collins e George Harrison entre outros. O single "Still Got The Blues" alcançou sucesso mundial. No mesmo ano George Harrison chamou-o para tocar no Traveling Wilburys. A música escolhida foi "She's My Baby", a primeira vez em que Gary Moore era ouvido em duas músicas ao mesmo tempo nas rádios. Ele teve a oportunidade de tocar ao vivo com "Dois Albert", o King e o Collins, em uma fase muito importante para o seu aprendizado.
1991 foi um ano de descanso e afastamento da mídia, talvez fazendo gravações em sua casa, talvez fazendo tour em pequenos bares pelo mundo ou tirando férias bem merecidas.
Em 92 o sucesso se repetiu com "After Hours". Novamente tocaram com ele Albert Collins, e nada menos que B B King, em um estilo blues a cada dia mais perfeito, tanto em voz como na guitarra, em músicas como "The Blues Is Alrigh" e "Nothing's The Same".
1993 era o ano. Gravou o primerio álbum ao vivo, "Blues Alive", incluindo uma fantástica versão de Parisienne Wakways (rebatizada para "Parisienne Walkways 93" devido à ocasião). Esta foi gravada em Londres, para fãs em êxtase. Ainda no mesmo ano tocou em um projeto de Paul Rodgers, um tributo à Muddy Waters, na faixa "She Moves Me".
Em 1994 a sigla antiga BBA (componentes do Cream) mudou para BBM. Baker, Bruce e Moore. Mais uma do Sr. Gary Moore, o álbum "Around The Next Dream" foi um sucesso no mundo todo, rendendo várias turnês. Lançou também o álbum "Ballads & Blues 1982-1994" com várias músicas de acordo com o título do álbum e mais três faixas inéditas, "One Day", "With Love (Remember)" e "Blues for Narada".
Em 1995 gravou o ábum "Blues For Greeny" com canções de Peter Green, todas tocadas com a famosa guitarra Les Paul. Na tour, Peter Green o visitou em alguns shows, bem mais velho que nos tempos do Mac.
Em 1996 estava em tour ainda e teve um vídeo lançado.
Em 1997 foi lançado o álbum "Dark Days In Paradise", no mínimo diferente. Entrando em outra área da música, alguma coisa de industrial e techno, lembrando muito U2, na fase de transição de um estilo para o outro. Entre muitos destaques, a faixa de treze minutos, "Business As Usual" é linda, com vários tópicos, como uma sinfonia. A escondida hula-hula "Dark Days In Paradise" também não deixa à desejar.
Em 1998 lançou mais uma coletânea, o álbum "Out In The Fields - The Very Best Of (Part 1)", para aqueles que não conheciam a fase mais antiga de Gary Moore, para queles que não sabiam que ele possuía mais de uma dezena de álbuns. Para os fãs de verdade haviam gravações ao vivo e raridades em um CD bônus.
Foi lançado no dia 3 de setembro de 1999, "Blood of Emeralds - The Very Best Of (Part 2)", mais uma coletânea novamente acompanhada de um CD bônus com várias gravações ao vivo e B-sides.
"A Different Beat" foi lançado no dia 26 de setembro de 99. A perspectiva de algo diferente se concretizou. Gary Moore deu continuidade ao projeto iniciado em "Dark Days In Paradise", com "beats" totalmente eletrônicos, e destaque para algumas faixas, como "Surrender", uma balada tecno de 9 minutos e tambem "Fire", cover de Jimi Hendrix. Embora pudesse decepcionar os fãs "das antigas", a música é isso, evolução, ou ainda revolução. Vamos esperar a próxima de Gary Moore.
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