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Stamp

AH! Brasília!

Por Mário Pacheco
Postado em 06 de outubro de 2004

Nos anos 80, a sensação musical ficou por conta do Venon quando esteve no Ginásio de Esportes e do Exciter do inesquecível baterista Dan Beehler, doido de vódica, esmurrando e cantando e roubando a cena fazendo o melhor rock’n’roll que aquele ginásio tremeu ao ouvir. Eu era franzino e brother dos seguranças e pedi a eles para entrar e consegui. Era assim também na ditadura, os porteiros nos colocavam para ver a corrida de carros e perfilávamos ao lado dos generais.

Pátio Brasil
15/09/04

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Hoje. Brasília é uma tristeza cultural com seus palcos de lona preta parecendo invasão de satélite. Com as pessoas acima de 65 anos desacompanhadas fazendo valer seus direitos diante de pessoas insensíveis perante os próprios direitos. Os seguranças em preto indefectível e cabelo raspado com seus interfones e uma falta de objetivo, ganhando 20 contos. O balcão de informação funciona precariamente. No teatro ensaiado todos correndo e ocupando-se para deleitarem seus ouvidos e após o show? O caviar é no quarto andar!

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Laços consangüíneos ainda abrem a tampa da privada. É primário e ridículo jornalista dar carteirada para o filho com Lp do Lobão na mão para pegar autógrafo. Sinceramente é ridículo ficar frente à frente com o ídolo segurando a carteira de jornalista, para interpelá-lo: - Dizem que você já recebeu o cachê! Lobão, - não tô sabendo de nada! Na outra ponta, o produtor pede para não polemizar.

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Cara! eu vivi a cena nos bastidores e não vi o povão indo embora frustrado sem ver o seu ídolo que não passou o som porque estava com o ministro da cultura. Lá fora, um contingente carente de fãs se prestam à homenagem da exclusão deles mesmos, um playboy com uma garrafa de 51 e os seguranças fazem vista grossa; se fosse você ou eu entraríamos na porrada e o mais ridículo a garrafa de 51 consegue chamar a atenção de uma mina. Isto é, veja o teatro dos vampiros ou é poser mesmo? Show de roque pra playboy sem playback. A única cena insólita: um sósia do Lobão mais perfeito que a sombra dele; quando me aproximo do Lobão me lembro imediatamente daquele garoto, ele merecia estar aqui... Mas ele não foi convidado não tem carteira não escreve no jornal do Múcio Athayde não tem câmera digital e não vai ter chance de levar as garrafas cheias do camarim pra casa.

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O santo nome de Deus é invocado em vão pelos produtores quando Lobão está no palco, eu também subo e sinto a vibração dos meus primeiros dias de rock. Lobão literalmente é uma grande figura fala tudo sobre tudo basta perguntar. Hoje o som não conseguiu concilia a voz e o pedal, ele tentou quatro vezes... Irei no próximo show dele! E pagando!

Indiretamente eu recebi o Cd-demo do grupo João Ninguém, abri o invólucro e coloquei dentro o release para não perder a mensagem. No camarim a fumaça subia e eu via como os produtores são condescendentes. E um nervoso Lobão com medo de ser linchado chutou o pau da barraca. Lobão fez a autocrítica de milhares em cima dele mesmo e sozinho. Perdi a oportunidade de várias fotos históricas de transeuntes frente ao Pátio Brasil conversando numa boa com Lobão ao invés de estarem vendo "Senhora dos milagres". Ontem, Lobão foi o homem mais público de Brasília.

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Outros Cds de estrelas do saudoso roquebrasília apareceram nas mãos de Lobão, - olha! O que eu estou fazendo. Ah! O celular não pára e outras estrelas do roquebrasília perguntam o quarto do hotel: - 718!

Fazia tempo que eu não andava de van com ar refrigerado. Me lembrei quando o Zan me chamou e no banco de trás tava o John Mayall e eu disse um cálido gomornin.

O meu Passat Vintage deu pane igual ao som do show. A banda teve que empurrar o carro, Robson o baterista ainda tentou consertar. O carro tá no setor hoteleiro até hoje.

Atravessei o Conic e mostrei a Berlin Discos e o Quiosque Cultural do Ivan a Byra Dorneles (emérito colaborador doprópriobolso que mora em Vidigal-RJ e produtor executivo do show) peguei o táxi de papel e fomos ao Beirute, velho de guerra, lá estavam Gerson de Veras, André Pedra e Iolovitch apresentados ao mesmo Byra Dorneles. O mesmo táxi que nos trouxe levou Byra Dorneles de volta ao Hotel e coincidentemente foi o mesmo que me deixou em casa. O maior patrimônio de Brasília somos nós mesmo. Byra, Lobão, Daniel, Robson vão voltar!

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Sobre Mário Pacheco

Este corpo nasceu em Osasco/SP e desde dezembro de 1975, mora em Brasília. Em 1982, comecei fazendo fanzines, depois livros, cds e vídeos. Há um ano, assino e faço a edição de textos do site www.dopropiobolso.com.br.
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