Rob Halford explica os motivos de sua saída do Judas Priest nos anos 90
Por Roberto Soares
Fonte: Brave Words
Postado em 07 de dezembro de 2006
Em uma entrevista reveladora com Orpheus Spiliotopoulos, editor-chefe do Metal-Temple.com, em dezembro de 2006, para a revista Rock Hard Magazine, o frontman do JUDAS PRIEST, Rob Halford comentou o momento em que ele deixou o Priest no começo dos anos 90 (e as razões que realmente o levaram a isso).
Pergunta: Na próxima edição vai ter um grande artigo sobre o Judas Priest, principalmente focado em você. Foi perguntado a muitas pessoas importantes do mundo do metal a opinião sobre a história toda do Judas em 90 com você se separando etc. Um dos autores mais renomados no mundo da música, Martin Popoff (BW&BK), acredita que tudo foi conseqüência de uma série de fatores, incluindo a questão de sua opção sexual, o fato de que por longo tempo você teve que esconder do público e também algo relativo a letras de músicas, já que ele acredita que com FIGHT, TWO e HALFORD, você foi capaz de abordar algumas coisas sobre temas adultos. Ele ainda afirmou: 'eu suspeitaria que é o mesmo caso com Bruce saindo do IRON MAIDEN.' Qual seria sua resposta a Martin?
Halford: "Bom, Bruce não saiu do Maiden porque ele era gay! [brincando, Rob ri] Mas, essa é a minha resposta para as observações de Martin sobre minha sexualidade. Você deve saber que isso não tem nada a ver com o caso de minha saída do Priest. A única razão pela qual eu saí, bom, você sabe como é a história... Nunca foi minha intenção, eu nunca quis sair do Priest. Foi o fato de que estava numa situação contratual horrível que me forçou a me afastar do contrato com a Sony e foi quando a coisa atingiu seu ápice, pra ser sincero. Mas o Martin acertou em outras coisas.
Pergunta: Sobre os temas adultos?
Halford: "Sim, quero dizer, Priest nunca foi e nunca será um tipo de banda ligada em política, nunca foi um RAGE AGAINST THE MACHINE ou nada do tipo. Então aquilo era uma oportunidade como letrista para escrever coisas, você sabe, 'War Of Worlds'... era algo que eu não fazia quando estava no Priest. Investi emocionalmente nisso. Fiz um conteúdo ambíguo com letras que na minha opinião, remetem a situações que ocorrem ao nosso redor. Isso não é o Judas Priest. As letras do Priest remetem ao "escapismo", fantasia e não são baseadas na realidade. A não ser que você considere canções como "Living After Midnight" e "You Got Another Thing Coming"... O mais perto que já chegamos de algo parecido foi em "Breaking The Law". Estou curioso em saber o que os outros têm a dizer pois quando saí, pelo visto afetei mais pessoas do que imaginei."
Leia a entrevista inteira no metal-temple.com.
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