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"O que você precisa saber está no palco", afirma Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden

Por Régis Paiva Lourenço
Fonte: Maiden Fans
Postado em 13 de maio de 2008

Paul Sexton, da Reuters, conduziu em maio de 2008 uma entrevista com Bruce Dickinson, frontman do IRON MAIDEN que, dentre outras coisas, falou sobre como desenvolveu seu estilo e por qual motivo os integrantes do grupo são meio "alheios" às regras da indústria musical.

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Fica a impressão de que o Maiden parece ter desenvolvido uma 'causa comum', devido ao fato de que os membros da banda eram, e ainda são, 'outsiders', meio alheios às regras da indústria.

Dickinson: "Nós ainda somos 'outsiders', sempre seremos, pois essa é a nossa essência. Eu não posso imaginar o que seria gostar de ir a essas festas sem conteúdo do showbizz. Seria um pesadelo. Não é isso o que somos. O show é a coisa que importa. Tudo o que você precisa saber sobre o IRON MAIDEN está no palco."

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Como você desenvolveu seu estilo e seu trabalho no palco?

Dickinson: "Uma coisa é você projetar um ar de confiança para as partes mais posteriores de um clube, outra é fazer isso num teatro, depois numa arena, e é algo bem diferente fazer isso em um festival. Antes da era das câmeras e dos telões laterais, você era apenas um pequeno ponto no palco. Foi uma curva de aprendizado rápida. Meu objetivo como frontman sempre é tentar 'fazer o lugar encolher', fazer aquele estádio de futebol caber dentro do menor clube do mundo. A essência do Maiden é que queremos incluir nisso todo mundo que está nos assistindo."

Você sempre buscou por desafios, seja na esgrima, no rádio, como autor, como piloto...

Dickinson: "É porque eu tenho uma curiosidade insaciável em conhecer a natureza das coisas e eu penso que o melhor modo de entender algo é testando e fazendo. Seria muito bom, sob o ponto de vista das pessoas que escrevem sobre nós, que houvesse um plano para isso, mas o fato é que não há. O filme que fizemos ('Chemical Wedding') surgiu de conversas que tive com Julian Doyle (co-autor e diretor do filme) em um pub há uns 15 anos atrás. Nós estamos tendo agora a turnê mais bem sucedida de nossa história, a banda é hoje um fenômeno global e, ao mesmo tempo, estamos conseguindo lançar esse filme, que será seguido em breve por outro lançamento com um documentário, DVD e tudo mais... Parece que foi tudo planejado, mas não foi. É algo totalmente ocasional."

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No período em que esteve fora da banda (1993-1998), seu trabalho solo deixou você realizado?

Dickinson: "A razão pela qual eu saí do Maiden foi porque eu sinceramente não sabia se estava conseguindo continuar mais com aquele tipo de coisa, para fazer material novo. Queria coisas novas. Nada de ruim aconteceu. Não houve grandes desentendimentos. A máquina funcionava perfeitamente, como um relógio. Além disso, com todo o status que a banda tinha, significava que, seja o que você fizesse, as pessoas viriam, de forma meio protetora, e diriam algo como 'oh, boa tentativa'. Eu não achava que eles teriam problema algum encontrando outro vocalista, mas a carreira subsequente deles teve alguns percalços. A minha própria carreira desceu um penhasco. Foi quando eu decidi que precisava me reinventar".

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"Então as pessoas pensaram que eu havia ficado maluco. Eu vim com um álbum chamado 'Skunkworks'. Ele teve bons reviews, mas a gravadora não estava certa disso. Então eu fiz um disco chamado "The Chemical Wedding" e entrei fundo num território no qual eu nunca havia estado, mas mantendo uma sensibilidade 'rock'. E eu acho bom poder dizer que ele foi um álbum bastante original, com boas vendas, e eu pude me ver fazendo sucesso. Evidentemente, nunca foi algo que rivalizasse com o Maiden."

Como você compararia o Maiden de hoje com o grupo de, digamos, 25 anos atrás?

Dickinson: "O modo que tocamos as músicas agora é, de várias formas, mais poderoso, a coisa está mais sob controle. Não é mais como alguém correndo mais do que suas pernas podem agüentar, que é mais ou menos como as coisas aconteciam nos anos oitenta. Agora somos como um corredor maduro, que sabe medir os passos e que sempre tem uma reserva para uma arrancada quando julgar oportuno. Nós, enfim, conseguimos chegar a esse ponto."

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Para ler a entrevista completa (em inglês), acesse www.reuters.com.

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